No Conjur
Dinheiro da Petrobras
CNMP vai apurar atuação de procuradores da “lava jato” em fundo bilionário do MPF
28 de março de 2019, 12h08
Por Gabriela Coelho
O corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel, determinou a instauração de reclamação disciplinar contra os procuradores regionais designados para atuar no acordo extrajudicial firmado entre o MP e a Petrobras para a criação de uma fundação da operação “lava jato”.
Corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel determinou instauração de reclamação disciplinar contra membros da “lava jato” que atuaram em acordo para criar fundo
Rochadel deu prazo de dez dias para que os procuradores Deltan Martinazzo Dallagnol, Antônio Carlos Welter, Isabel Cristina Groba Vieira, Januário Paludo, Felipe D’ella Camargo, Orlando Martello, Diogo Castor De Mattos, Roberson Henrique Pozzobon, Julio Carlos Motta Noronha, Jerusa Burmann Viecilli, Paulo Roberto G. De Carvalho, Athayde Ribeiro Costa e Laura Gonçalves Tessler se pronunciem sobre a atuação.
O corregedor acatou, no dia 23, pedido de parlamentares do Partido dos Trabalhadores após apresentarem reclamação em que classificam a atuação da “lava jato” como “desmensurada”.
“Atribuem aos membros ministeriais a prática de infração funcional em virtude de suposta atuação abusiva, ao argumento de que teriam figurado como signatários de um Acordo de Assunção de Compromissos com a empresa Petrobrás S/A, com o objetivo de conferir destinação de valores pagos a título de multa por atuação irregular nos Estados Unidos da América, sem possuírem, como aduzido, atribuição legal para assim agir”, diz o corregedor.
A fundação seria criada a partir do litígio entre Petrobras e Estados Unidos. Acusada de fraudar o mercado de ações, a estatal teria que pagar taxas milionárias ao país. Em vez disso, fez um acordo segundo o qual esse dinheiro seria investido na criação de uma fundação no Brasil, com o objetivo de organizar atividades anticorrupção. Em troca de o dinheiro ser repatriado, a Petrobras assinou um documento no qual se comprometeu a repassar informações de seus negócios e inovações para os EUA.
Na reclamação, os parlamentares do PT afirmam que os membros do MP devem observar o ordenamento jurídico brasileiro e as competências atribuídas a cada poder. “A ‘lava jato’ possui competência exclusivamente criminal, não podendo atuar em acordos cíveis. Fica claro que houve afronta constitucional”, defendem.
“Os membros da operação extrapolaram suas atribuições constitucionais, evidenciando abuso de poder e má-fé e não podem ser impunes”, acrescentam.
Segundo os parlamentares, o Código Penal é claro ao afirmar que compete à União e aos estados destinar valores, bem e direitos recuperados pela decisão condenatória pelo crime de lavagem de dinheiro. “Essa destinação deverá ser precedida de deliberação da União e não por um acordo do MP.”
A reclamação apresentada pede ainda o afastamento imediato do procurador Deltan Dallagnol da coordenadoria da operação “lava jato” em Curitiba.
No fim de janeiro, Dallagnol começou a negociar com a Caixa Econômica Federal alternativas de investimento nos procedimentos para organizar a fundação que administraria o fundo de R$ 2,5 bilhões formado com dinheiro da Petrobras. Entretanto, o acordo foi suspenso em 12 de março.
Clique aqui para ler o documento.
Reclamação Disciplinar 1.000214/2019-85
Gabriela Coelho é correspondente da revista Consultor Jurídico em Brasília.
Revista Consultor Jurídico, 28 de março de 2019, 12h08
carlos
29/03/2019 - 15h41
Isso já deveria ser investigado a partir dos gastos com hotéis de luxo, pago pelo povo , e as taís palestras pagas sendo que eles como funcionários públicos não podem cobrar, e por fim essa tal fundação que mais parece um fundo prá caixa 2 com objetivos políticos eleitoreiros, então essa investigação veio em boa hora prá condenar esse bando de criminosos, que não sabem que o povo brasileiro já paga caro prá eles desempenharem função que favoreça o povo.
