Perdão pela fonte exótica, mas os internautas vão entender que, pela importância do tema, isso já não importa. Ao contrário, é até interessante que a fonte de uma notícia como essa seja um site de direita.
Infelizmente, o Antagonista publica a notícia, mas não passará disso. Não procurará repercutir a informação junto aos especialistas, nem levantar um debate sobre a contradição profunda de termos um governo cheio de militares, mas sem nenhuma preocupação real com questões de defesa nacional e soberania.
Com a venda da Embraer a uma empresa norte-americana, Bolsonaro mais uma vez bateu continência para a bandeira dos Estados Unidos.
Aliás, ainda não postei no blog uma outra notícia importante: a decisão da Boeing de eliminar o nome “Embraer”. Agora será “Boeing do Brasil”.
A Boeing provavelmente vai fechar ou paralisar investimentos nas fábricas da Embrae… quer dizer da Boeing do Brasil, e concentrar a maioria parte de suas atividades mais tecnológicas nas unidades norte-americanas.
Aliás, vale comentar que a Embraer sempre teve que importar boa parte da tecnologia e das peças usadas para produzir aviões. Mesmo assim, o processo de montagem, para uma indústria como a da aviação, onde a segurança é um componente tão vital, carrega em si muito conhecimento, inteligência e valor agregado.
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No Antagonista
Exclusivo: Venda da Embraer Comercial condenará área de Defesa, diz parecer sigiloso da FAB
Brasil 23.05.19 19:00
Por Claudio Dantas
O Antagonista obteve com exclusividade o parecer técnico do Comando da Aeronáutica sobre a negociação entre a Boeing e a Embraer, aprovada pelo governo de Jair Bolsonaro.
O documento de 28 páginas traz conclusões favoráveis ao negócio, mas despreza, curiosamente, informações técnicas importantes elencadas ao longo da análise.
Uma delas diz respeito à perda da capacidade de inovação com a separação das áreas comercial (vendida para a Boeing) e militar.
Na análise da Aeronáutica, a proposta de separar as duas áreas “irá eliminar o processo de investimento público brasileiro na inovação da Embraer Defesa, pois não será coerente investir recursos para novas tecnologias que serão transferidas para a Embraer Comercial”, que passará ao controle da Boeing.
“Desta forma, a área de Defesa estaria condenada a não ter todas as possibilidades para pesquisa e inovação.”
vitor f
25/05/2019 - 13h54
É impressionante quantidade de vira latas nesse Brasil!
Márcio Dantas
25/05/2019 - 08h00
A Embraer é dos acionistas faz muito tempo, quem decide são eles, não o Governo.
Não estamos em Cuba e nem na Coreia do Norte, quem possui alguma coisa pode escolher livremente o que fazer com a mesma.
CezarR
25/05/2019 - 09h09
O governo tinha a chamada “golden share”, que dava poder de veto.
Màrcio Dantas
25/05/2019 - 09h46
E’ sò uma formalidade inùtil, quem decide o que fazer com seu carro è você…se chama liberdade.
Gilmar Tranquilão
25/05/2019 - 10h31
Ih, e agora?? Não tenho resposta para essa tal golden shower que nem sei o que é (KKK), já sei! Vou falar que é apenas uma formalidade inútil…
Kkkkkkkkkkkkkkk
Raimundo
25/05/2019 - 15h14
Há uma diferença muito grande entre um bem pessoal, como um carro, e um bem público, uma unidade de produção, uma empresa, antes de pertencer aos seus acionistas, pertence a toda a sociedade. Uma organização de produção de alto valor agregado gera mais renda por cabeça empregada do que organizações produtivas produtivas do setor primário. Colônias entregam produtos primários em troca de produtos de alto valor agregado para seus colonizadores, por isso uma colônia econômica vai ser sempre pobre em relação aos colonizadores. http://www.defesanet.com.br/demb/noticia/28435/EUA-quer-levar-cadeia-produtiva-inteira-da-EMBRAER-para-solo-americano/
Marcelo
25/05/2019 - 15h18
Lê isso: https://www.portalviu.com.br/opiniao/o-brasil-precisa-de-tecnologia-e-producao
Marcio Dantas
25/05/2019 - 09h48
O Governo não està acima de você.
Ivan
25/05/2019 - 10h35
Só uma pergunta, a verba do BNDES investida na Embraer era dos acionistas tb?
lucio
25/05/2019 - 11h35
e o maior acionista era o fundo pensao do banco do brasil que é publico, ignorante!
