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EXCLUSIVO: Rodrigo Maia elogia Bolsonaro, mas não a família: um filho é pra internar, o outro está deslumbrado
O presidente da Câmara disse que governo abandonou o discurso da “nova política” para aprovar a Previdência. Na entrevista ao BuzzFeed News, Maia criticou a “briga idiota” de Carlos com Mourão e disse que os militares vão isolar Olavo.
publicado 26 de Abril de 2019, 6:18 p.m.
Por Severino Motta
Repórter do BuzzFeed News, Brasil
Principal articulador da aprovação da reforma da Previdência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acredita que caiu finalmente a ficha do presidente Jair Bolsonaro que é preciso fazer política para conseguir votos no Congresso.
Segundo ele, o governo ainda está longe dos 308 votos necessários para mudar o sistema de aposentadorias do país, mas a articulação do Planalto melhorou nas últimas semanas – ele elogia Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e espinafra o líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (PSL-BA), que “dá até dó.”
Segundo ele, a principal preocupação dos deputados é a de serem lançados ao deserto depois de darem R$ 1 trilhão ao presidente. E rechaça que a distribuição de emendas e investimentos nas bases de quem vai arcar com o desgaste da reforma seja toma-lá-dá-cá.
Na entrevista concedida ao BuzzFeed News em sua residência oficial, Maia traçou um diagnóstico ácido da família presidencial. Sobre Eduardo, o filho deputado, disse que este ascendeu do “baixíssimo claro” para comandar de fato uma política externa que é “essa loucura aí”.
Rodrigo Maia acha que Carlos pode ser “doido à vontade”, mas age em uma estratégia definida pelo próprio presidente nas redes sociais.
“Ninguém fica preocupado com Carlos, todo mundo tem convicção que o Bolsonaro é que comanda isso”, disse. “Alguém coloca aquilo do golden shower que colocou no Carnaval, sem o pai ver? O filho pode ser doido à vontade, mas num negócio daquela loucura só com autorização do dono da conta”, completou.
A seguir os principais trechos da entrevista:
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BuzzFeed News – O pai do sr., Cesar Maia, é um quadro importante da política nacional [ex-prefeito do Rio]. Se o sr. fizesse metade do que o Carlos Bolsonaro faz, qual seria a reação do seu pai?
Rodrigo Maia – Olha, eu não gosto de falar como os pais cuidam dos seus filhos. Eu sei como eu cuido dos meus. E sei como é que o meu pai cuida dos filhos dele. Quando eu estou aqui e começo a falar algumas coisas que ele acha que está errado, ele só manda a seguinte mensagem: ‘Olha, Rodrigo, a gente não se falou nos últimos dias, mas se você quiser conversar, quiser uma opinião, estou aqui à sua disposição’. Já entendi que fiz besteira. E eu, para entender qual besteira que eu fiz, e vou ao Rio para entender. É assim que eu faço.
Eu não sei como é a relação na família dele [Bolsonaro]. As famílias têm relações distintas, não é? O Bolsonaro colocou o filho com 17 anos para disputar contra a própria mãe desse filho. Ele derrotou a mãe para vereador. Isso deve ser normal na cabeça de um ser humano? Derrotar uma mãe com 17 anos? Isso deve ter gerado muito problema na cabeça do Carlos. A informação que eu tenho, apenas de ouvir falar, é que eles ficaram sete anos sem se falar, ele e o pai. E você vê que ele tem uma admiração enorme pelos filhos, diz que devia ser ministro, que só chegou à Presidência por causa dele. O que influenciou muito a eleição foi a facada que quase o matou. Se Bolsonaro achar que foi a internet que elegeu ele…
O que achou da nota da revista Época de que o Carlos segurou a senha do Twitter e impediu o pai de acessar a rede?
Eu acho que pode ser verdade, você não acha? Não me parece verdade, mas eu não acho impossível ser. Eu até acho que não é, acho que o filho não vai a tanto, pois aí seria uma relação… Aí precisaria internar…
Essa atuação do Carlos reflete no Congresso?
