‘Ministro tem que deixar de lado todas as questões ideológicas’, defende Tábata Amaral
Deputada Federal do PDT faz uma análise sobre o novo Ministro da Educação, Abraham Weintraub. Ela avalia que ele assume o MEC com três meses de atraso, uma vez que, o que ele herda de Vélez é muito pouco. Tábata classifica a renovação do Fundeb como prioridade número 1 e diz que o desafio do governo é “ter foco em meio a essa polarização toda”.
DURAÇÃO: 00:11:58
A deputada federal Tábata Amaral (PDT) afirmou, em entrevista ao Jornal da CBN nesta quarta-feira (10), que o novo ministro da Educação tem que “deixar de lado todas as questões ideológicas”. Em sua avaliação, Abraham Weintraub tem um desafio muito grande pela frente e já começa sua gestão com três meses de atraso, uma vez que ele herda muito pouco do ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez.
Há duas semanas, Tábata protagonizou um embate com Vélez que foi muito difundido nas redes sociais. Durante a Comissão de Educação da Câmara, ela cobrou esclarecimentos sobre os projetos para educação do então ministro e as imagens viralizaram. Em relação a Abraham Weintraub, ela diz ficar feliz que ele tenha experiência em gestão, “mas se ele dedicar o pouco de tempo que tem para debater questões ideológicas, eu perco um pouco a esperança”, diz.
Em relação à fala do novo ministro, que prometeu afastar quem não estivesse alinhado à cúpula do ministério e do governo, Tábata afirmou que “a situação fugiu um pouco ao controle”. Ela diz, entretanto, que sua maior preocupação não está ai e sim no fato de que o Ministério da Economia vem tendo uma visão de educação que é contrária à que ela acredita. “Minha maior preocupação é de entender se ele (Abraham Weintraub) vai defender a visão do Ministério da Economia, que quer cortar gastos e que parece não entender quão desigual é a educação no Brasil, ou se ele vai deixar prevalecer uma visão de maior redistribuição e complementação da União, garantindo que municípios tenham uma quantia mínima para trabalhar”, afirmou.
Em sua avaliação, o principal desafio do Ministério da Educação é o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Tábata avalia que sua renovação tem que ser prioridade número 1 e defende que o fundo seja permanente e esteja na Constituição. “A gente tem 50 milhões de alunos hoje e a distribuição é desigual. Temos que lutar por um financiamento mais justo”, diz.