Semana passada, a Petrobras anunciou alta de 5,7% no preço do diesel vendido por suas refinarias. Houve ameaça de greve, telefonemas do presidente da república para a estatal, e, por fim, um recuo. O mercado viu interferência e as ações da Petrobras caíram fortemente. Após anunciar uma série de medidas para atender aos caminhoneiros, e reuniões entre o governo e a Petrobras, autorizou-se aumento de 4,8% no preço do diesel.
O Brasil continua caminhando na corda bomba. Num momento tão delicado da nossa economia, é temerário quer o combustível mais importante para o transporte de mercadorias e pessoas em todo país fique vulnerável às oscilações do câmbio e da cotação internacional.
O certo seria aumentar a produção brasileira de diesel, de um lado, para reduzir a importação e a dependência do produto norte-americano, e, por outro, fazer grandes investimentos em ferrovias e transporte fluvial.
***
No R7
Petrobras aumenta em R$ 0,10 preço do litro do diesel
Valor do combustível subirá de R$ 2,1432 para R$ 2,2470 nas refinarias brasileiras a partir desta quinta-feira (18)
A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (17) que o diesel ficará R$ 0,10 mais caro nas refinarias do país a partir de amanhã (18). Trata-se do primeiro reajuste no preço do combustível desde o dia 22 de março.
A alta de 4,84% faz o preço do combustível saltar de R$ 2,1432 para R$ 2,2470 nas refinarias. O valor corresponde ao preço que os postos pagam para comprar o diesel. Os estabelecimentos podem ou não repassar o reajuste aos motoristas.
Veja também
De acordo com a Petrobras, o reajuste levou em conta “os mecanismos de proteção, através dos derivativos financeiros, e as variações de demais parcelas que compõem o PPI (Preço Paridade Internacional) com destaque para redução recente do frete marítimo”.
A petroleira afirma ainda que o preço médio do diesel ao consumidor no Brasil é 13% menor do que a média global.