Ciro ao Valor: Juan Guaidó é um agente da CIA

Ciro em campanha em Belo Horizonte, 2018. Foto: Leo Canabarro/Fotos Públicas.

Em entrevista ao Valor, o ex-ministro Ciro Gomes abriu fogo contra a cumplicidade dos militares brasileiros em relação a derrapadas do governo Bolsonaro, incluindo a questão da Venezuela.

Ciro acusa o presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, de ser um “agente da CIA”, o que é bem provável que seja verdade, sobretudo se alargamos o conceito de “agente” para aqueles que trabalham afinados com os interesses e ações dos serviços de informação do governo americano.

“Conheço o general Heleno. Tenho-o na conta de um patriota e homem de bem. Agora ele é responsável se não por ação, por omissão, pela venda da Embraer, pelo general brasileiro nos EUA e pelos exercícios militares do Brasil em Roraima, e ainda de se aliar com esse canalha do Juan Guaidó que, como “The New York Times” provou, foi quem pôs fogo na ajuda humanitária. Ele é um agente da CIA.”

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No Valor

Entrevista: Ciro diz que a oposição será derrotada se não se unir para melhorar projeto da Previdência

“Mourão é oportunista e quer o governo”

Por Maria Cristina Fernandes e Cristiane Agostine

O ex-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, tinha se colocado 100 dias de prazo para se pronunciar sobre o governo Jair Bolsonaro. “Em respeito aos 57 milhões de eleitores que o escolheram”, diz. Não conseguiu chegar lá. Reabilitou a metralhadora giratória. E a dirige primeiro aos ministros militares.

Elogia o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno (“honesto e patriota”), mas cobra co-responsabilidade na venda da Embraer, na ida de um general brasileiro para o Comando Sul das Forças Armadas dos EUA e nos exercícios militares na fronteira da Venezuela.

Vai na contramão daqueles que se deixaram cativar pelo sereno contraponto do vice-presidente da República. Diz que Hamilton Mourão só pensa na cadeira do titular. “É um oportunista muito bem guiado no marketing; só um pato não vê que quer o governo.”

Não esconde o incômodo com a entrada de Mourão em setores de oposição como o PT e as centrais sindicais. Acusa o partido de ter se deixado atrair pelo vice-presidente e cita o ex-secretário-geral do Itamaraty Samuel Pinheiro Guimarães como uma das pontes entre o vice-presidente e os petistas.

Ciro também não esconde o dissabor com a ascendência do governador de São Paulo, João Doria, sobre o PSDB. Em processo de afastamento do PT desde a campanha presidencial, o ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda investe na consolidação de um centro político do qual venha a emergir como liderança para 2022. Reencontrou o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) em janeiro, depois de seis anos de afastamento, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e a ex-senadora Marina Silva (Rede).

Sua participação e de seus aliados na discussão da reforma da Previdência, bem como o afastamento do PT e de sua presidente Gleisi Hoffmann, a quem acusa de formação de quadrilha e organização criminosa, sinalizam o rumo ao centro do ex-candidato do PDT.

Convidado pelo governo para discutir a reforma da Previdência, enviou o deputado federal e o ex-coordenador de seu programa de governo, Mauro Benevides Filho (PDT-CE), que se tornou o nome mais cotado para presidir a comissão mista da reforma Previdência. Converge na equiparação das aposentadorias dos setores público e privado e na centralidade da capitalização, ainda que não aceite na ausência de contribuição patronal nos fundos de pensão, como pretende o governo.

Acusa setores do PT de torcer pelo fracasso da reforma da Previdência para facilitar a volta do partido ao poder, advoga que os 130 votos da oposição se voltem à melhoria do texto e teme que se os partidos que se opõem ao governo se dividirem colham um fracasso na votação. A derrota governista só virá, diz, se o ministro Paulo Guedes insistir em fazer tramitar a Previdência e a desvinculação do orçamento concomitantemente.