Sergio Araujo
29/03/2019 - 11h58
Se hà um protocolo claro para casos como esses sim deveriam ser investigados e eventualmente intimados ou punidos.
Pelo que entendì nào hà pois è a primeira vèz que aconteçe algo similar.
Tratando-se de uma multa e nào de um reembolso è obvio que o dinheiro nào poderia voltar aos cofres da Petrobras.
Bom mesmo seria que ninguem enfiasse as màos na Petrobras ou outras empresas estatais e criar uma serie de problemas enormes de consecuencia, mas sei que è pretender demais….agora culpar a Lavajato è ridiculo.
LUPE
30/03/2019 - 13h21
Caro Sérgio Araújo,
“comenttarista” manjado,
pago em dólares pelos nossos inimigos
para fazer “comentários” no Cafezinho.
Bom mesmo seria fazer como o governo do PT,
que,
de acordo com o Banco Mundial ,
após o funesto e devastador governo
do seu cumpincha FHC
>>>>> fez o Valor de Mercado da Petrobras
passar de R$ 15,5 bilhões em 2002
para em 2014 – . > R$ 104,9 bilhões
>>>>> Lucro médio da Petrobras:
Governo FHC – R$ 4,2 bilhões/ano
Governos Lula e Dilma – R$ 25,6 bilhões/ano
E bom mesmo também seria
que o seu outro comparsa
parasse de destruir a Petrobrás.
Mas a Grande Mídia esconde tudo isso.
E você com seu cheiro de anti petismo
é levado em consideração,
fale você a cretinice que for….
Alan Cepile
29/03/2019 - 06h37
Enfim chegou o grande dia que a Farsa Jato será a investigada. É mais que óbvio que houve aí um desvio de função, como dizemos nas atividades trabalhistas, pois uma operação para combater qualquer coisa jamais poderia firmar acordos internacionais que cabem exclusivamente ao estado.
Além do mais, “Em troca de o dinheiro ser repatriado, a Petrobras assinou um documento no qual se comprometeu a repassar informações de seus negócios e inovações para os EUA” é bem típico do golpismo anti nacionalista e entreguista cujo a Farsa Jato foi um dos artífices desde o golpeachment.
A casa caiu DD!
Paulo
29/03/2019 - 09h56
Não comemore, ainda! Serão apenas advertidos!
Alan Cepile
29/03/2019 - 14h18
Chame do nome que quiser, rs… O mais importante é que não vão ver nem um centavo dessa grana que o senhor PowerPoint já estava negociando os rendimentos com a Caixa.
Sorry DD, desta vez não…
Sérgio Araújo
29/03/2019 - 15h42
São ilações pesadas essas…
Alan Cepile
30/03/2019 - 10h17
… do STF, somente.
Sergio Araujo
30/03/2019 - 18h06
O STF disse que a Lava Jato tava enfiando as màos nesse dinheiro ?
Alan Cepile
30/03/2019 - 19h17
Não, proibiu antes que isso acontecesse, já que, segundo a matéria:
“No fim de janeiro, Dallagnol começou a negociar com a Caixa Econômica Federal alternativas de investimento nos procedimentos para organizar a fundação que administraria o fundo de R$ 2,5 bilhões formado com dinheiro da Petrobras.”
Alexandre de Moraes suspende acordo Lava Jato-Petrobras-EUA e bloqueia dinheiro depositado em Curitiba
https://www.revistaforum.com.br/alexandre-de-moraes-suspende-acordo-lava-jato-petrobras-eua-e-bloqueia-dinheiro-depositado-em-curitiba/
Sergio Araujo
31/03/2019 - 10h21
Tambèm acho mais do que certa a decisào do STF…mas atè onde eu sei, pela que foi minha educaçào a principio somos todos ilibados, ainda mais tratando-se de Ministerio Publico.
Se todo mundo è bandido como voce diz….podemos fechar tudo e ir embora desde jà.