Ninguém fica preocupado com Carlos, todo mundo tem convicção de que o Bolsonaro é que comanda isso. E eu não acredito, e ninguém acredita mais, que é o Carlos que comanda esse jogo.
Ou seja, o que o sr. afirma é que o Carlos escreve mas a estratégia é do presidente?
Alguém coloca aquilo do golden shower sem o pai ver? O filho pode ser doido à vontade, mas num negócio daquela loucura só com autorização do dono da conta.
A briga dele com o Mourão atinge o Congresso ou a política no país?
Não acho que atrapalha muito, não. Mas temos que tomar cuidado para não entrar nessa briga. Quem vai investir no país e vê o filho do presidente batendo no vice questiona isso. Acho que pode gerar insegurança em alguns atores que estão mais distantes. Para quem está aqui perto, todo mundo sabe que é uma briga idiota.
O sr. imaginou o país vivendo esse momento, com um vereador gerando crises nacionais?
O filho do presidente é um radical.
E o filho que está na Câmara, o Eduardo? Alguns parlamentares dizem que ele está agindo no Congresso como um imperador, com arrogância.
Ele não era nada, era um deputado do baixíssimo clero, o pai vira presidente, ele passa a ser chamado pela equipe do Trump, pela equipe de não sei o quê… Um pouquinho de vaidade é um direito, não é? Não vamos exagerar também, achar que ele não pode ter um momento de deslumbramento. Quem é que nunca teve? Quando eu ganhei minha primeira eleição para presidente da Câmara eu também tive. Todo mundo tem, mas com o tempo você vai vendo que isso ai tudo é passageiro.
E ele é realmente o chanceler de fato do Brasil?
Não foram eles que fizeram o ministro [Ernesto Araújo]? Eles que comandam o ministro, a agenda deles é a mesma, essa loucura aí…
E o escritor Olavo de Carvalho? Ainda é um foco de crise?
Apesar de achar que ele influencia demais o Bolsonaro, as agendas dele. Eu acho que ele vai perder relevância.
E quem ganha, os militares?
Acho que o governo. Os militares ganham e o governo ganha na relação com a política, porque sai esse ambiente de radicalismo e de grosseria desse cara [Olavo] e do entorno dele.
A ala militar tem sido a ala moderadora?
Minha impressão é que tem.
A reforma da Previdência passou na CCJ. Como está a articulação do governo e a atuação do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni?
Melhorou muito. Ele (Onyx) compreendeu que se ele não fizer articulação ele vai cair, então ele começou a fazer articulação. Tem gente que quer cargo? Tem. Tem gente que quer orçamento para os seus Estados? Todos, inclusive os da oposição. Agora, não é só isso. Uma boa conversa no Palácio do Planalto traz muito voto. Eu vi deputado aqui na época do Michel Temer que eu falava: ‘não é possível, o Michel não fez nada para esse deputado, esse parlamentar está morto no Estado dele’… Mas recebeu para almoçar, levou para jantar no Jaburu e o deputado volta falando do presidente, que nós temos que votar e ajudar. E eu ficava: ‘meu Deus do céu’.
Uma boa conversa, em que se mostra que vai dar certo, que precisamos fazer e aprovar juntos, que vamos governar juntos, que o Brasil vai crescer e a gente vai junto… Isso tem muito valor para muita gente.
O Onyx não vinha fazendo isso?
Ele estava mais distante, não é? Estava meio acanhado. Agora, também, escolheram um líder do governo na Câmara que dá dó.
O Major Vitor Hugo (PSL-BA)?
Sim, muito fraquinho. Não ajuda. A Joice [Hasselmann, PSL-SP, líder do governo no Congresso] ajuda, participa. A Joice está fazendo política. O outro faz a antipolítica achando que o Bolsonaro vai ficar feliz porque ele está fazendo a antipolítica. E ao mesmo tempo ele quer ser articulador político, o que cria uma confusão na cabeça das pessoas.
