Reproduzo a notícia abaixo, do TRF4, para deixar os leitores cientes de que a Lava Jato entrou numa fase mais discreta, mas nem por isso menos ativa ou perigosa.
Uso o termo “perigosa” por causa do histórico de arbitrariedades e manipulação de delações, depoimentos e até mesmo de provas, que caracteriza a operação.
A operação, a 56ª da Lava Jato, por trás da ordem de prisão de David Arazi, que hoje vive em Israel, tem como alvo direto o Partido dos Trabalhadores, acusado de ser um dos principais beneficiários de propinas relativas à construção do Conjunto Pituba, sede da Petrobras na Bahia. Detalhes da operação podem ser lidos no site paraoficial da Lava Jato, que é o blog do Fausto Macedo, do Estadão.
Os documentos da operação já disponibilizados pela justiça, com detalhes das acusações, estão aqui:
- Representação do Ministério Público Federal (parte 1 e parte 2);
- a decisão da juíza Gabriela Hardt, substituta de Sergio Moro.
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TRF4 mantém decreto de prisão preventiva contra operador foragido em Israel
22/05/2019
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) indeferiu hoje (22/5) habeas corpus impetrado pela defesa do operador financeiro David Arazi contra o decreto de prisão preventiva expedido pela 13ª Vara Federal de Curitiba em novembro do ano passado, na 56ª fase da Operação Lava Jato. Arazi mora em Israel e ainda não se entregou à Polícia Federal (PF). A decisão foi proferida de forma unânime pela 8ª Turma do tribunal.
Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como sendo operador do ex-diretor de serviços da Petrobras Renato de Souza Duque. Arazi teria disponibilizado a offshore Brooklet, em seu nome na Suíça, para depósito dos valores recebidos por Duque em propinas. O dinheiro seria proveniente do superfaturamento da obra de ampliação da nova sede da Petrobras em Salvador, Bahia, em imóvel denominado Conjunto Pituba, de propriedade da Fundação Petrobras Seguridade Social – Petros.
Os advogados de Arazi buscavam a revogação da ordem de prisão sob alegação de que o cliente estaria no país estrangeiro cuidando da mãe enferma e não em fuga, que as acusações estariam baseadas apenas em depoimento de colaborador, que os crimes apontados não seriam contemporâneos e que os argumentos para a decretação da prisão preventiva seriam frágeis.
Segundo o relator dos processos relacionados à Operação Lava Jato no TRF4, desembargador federal João Pedro Gebran Neto, a intervenção do juízo recursal seria prematura, pois há materialidade e indícios de autoria sobre o uso da offshore Brooklet. Conforme o Gebran, há provas de que foram realizadas 10 transferências, num valor total de R$ 6,6 milhões para a referida conta com a intermediação do ex-diretor da Odebrecht Rogério Araújo.
O desembargador ressaltou que Arazi tem nacionalidade Israelense e está há quase três anos no exterior, evidenciando o risco à aplicação da lei penal. Quanto à contemporaneidade dos fatos, o relator observou que documentos recentes enviados oficialmente pela Suíça indicam a existência de outras contas bancárias do paciente naquele país, demonstrando movimentações ainda existentes.
A defesa sustentou ainda que Arazi não teria atuação ativa na organização criminosa. Gebran, entretanto, pontuou que isso será melhor verificado no decorrer do processo e não em sede de habeas corpus. Para o desembargador, as provas indicariam um papel relevante dele no grupo envolvido e um risco de dissipação do produto do crime caso o réu passe a circular livremente.
O decreto prisional foi mantido e o réu está na lista de procurados pela Interpol (International Criminal Police Organization).
Esposa de Arazi segue com passaporte retido
A 8ª Turma também julgou hoje e indeferiu um habeas corpus impetrado pela mulher de David Arazi, Márcia Mileguir, requerendo autorização para ir aos Estados Unidos acompanhar o tratamento de saúde do filho. Ela responde por ser beneficiária e operar contas do marido no exterior.
Márcia foi presa temporariamente durante a deflagração da 56ª fase da Operação Lava Jato e solta em seguida sob a condição de entregar o passaporte, não deixar o Brasil e não manter contato com os outros acusados na operação.
Segundo Gebran, tendo em vista a disponibilidade que a ré tem de movimentar os recursos no exterior, sua permanência no Brasil é uma decorrência lógica. O desembargador avaliou como compatível a medida cautelar instituída contra Márcia.
N° 50162613920194040000/TRF
N° 50158258020194040000/TRF
Publicado no site do TRF4
Nelson
25/05/2019 - 18h38
Ao que tudo indica, não passa de notícia veiculada com o único propósito de seguir ludibriando inocentes e incautos. Para seguir mantendo o mito de que a Lava Jato vai pegar todo mundo e não só a turma do PT.
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Dario Messer é o “tubarão” dos doleiros e protegido pelo grande poder mundial, Israel e EUA. Ademais, se Alberto Youssef, que tem patente bem menor que Messer, ganhou o benefício da delação premiada por duas e a redução de 98% de sua pena, porque motivo prenderiam este último? A computar ainda o fato de que Messer tem o dossiê (“rabo”) de muita gente que ficou famosa como combatente [suposto, no caso] da corrupção, como um certo juiz que virou ministro de Bolsonaro.
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É notícia com o mesmo objetivo da que foi divulgada no início da semana dando conta de que José Dirceu iria dividir cela com Eduardo Cunha: engabelar o povo fazendo-o acreditar que outros peixes grandes não só do PT estão sendo presos.
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Esta última notícia tem também o propósito de debelar dúvidas acerca da prisão de Cunha, haja vista que há fortes suspeitas de que ele esteja solto, a gozar a vida com os milhões que amealhou com seus malfeitos e os bons serviços prestados ao Sistema de Poder que domina os EUA. Até porque, assim como Messer, Cunha possui os dossiês de muita gente de alto coturno da política brasileira.
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Vejamos o que escreveu o jornalista Diego Escosteguy, em seu tweeter, no dia 30-09-2017:
“Acerca das circunstâncias da entrevista de Cunha à Revista Època: não foi concedida nem na Papuda nem em qualquer local do sistema prisional.”
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Teria sido pelo fato de não ter ocnseguido frear sua língua, revelanddo um segredo que tem que ser guardado a sete chaves, que Diego Escosteguy acabou sendo demitido do grupo Globo em agosto do ano passado?
marco
24/05/2019 - 12h21
E a prisão de Dario Messer , o rei dos doleiros, quando vai rolar ?
Paulo
23/05/2019 - 19h07
Enjaulem o doleiro!