Setor de serviços varia -0,4% em fevereiro
12/04/2019 09h00 | Atualizado em 12/04/2019 11h38
Em fevereiro de 2019, o volume de serviços no Brasil teve variação negativa (-0,4%) frente ao mês anterior (série com ajuste sazonal). Com isso, o setor acumula nos dois primeiros meses do ano uma perda de 0,9% e elimina a expansão observada em dezembro de 2018 (0,8%). No confronto com fevereiro de 2018 (série sem ajuste sazonal), o volume de serviços cresceu 3,8%, sétima taxa positiva seguida nesse tipo de comparação e o resultado mais elevado desde fevereiro de 2014 (7,0%).
O setor acumula no ano alta de 2,9%, ganhando dinamismo frente ao encerramento de 2018 (0,0%), quando interrompeu três anos seguidos de taxas negativas (2015-2017) e acumulou perda de 11,0%. O acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 0,2% em janeiro para 0,7% em fevereiro de 2019, apresentou o maior resultado positivo desde março de 2015 (1,0%) e manteve a trajetória predominantemente ascendente, observada desde abril de 2017 (-5,1%). A publicação completa da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) está abaixo.
A variação negativa (-0,4%) do volume de serviços observada na passagem de janeiro para fevereiro de 2019 foi acompanhada por três das cinco atividades de divulgação investigadas, com destaque para a maior pressão negativa vinda de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,6%). Ao assinalar a terceira taxa negativa seguida, essa atividade acumulou uma perda de 3,9% no período.
Os ramos de outros serviços (-3,8%) e de serviços prestados às famílias (-1,1%) devolveram os ganhos, respectivamente, de 4,9% em janeiro; e de 1,3% entre novembro de 2018 e janeiro de 2019. Já os serviços de informação e comunicação (0,8%) voltaram a operar no campo positivo, após assinalarem ligeira variação negativa (-0,2%) em janeiro, quando interromperam quatro taxas positivas seguidas, com ganho acumulado de 3,0% entre setembro e dezembro de 2018. Os serviços profissionais, administrativos e complementares mostraram estabilidade (0,0%) em fevereiro, após terem avançado 1,7% no mês anterior.
A média móvel trimestral (série com ajuste sazonal) do volume de serviços não variou (0,0%) no trimestre encerrado em fevereiro de 2019, após apresentar duas taxas positivas seguidas em dezembro de 2018 (0,3%) e janeiro de 2019 (0,1%). Entre os setores, ainda na série com ajuste sazonal, o ramo de serviços de informação e comunicação (0,6%) teve a maior alta, seguido por outros serviços (0,3%) e pelos serviços profissionais, administrativos e complementares (0,1%). Os dois primeiros mantiveram o comportamento positivo desde outubro de 2018 e o último manteve a trajetória ascendente iniciada em dezembro de 2018.
A retração mais relevante veio do setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,3%), que permaneceu assinalando taxas negativas desde novembro último. Os serviços prestados às famílias, ao registrarem ligeira variação negativa em fevereiro (-0,1%), devolveram parte do ganho de janeiro (0,4%).
Na comparação com igual mês do ano anterior, os serviços avançaram 3,8%, com expansão em todas as cinco atividades pesquisadas e em 53,6% dos 166 tipos de serviços investigados. Fevereiro do 2019 (20) teve dois dias úteis a mais que fevereiro de 2018 (18), propiciando a realização de um maior número de contratos de prestação de serviços.
Entre as atividades, serviços de informação e comunicação (6,2%) exerceu a contribuição positiva mais relevante, impulsionado, em grande medida, pelo aumento na receita das atividades de consultoria em tecnologia da informação; de telecomunicações; de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; de edição integrada à impressão de livros; e de tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet. Os demais resultados positivos foram: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,4%), serviços prestados às famílias (4,3%), outros serviços (5,0%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (1,6%).
No acumulado do primeiro bimestre de 2019, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços cresceu 2,9%, com expansão em todas as cinco atividades de divulgação e em 47,6% dos 166 tipos de serviços investigados.
Entre os setores, os serviços de informação e comunicação (4,8%) exerceram o principal impacto positivo sobre o índice global, impulsionado, em grande parte, pelo aumento da receita das empresas que atuam nos segmentos de consultoria em tecnologia da informação, de telecomunicações, de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet e de desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis. Os demais avanços vieram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,5%), de serviços prestados às famílias (4,3%), de outros serviços (5,3%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,5%).
Volume dos serviços cai em 22 das 27 unidades da federação
Das 27 unidades da federação, 22 assinalaram retração no volume dos serviços em fevereiro de 2019, na comparação com o mês imediatamente anterior (série com ajuste sazonal). Entre os locais com resultados negativos nesse mês, destaque para Rio de Janeiro (-3,2%) e Distrito Federal (-4,5%), com o primeiro devolvendo parte do ganho acumulado (5,6%) entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019; e o segundo acumulando perda de 6,3% nos dois primeiros meses do ano. A principal contribuição positiva veio de São Paulo (1,0%), que recuperou integralmente a perda observada em janeiro último (-0,6%).
Em relação a fevereiro de 2018, houve alta em 12 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (8,3%), com quatro dos cinco setores pesquisados mostrando avanço, com destaque para os serviços de informação e comunicação (17,7%), seguido pelos serviços prestados às famílias (16,0%), outros serviços (9,8%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (1,8%). Por outro lado, a influência negativa mais importante veio do Rio de Janeiro (-2,7%), que apontou retração em duas das cinco atividades investigadas, com destaque absoluto para as perdas dos serviços de informação e comunicação (-12,7%). Outros impactos negativos relevantes vieram do Paraná (-1,5%) e do Mato Grosso (-4,9%).
No acumulado de janeiro a fevereiro de 2019, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços se deu de forma equilibrada entre os locais investigados, já que 14 das 27 unidades da federação mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo ocorreu em São Paulo (6,4%). Cabe mencionar ainda os avanços vindos de Minas Gerais (3,3%) e do Distrito Federal (5,8%). Já o Rio de Janeiro (-2,5%) registrou a influência negativa mais relevante sobre índice nacional.
Índice de atividades turísticas cai 4,8%
O índice de atividades turísticas caiu 4,8% frente ao mês anterior, após avançar 3,9% em janeiro, quando interrompeu quatro taxas negativas seguidas neste tipo de confronto, período em que acumulou perda de 3,0%. Regionalmente, onze das doze unidades da federação acompanharam este movimento de queda observado no Brasil, com destaque para o Rio de Janeiro (-8,2%), que eliminou quase todo o ganho acumulado entre outubro de 2018 e janeiro de 2019 (8,4%). Outras pressões negativas importantes vieram de São Paulo (-1,7%), do Distrito Federal (-12,0%) e da Bahia (-4,1%). A única contribuição positiva veio do Espírito Santo (1,5%), sua quarta expansão consecutiva, acumulando alta de 5,5%.
Em relação a fevereiro de 2018, o volume de atividades turísticas no Brasil subiu 5,0%, impulsionado, principalmente, pelo aumento de receita das empresas de serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada, de transporte aéreo de passageiros e de hotéis. O segmento de restaurantes exerceu a influência negativa mais importante sobre os serviços turísticos. Em termos regionais, metade (6) das doze unidades da federação investigadas mostrou avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (14,7%), que emplaca a sua décima segunda taxa positiva seguida. Os impactos negativos mais importantes vieram do Rio de Janeiro (-5,4%) e de Santa Catarina (-7,6%).
Publicado na Agência IBGE Notícias