Um deputado que votou a favor da reforma na CCJ veio falar comigo: ‘Mas, Rodrigo, ninguém me ligou do governo. Votei por convencimento, pelo campo ideológico… E o governo não ligou nem para pedir o voto e nem para agradecer’. É uma coisa estranha, não é?
Na reforma do Temer foram 10 dias na CCJ. Por que agora demorou tanto?
É preciso entender que o Michel pegou o governo da metade para frente. É outro governo. Você pegar um governo no início os deputados estão cheios de vontade de fazer coisa, de apresentar projeto, de mudar o Brasil, é difícil, é mais difícil para um novo governo, com parlamento novo e com ambiente um pouco mais radicalizado e com o cara não querendo articular, é difícil mesmo. E eu acho que eles cometeram um erro. Se eles tivessem cedido a CCJ para os partidos possíveis aliados, com o comprometimento de tirar a Previdência num prazo mínimo. Para que o PSL queria a CCJ nesse momento? Se tivesse entregado para os partidos próximos à gente, cria um compromisso muito mais forte.
O que ficou claro é que o projeto só passou quando o centrão decidiu aprovar. O que mudou?
Mudou que alguns entraram, como eu, dizendo: ‘chega, vamos votar’. Eu chamei alguns e falei: ‘votar’. Primeiro, eu sabia que ninguém queria ruptura, romper com o governo. E eu imaginei o seguinte: se é vontade da maioria derrotar, que derrote logo.
Por exemplo, uma coisa é eu falar que sou contra, não quero mais relação com o governo e não devo dar a Previdência para esse governo e vou assumir a responsabilidade perante meu eleitor. Outra coisa é esticar demais a corda. Esticar um pouco a corda, tudo bem, é do processo político. ‘Olha, pera aí, lá no Rio de Janeiro vocês prometeram resolver o dinheiro da segurança pública e não chegou, vamos dar uma pausa’. Mas nada que pareça boicote ao governo, chantagem ao governo. Uma coisa é o alerta, uma coisa é uma semana, outra coisa são três semanas. Chegou uma hora que eu mesmo disse que, da minha parte, se tiver que perder, perca, mas tem que votar.
E acabou tendo o teto de votos da base na CCJ, com 48 votos…
Sim, teve o máximo, foi muito bom. Por que todo mundo quer aprovar a Previdência, todo mundo é a favor. Agora o deputado tem medo de dar R$ 1 trilhão para o presidente e amanhã ficar como? No deserto?
Existe esse sentimento de que o deputado pode ajudar o governo hoje e ser abandonado no dia seguinte?
O governo sabe que precisa e o Bolsonaro não é uma pessoa que deixa de cumprir a palavra dele. Ele não gosta de conversar, de fazer aliança. Mas a experiência que o próprio PP tem com ele é que, toda a vez em que ele se comprometeu com o partido para fazer algo nas votações, ele fez. Ele nunca traiu a palavra dele, entendeu? Os partidos têm muita clareza de que, se o Bolsonaro falar ‘o caminho está dado, é assim, e vocês vão governar com a gente 4 anos’, ele vai cumprir. O PR conhece bem ele, o PP conhece bem ele.
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
A “nova” política, as emendas e os cargos
O Bolsonaro está dando esse sinal de que os partidos vão governar junto?
Acho que o Onyx está dando. É um outro formato, não é? Mas acho que sim.
Mas como funcionaria isso, já que há o discurso da velha política?
Ontem [Anteontem, quarta-feira] ele fez um pronunciamento em cadeia nacional [em que Bolsonaro agradeceu nominalmente a Maia pelo empenho na Previdência] que, claro, ele não é bom no teleprompter, e eu também não sou… Você pode falar que ele não é um artista e não deve ser, nem apresentador da TV Globo, mas ele se dispôs a ler aquele texto, que foi construído com a equipe econômica, que é um texto muito forte, e é ele que aparece falando.
Mas isso não é ele empurrar para o Congresso, permitindo ao presidente colher os louros da aprovação e ficar longe do desgaste?
