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CINE FOLHETIM FÊNIX #08

Queridos parceiros e espectadores, Com chuva tensa ou sol escaldante, a Fênix está alcançando voos cada vez mais altos. E essa newsletter é a prova disso. Por exemplo, trazemos todo o segredo e os mistérios que há por trás dos sapatos vermelho rubi que a protagonista de O MÁGICO DE OZ usa e ainda celebramos […]

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Queridos parceiros e espectadores,

Com chuva tensa ou sol escaldante, a Fênix está alcançando voos cada vez mais altos. E essa newsletter é a prova disso. Por exemplo, trazemos todo o segredo e os mistérios que há por trás dos sapatos vermelho rubi que a protagonista de O MÁGICO DE OZ usa e ainda celebramos os 60 anos do lançamento de QUANTO MAIS QUENTE MELHOR! E parece que tudo nessa News gira em torno de festivais: apresentamos o filme que abrirá Cannes 2019 (antecipando, é do grande Jim Jarmusch), anunciamos os vencedores do Festival Sesc Melhores Filmes, comemoramos o documentário CODINOME CLEMENTE no grandioso Festival de Cinema Brasileiro de Paris e lamentamos a mudança de horários no É Tudo Verdade por conta das chuvas no Rio de Janeiro. Por fim, explicamos o que é o “cinema de sensações” e ainda explicamos porque 2007 é um grande ano, de forma geral, para o cinema! As asas da Fênix não param por nada. Nada mesmo!

Abraço e bons filmes,

Fênix.

 

CODINOME CLEMENTE em festival francês

O cinema L’Arlequin está sendo palco da 21ª edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris desde a última terça-feira (09 de abril). Durante uma semana, são exibidos 23 longas, entre ficção e documentário, títulos inéditos na França, sessões com debate, e um Fórum voltado para o mercado audiovisual. Nesta edição foram selecionados 11 documentários de diversas temáticas, alguns abordam questões sociais e políticas e outros são retratos culturais do Brasil. O filme CODINOME CLEMENTE, dirigido por Isa Albuquerque, abarca ambas as temáticas, ao trazer Carlos Eugênio Paz relembrando sua participação na luta armada contra a ditadura militar entre as décadas de 1960 e 1980. Utilizando o codinome de “Clemente”, ele participou da Aliança Libertadora Nacional e diversas ações urbanas. Além disso, como parte integrante da programação do festival, ocorrerá o 2º Fórum Audiovisual França-Brasil, na próxima terça (16), na Embaixada do Brasil em Paris, que visa incentivar o intercâmbio entre os dois países neste setor. Serão realizadas master classes, painéis e encontros profissionais com a presença de representantes de entidades, criadores, produtores e executivos brasileiros e franceses. Em 20 anos, o festival permitiu que cerca de 530 filmes fossem vistos na França, diante de uma plateia de mais de 73.000 espectadores que puderam debater com quase 500 convidados.

 

É Tudo Verdade adiado por conta da chuva

Devido às fortes chuvas no Rio de Janeiro, que aconteceram na noite da última segunda-feira (8), algumas sessões do Festival É Tudo Verdade foram reprogramadas e mudadas de endereço. O documentário SOLDADOS DA BORRACHA, de Wolney Oliveira, foi remanejado para o próximo domingo (14), na sessão de 20h30, no Estação NET Botafogo.

 

2007: o ano divino do cinema n’O Cafezinho

O texto da coluna semanal da Fênix n’O Cafezinho traz uma análise sobre o ano de 2007 para o cinema. Considerado como um dos melhores anos de lançamentos de obras que viraram clássicos instantâneos, o artigo resgata filmes como SANGUE NEGRO, JUNO, NÃO ESTOU LÁ, NA NATUREZA SELVAGEM, ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ e vários outros que estão presente no link logo abaixo:

https://www.ocafezinho.com/2019/04/11/2007-o-ano-divino-do-cinema-no-seculo-xxi/

 

VISAGES, VILLAGES está no Festival Sesc Melhores Filmes

O maior festival de cinema da cidade de São Paulo chegou à sua 45ª edição em 2019 e, na noite da última quarta-feira (10), os longas que passaram no cinema em 2018 foram premiados pela crítica e pelo público. O Festival Sesc Melhores Filmes consagrou obras como ROMA, ARÁBIA, BENZINHO, O PROCESSO e O BEIJO NO ASFALTO. Além disso, a partir de hoje (12), os 48 filmes (sendo 19 estrangeiros e 20 nacionais) estarão em exibição no Sesc. Entre eles, está VISAGES, VILLAGES, de Agnés Varda e JR, documentário distribuído pela Fênix. Os horários estão logo aqui embaixo:

CineSesc São Paulo – 19/04 (sexta), às 14h

Belenzinho – 24/04 (quarta), às 21h30

CineSesc São Paulo – 25/04 (quinta), às 19h

Campo Limpo – 26/04 (sexta), às 19h

 