Marcio Dantas
25/05/2019 - 12h15
Se chama liberdade.
Ivan
25/05/2019 - 12h50
Fingir que não viu minha pergunta já é uma resposta.
Márcio Dantas
25/05/2019 - 15h53
A sua não é uma pergunta mas uma afirmação.
A Embraer pagou os juros do seu dinheiro para o BNDES, você não perdeu nada nesse sentido, só ganhou.
A Embraer já não é mais sua faz 20 anos mais ou menos por tanto não tem nem o que discutir, já era.
Ivan
25/05/2019 - 16h00
A Embraer pagou o empréstimo do BNDES?? me mostre evidencias disso…
Como assim a Embraer não é (era) minha? Não só minha como do povo, foi construída com qual verba, poderia me responder??? Além do mais foi vendida abaixo do preço de mercado, aproveite e explique isso tb.
Nelson
25/05/2019 - 22h11
Meu chapa. Não te faças de tanso para tentar esconder aquilo que está transparecendo, a tua imensa sabujice ao Sistema de Poder que domina os Estados Unidos. A Embraer é empresa privada – criminosamente privatizada pelo criminoso FHC – mas tem recebido uma montanha de subsídios públicos [*]. Portanto, ela tem, sim, que responder aos interesses do nosso país e do nosso povo.
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Ademais, dês uma pesquisada com um pouco mais de esmero e saberás que o governo dos EUA nunca permitiria que uma empresa de uma área tão estratégica como a aviação, comercial ou de guerra, pudesse ser controlada por estrangeiros.
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Veja bem. O governo do país que diz ser o reino da liberdade pratica essa política altamente protecionista. E você, arrogantemente, vem aqui afirmar que entregar a Embraer nas mãos dos EUA é questão de “liberdade” de escolha de seus acionistas. Repito, é muita sabujice aos EUA.
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* Sim, o setor privado de alta tecnologia dos EUA, informática, aeronáutica, etc, recebe gordíssimos susbsídios públicos. Se consegue sobressair-se ao de outros países, é por conta disso e não da tão decantada capacidade empreendedora da iniciativa privada, meu chapa.
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Aliás, segundo Noam Chomsky, o gigantesco orçamento militar dos EUA não é destinado todo ele para o fabrico de armamentos. Ele funciona também como catalisador de recursos públicos que serão repassados a megacorporações estadunidenses, para que essas possam competir mais facilmente com suas similares de outros países.
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É claro que informações como essas são escondidas zelosamente pelo governo dos EUA e pela mídia. Se fossem divulgadas, decretariam a morte do mito que vem sendo alimentado há décadas. O mito de que os EUA são grandes única e exclusivamente porque a iniciativa privada tem “liberdade” para empreender.
Paulo
25/05/2019 - 23h09
Mas Trump está se incumbindo de derrubar esses mitos todos. Pelo menos, pra quem quer ver. A “guerra comercial” com a China atesta que, de liberais, esses americanos não têm nada. “Liberalismo bom é o dos outros”. Como o nosso, aqui, do Chicago-Boy e do astrólogo/ filósofo da Virgínia…
ET: isso não quer dizer que eu seja anti-americano ou sino-entusiasta. Apenas acho que o Brasil tem que proteger seus interesses, como fez Vargas, flertando com o Nazismo para compelir os americanos a nos propiciar a CSN…
Alan C
25/05/2019 - 01h26
Em qualquer país democrático do mundo, em qualquer planeta, em qualquer parte deste universo os que tramaram isso, juntamente com os que permitiram, iriam para corte marcial, seriam tratados como traidores da pátria e dificilmente sairiam da cadeia um dia.
Isso em qualquer lugar que qualquer pessoa imaginar, menos no país mais ridículo do mundo, o puxadinho sul americano dos EUA.
LUPE
25/05/2019 - 00h02
Caros leitores,
Depois da porta arrombada,
depois de ganharem o seu,
gritam esbravejantes ,
e se postando
como heróis
nacionais,………
Hipócritas, uni-vos ! ! ! !
Paulo
24/05/2019 - 22h27
Alguém tinha dúvidas de que, quando um grande empresa compra uma menor, que ameaça lhe fazer frente, ainda que em nichos específicos, a menor desaparece?
Ivan
25/05/2019 - 15h54
E isso explica o fato de vc ser a favor da venda? É isso??
Paulo
25/05/2019 - 21h23
Como chegou a essa brilhante conclusão? Só pra saber…