Ele está começando a mudar. Estou dizendo. O Onyx está conversando mais, estive com o Onyx três dias seguidos. Ele dizendo que quer construir junto, construir o processo eleitoral de 2020 junto com todo mundo. E isso vai acalmando todo mundo.
Mas tem promessa de emendas.
Deixa eu dizer uma coisa. Se eu vou aprovar o orçamento impositivo, você acha que R$ 10 milhões é relevante? Eu vou ter R$ 80 bilhões para aprovar junto com o governo. Isso [emendas] não é relevante. Se ele me oferecer R$ 100 milhões para a área de segurança do Rio de Janeiro, eu não vou aceitar? Vou. Mas não quer dizer que eu vou deixar de votar a Previdência por causa do orçamento dele. As pessoas confundem as coisas. No fundo ele vai ter que executar o orçamento e vai atender mesmo os Estados. Agora, não tem burro, não é? É o que os deputados estavam dizendo aqui hoje [ontem]. ‘Rodrigo, eu não estou preocupado com R$ 10 milhões, não. Eu estou preocupado é em aprovar a PEC do Orçamento Impositivo que amanhã eu tenho o orçamento inteiro das ações finalísticas para aprovar. Eu não dependo mais dele, ele vai executar o que eu mandar’.
Mas então por que essa história de emendas agora?
É porque era praxe no passado. Quem for ajudar o governo vai ter um orçamento extra. E, se eles oferecerem um orçamento extra, acho que todo mundo vai querer. Foi engraçado com um deputado do Rio. Ele disse que não sabia se era verdade, mas que ele estava precisando porque o Estado do Rio está quebrado. Então, no [governo do] PT não era assim? Agora, o que eu acho que vai ter que consertar em relação ao governo é a construção da base do governo, pois está construindo de trás para frente, não do início para o fim.
Como assim?
Primeiro você diz que tem um programa, uma agenda para as áreas, e chama os partidos para ver quem está de acordo com a agenda e dá o ministério para o partido indicar alguém para implementar. É assim que se forma governo num sistema democrático. Não é nem velho nem novo, é assim que se forma. Os partidos têm seus quadros, acertam um programa mínimo com o governo e governam esse programa, como foi com FHC, Lula Dilma e Michel Temer com a “Ponte para o Futuro”. Quem aceitou os ministérios aceitou aquela agenda. O governo não tem agenda, então eles estão indo do final para o início.
O final, qual é? Você faz parte do governo e no final você executa o orçamento e, por ser base do governo, você tem uma estrutura de atendimento às suas bases eleitorais maior do que quem está na oposição. É assim. Então, como o governo não construiu um programa mínimo e não fez a formatação dessa forma, ele está começando do final. Vamos ver como é que a gente resolve o orçamento? Pois se ele não tem o governo para dividir ele tem que dividir o orçamento, então é a confusão e fica parecendo o varejo do varejo.
Então o governo está no puro toma-lá-dá-cá?
Mas é ele que está construindo dessa forma, por isso que tem que pensar como organiza esse quebra-cabeça, para que não fique parecendo que as pessoas só vão votar a Previdência se tiver emenda. Tem 200 deputados que vão votar a Previdência com emenda, sem emenda, com cargo, sem cargo, com Bolsonaro, sem Bolsonaro. Tem uns que dizem o seguinte: ‘Meu amigo, eu sei que vou perder metade da minha base eleitoral, mas sei que tem de votar a Previdência. Como é que o governo garante a minha rede?’.
Mas isso não é toma-lá-dá-cá?
