Atividade econômica apresenta queda de 0,68% no primeiro trimestre
Publicado em 15/05/2019 – 09:06
Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil Brasília
A atividade econômica registrou queda no primeiro trimestre neste ano. É o que mostra o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado hoje (15) pelo Banco Central (BC).
No primeiro trimestre, comparado ao período anterior, o índice apresentou queda de 0,68%, segundo dados dessazonalizados (ajustados para o período).
Em março, na comparação com fevereiro, houve recuo de 0,28%. Na comparação com o março de 2018, a queda chegou em 2,52%. Em 12 meses terminados em março de 2019, houve expansão de 1,05%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
O índice foi criado pelo BC para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica. Mas indicador oficial da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Primeiro trimestre
Ontem (14), na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC adiantou que a economia poderia apresentar recuo no primeiro trimestre. Segundo o documento, o processo de recuperação gradual da atividade econômica sofreu interrupção no período recente, mas a expectativa é de retomada adiante.
Segundo ata da reunião do Copom, o arrefecimento da atividade observado no final de 2018 teve continuidade no início de 2019. “Em particular, os indicadores disponíveis sugerem probabilidade relevante de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior, após considerados os padrões sazonais”, diz o documento.
O Copom acrescentou que os indicadores do primeiro trimestre induziram revisões substantivas nas projeções de instituições financeiras para o crescimento do PIB em 2019. “Essas revisões refletem um primeiro trimestre aquém do esperado, com implicações para o “carregamento estatístico” [herança do que ocorreu no ano anterior], mas também embutem alguma redução do ritmo de crescimento previsto para os próximos trimestres”.
O mercado financeiro já reduziu a previsão de expansão do PIB 11 vezes consecutivas. A estimativa para este ano está em 1,45% este ano.
A equipe econômica já está trabalhando com uma previsão de crescimento de 1,5% neste ano, disse ontem o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em audiência na Comissão Mista de Orçamento (CMO), ele disse que a reformulação de expectativas diante da demora na aprovação da reforma da Previdência justificou a revisão das estimativas.
Edição: Valéria Aguiar
Publicado na Agência Brasil
Paulo
15/05/2019 - 19h34
E a nova do Capitão: vai enxugar as Normas Regulamentadores de Saúde e Segurança do Trabalho, consolidadas há décadas e havidas como de grande qualidade técnica (fruto do ótimo trabalho da FUNDACENTRO, do extinto Ministério do Trabalho), reduzindo-as para cerca de 10% do que são a fim de “desonerar o empregador” e criar empregos. Alguém precisa avisar a ele que vai dar um tiro no próprio pé, pois os acidentados cairão no colo da Previdência Social!
lucio
15/05/2019 - 23h34
TUDO que está fazendo já se sabia. bastava estudar a historia da direita sulamericana: grana para os ricos e morte para os outros. vc mim parece cair das nuvens… mas nunca é tarde para cair em sí, confio em vocé, ao contrario de outros irrecuperaveis escrementos que sujam este blog.
Paulo
16/05/2019 - 00h04
Recuperar do que, meu caro? Eu não votei no Capitão, anulei meu voto. O que ainda prezo nele é a ênfase na “nova política”. Claro que se a economia entrar em parafuso ninguém vai considerar isso, mas acho – e sempre acharei – potencialmente “revolucionária” a proposta do fim do “toma-lá-dá-cá”. É a coisa mais incrível da história da República, de que me lembro. E, talvez, a última esperança que eu tinha de uma regeneração na política brasileira. Se vai conseguir manter ou não, eu não sei. Mas, se for esperto, leva a proposta até o fim, e morre abraçado com ela, porque, se cair, pelo menos poderá dizer que tentou e foi boicotado. Se ceder, não se livrará do julgamento da história e ainda cairá do mesmo jeito. Não darei jamais razão ao PT e aos Governos que o antecederam (exceto o do grande Itamar Franco, o único governante honrado pós-Regime Militar)!
Alan C
15/05/2019 - 12h41
Continuamos aguardando a primeira boa notícia vinda da “gestão” bozo.
Gilmar Tranquilão
15/05/2019 - 19h43
Deixa de ser malvado, teve uma sim, acabou o horário de verão! kkkkkkkkkkk
Paulo
16/05/2019 - 00h49
Não negligencie isso, foi uma medida de grande impacto na saúde da população!
NeoTupi
15/05/2019 - 12h23
Agora o Bank of America confessa que “só” reforma da previdência não basta. Investidores só vem se Brasil voltar a crescer. Rodrigo Maia também disse algo parecido em Nova York no seminário do Banco Pactual.
É o que eu cansei de falar. Hoje em dia, o grosso do investimento estrangeiro só vai para países onde a classe média cresce. Fora isso o que sobra de interesse é pouco investimento para extrair matéria prima para exportação (o que contribui muito pouco para o desenvolvimento econômico de um país como o Brasil que já passou por um processo de industrialização).
Com a política de Guedes/Bozo, a classe média só encolhe. Ontem Guedes falou em tirar despesas de saúde e educação da dedução do IR para mudar alíquotas (dá com uma mão e tira com a outra). Isso depois de autorizar aumentos de até 3x a inflação nos planos de saúde.
Sem renda das famílias melhorar, não há como ter mercado interno que atraia investimentos.
Sergio Araujo
15/05/2019 - 12h07
Essa rede de franchising ALUGA tà abrindo lojas uma atràs da outra. Rsrs
Paulo
15/05/2019 - 21h22
Na verdade tá fechando, rs…