Filme de Jim Jarmusch abrirá Cannes 2019

Uma história de zumbis será o filme de abertura do Festival de Cannes desse ano! THE DEAD DON’T DIE, novo longa de Jim Jarmusch (diretor de PATERSON, distribuído pela Fênix em 2017), abrirá os trabalhos da próxima edição de um dos maiores eventos cinematográficos do mundo. Misturando comédia e terror, o filme conta a história de dois policiais (interpretados por Bill Murray e Adam Driver) que cuidam de uma cidade pacata que é atacada por zumbis. Vale lembrar que Jarmusch já tem longa história com o Festival de Cannes, sendo premiado algumas vezes no evento com Estranhos no Paraíso (1984), Trem Mistério (1989) e Flores Partidas (2005). Sua última parceria com Adam Driver, PATERSON também foi exibida na mostra, três anos atrás.

 

Qual é o futuro do cinema com sensações?

Os filmes considerados “pipoca” alavancam os maiores índices de bilheteria. Sejam os VINGADORES, os robôs de TRANSFORMERS e a infinita saga de HARRY POTTER, ir ao cinema só para assistir a vários efeitos especiais está ficando ultrapassado para os blockbusters. E é normal para o mercado do audiovisual se reinventar para arrecadar cada vez mais dinheiro, como em 1959, com o lançamento de PERFUME DE MISTÉRIO e suas exibições que tinham um mecanismo, controlado pelo projecionista, que exalava os odores correspondentes às cenas mostradas na tela. Nesse mesmo ano, foi criado o que se chama CINEMA DE SENSAÇÕES, em que não só a visão e a audição são atiçadas. Em 1974, foi inventado o Sensurround no filme TERREMOTO, que fazia vibrar as poltronas do cinema simulando um tremor, e foi inaugurado um sistema que soltava descargas elétricas no espectador durante a projeção de 13 FANTASMAS. Foi assim que foi desenvolvido o sistema 3D, que dava mais realidade às imagens na tela, e a tecnologia 4DX, que combina movimentos, cheiros e água, de acordo com o que estiver acontecendo no filme. O que virá para o futuro, não se sabe, mas o cinema sempre se renova e sempre nos surpreende, então é bom ficar com olhos, ouvidos e todos os demais sentidos bem abertos.

 

60 anos de QUANTO MAIS QUENTE MELHOR

Há exatos 60 anos, entrava em cartaz um dos maiores clássicos da comédia, dirigido por Billy Wilder: QUANTO MAIS QUENTE MELHOR. A trama é bem simples, ao trazer dois músicos com problemas financeiros que testemunham um assassinato pela máfia e se vestem de mulheres para fugir com uma banda composta só por mulheres, lideradas pela cantora interpretada por Marilyn Monroe. No entanto, esse filme é muito mais do que uma comédia, pois Billy Wilder consegue ser um maestro incrível ao criar oportunidades no roteiro para que cada um desse trio tenha seu momento de brilhar, bem como funcionando perfeitamente em conjunto. Ao evitar os extremos do besteirol e do humor muito inteligente, a obra traz personagens complexos e reais, que fogem do estereótipo óbvio, combinando graça com sabedoria num clássico aclamado que merece ser revisitado. Diferente da última cena, em que um personagem fala “Ninguém perfeito”, esse filme definitivamente se aproxima da perfeição.

 

Sapatinhos vermelho rubi de O MÁGICO DE OZ

Há um mistério que persegue o cinema nos últimos 80 anos desde o lançamento de O MÁGICO DE OZ. Muito desse filme ficou na memória dos espectadores: a aventura, os personagens cativantes, a fantasia mística e os famosos sapatos vermelho rubi que a protagonista Dorothy utilizava. Símbolo de beleza, do cinema clássico e de esperança na narrativa, ninguém nunca soube exatamente quantos pares foram feitos para as gravações do filme; por falta de um registro rigoroso, não há dados de quantos sapatos foram fabricados e, muito menos, quantos foram guardados no armário de Hollywood pertencente à MGM, produtora do filme. Sem apontamentos definitivos, demorou anos para que eles fossem descobertos e valorizados. Um dos pares foi para o Museu Judy Garland (renomada atriz que interpretou Dorothy), mas em 2005 os sapatos foram roubados na madrugada e não há qualquer vídeo de segurança, o que só aumentou a avaliação do seu valor para mais de 850 mil euros. Outro par foi doado anonimamente para o Museu Nacional da História Americana, mas ainda existem dúvidas sobre a autenticidade desses sapatos. Também correm rumores de que a cantora Lady Gaga tem um par em casa. Por isso, não é difícil considerar os sapatinhos vermelho rubi de O MÁGICO DE OZ como o Santo Graal de Hollywood: nunca ninguém saberá quantos pares foram feitos, nem quantos existem atualmente, o que só aumenta a importância de tudo o que cerca essa obra-prima do cinema.

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