Não é toma-lá-dá-cá. É dizer o seguinte: ‘Amigo, eu tenho 50 mil votos no Rio de Janeiro, minha cidade é de servidor público, eu vou sair de 50 mil votos, que é metade da minha eleição, e vou para 10 mil. Qual é minha rede?’. [E ele dizer:] ‘Olha Rodrigo, fica tranquilo que todos os investimentos nos hospitais federais você vai ser protagonista, nós vamos contratar professor, contratar médico, vamos fazer política pública no Rio’. E eu vou recuperar meu eleitorado de outra forma. Isso é fazer política, é compreender o papel do parlamentar. Eu sei que é importante, sei que vou perder base eleitoral, mas com os benefícios da votação da Previdência eu vou ser o articulador do governo [federal] no Rio. E aí não são R$ 10 milhões, são os investimentos do governo [federal] no Estado do Rio.
Mas no discurso do governo isso não é velha política?
Mas eles já viram que não é assim. Se eu vou ter orçamento impositivo, já não é toma-lá-dá-cá. É assim, tudo o que começa mal conduzido, sem planejamento, para ajustar é pesado, para ajustar é duro, então agora cada um dos lados vai ter que ver de qual forma que constrói essa relação, dando transparência nessa relação para a sociedade e mostrando que é uma relação de governabilidade do Brasil, não é por causa da emenda que o cara vai votar. A execução do orçamento, a ocupação de um espaço no governo é consequência de você acreditar numa política.
Qual o problema? Num momento o governo pensou em negociar projeto por projeto. Eu falei: ‘Vocês estão propondo o maior toma-lá-dá-cá da história. Se cada votação for negociar com o parlamentar, cada votação for R$ 10 milhões de emenda, vai quebrar o Brasil’. Isso, sim, é toma-lá-dá-cá, e em algum momento eles pensaram nisso. E as bancadas temáticas? Elas são as mais caras.
De toda forma ainda é preciso dar os cargos…
Ou não. Ou nomeia alguém que atenda o deputado. Do meu ponto de vista pessoal, não faz a menor diferença. Eu não quero saber quem é o secretário de educação básica, por exemplo, eu quero saber se ele vai me arrumar dinheiro para construir creche nos municípios onde eu tenho voto. Isso não é nem velho nem novo, é a política. Se eu estou eleito para defender a cidade do Rio, o Estado do Rio, eu tenho que levar recurso para o Estado do Rio, é uma demanda diária.
No meu panfletinho, sabe o que faz mais sucesso? Foram minhas emendas de R$ 500 mil, R$ 1 milhão, para os hospitais. O que me deu mais voto foi isso. Era R$ 300 mil para um tomógrafo, R$ 500 mil para um aparelho, para construir novo centro cirúrgico. Isso não é velha política nem nova política, e nem toma-lá-dá-cá. Eu estou eleito para isso, o eleitor me elege para isso, para eu conseguir que tenha escola no bairro dele. Às vezes ele até erra pois ele quer coisa que não cabe ao governo federal… A política é essa. Qual a principal peça de um Parlamento? É o orçamento.
Dentro dessa lógica de projeto, o que tem o governo além da Previdência?
Paulo Guedes está construindo lá. Acho que construindo atrasado, mas está construindo.
Pois parece que até agora só se viu a reforma e o projeto do Moro…
Depois de a gente ter conseguido separar Ministério da Justiça da área de segurança… Isso de voltar a responsabilizar o governo federal pela política de segurança pública do Brasil eu acho que foi um erro. Mas o Moro tem a agenda dele, uma agenda de corrupção. Tem uma agenda, tem Ibope, mas não resolve roubo, homicídio… Mas ele tem uma agenda clara e competente, não podemos negar isso.
Qual o cenário de votação hoje da reforma da Previdência?
Não dá para dizer quantos votos, mas está longe.
O que precisa para chegar num quadro confortável?
Precisa fazer o que o Onyx está fazendo. Dialogar. O que o presidente está fazendo, pronunciamento a favor, falando a favor, construindo relação de diálogo e não de conflito, tudo isso ajuda e vai colocando a coisa no lugar.
Aprova neste primeiro semestre?
Parece que está apertado… Mas são só duas semanas de recesso, tanto faz metade de julho ou início de agosto… Isso não é o mais importante, o mais importante é aprovar. Um mês, um mês e meio a mais ou a menos não vai tirar pedaço de ninguém.