Com residência fixa em Fortaleza, “mas morando mesmo é num avião”, Ciro tem se dividido entre palestras e reuniões políticas para organizar o PDT rumo às eleições municipais de 2020. Foi nessa agenda que encaixou, na manhã de ontem, antes de palestra no Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (Iree), a entrevista ao Valor:

Valor: Que balanço o senhor faz da largada do governo Bolsonaro?

Ciro Gomes: Não em homenagem a ele, que não merece, mas aos 57 milhões que votaram nele, me propus a tentar trazer de volta um mínimo de convivência democrática, reconhecer a derrota, desejar boa sorte e dar 100 dias para formar equipe e começar a governar. Mas é tudo tão grave que já me obriguei a falar sobre algumas coisas, como a gravíssima patuscada na questão Venezuela, da China e do mundo árabe. Tem ainda a sustentação política, que é um moralismo de goela, como mostrou o caso Queiroz/Flávio Bolsonaro.

Valor: A intervenção dos ministros militares não foi capaz de reverter os danos com a Venezuela e com a China?

Ciro: É fato que os militares têm se revelado um fator moderador. Por outro lado, num país sul-americano, ver se construindo gradual e consistentemente uma tutela militar é muito ruim. Não dará em boa coisa.

Valor: Qual é o projeto dos militares que estão hoje no poder?

Ciro: É a tutela militar, visando ao poder. Para quem conhece o caminho de truculência do general [Hamilton] Mourão e o vê agora como esse doce contraponto diário das diatribes e loucuras do Bolsonaro, só se deixa enganar se for um petista muito imbecil, como há muitos que infestam a vida brasileira. Tu acredita que tem petista conversando com Mourão?

Valor: Que pontes o PT está lançando com Mourão?

Ciro: Vou conversar com meu amigo Samuel Pinheiro Guimarães para saber que história é essa.

Valor: É ele a ponte?

Ciro: É um deles.

Valor: São pontes em torno da questão nacional ou pela acomodação da reforma da Previdência?

Ciro: Mourão é um oportunista que está muito bem guiado no marketing. E duvido que a venda da Embraer que ele aprovou seja de interesse nacional.

Valor: Mourão está agindo para assumir o governo?

Ciro: Só um pato não vê.

“Se daqui a três meses o câmbio bater em R$ 4, a inflação voltar e a taxa de juros subir, o mercado vai pedir Mourão no governo”

Valor: Ele não tem conversado com os sindicalistas no sentido de mostrar que a capitalização pode vir a repor a receita perdida com a contribuição sindical?

Ciro: Não tem capitalização nessa proposta que está aí. A proposta do governo de capitalização sem contribuição patronal é simplesmente reproduzir a tragédia que os chilenos estão corrigindo agora. Opero com cinco das seis principais centrais sindicais, tirando a CUT. As cinco são contra.

Valor: Paulo Guedes quer fazer tramitar conjuntamente a desvinculação orçamentária e a previdência. É viável?

Ciro: Em tese, não deveríamos ter uma Constituição tão amarrada. O poder político decidiria que ênfases colocar a cada ano entre educação, saúde e infraestrutura. O que acontece no Brasil? Como essa gente não tem projeto de absolutamente nada, ultrapassou o teto de gastos. Se tenho um teto de gastos e depois desvinculo tudo, todo o excedente que ocorrer vai para juros.

Valor: Então não há chance de as duas reformas serem aprovadas conjuntamente?

Ciro: Não há a menor chance. Na estratosfera de Marte, a probabilidade seria de 1%. Na atmosfera da Terra, zero chance de as duas passarem como estão. Os deputados voltam pra casa. Chega o deputado Moses Rodrigues (MDB), que é meu adversário em Sobral, e meu deputado é o Leônidas Cristino (PDT), em Sobral. Os dois vão voltar para casa toda semana e vão dar entrevistas para o rádio: “E aí, deputado, o senhor vai ser a favor de a trabalhadora rural trabalhar 40 anos, com 20 anos de contribuição contínuos, que nem trabalhador urbano consegue?” O Leônidas vai dizer: “Não, sou contra essa aberração”. O Moses que, teoricamente, é aliado de Bolsonaro, vai dizer: “Estou indeciso”. O que me zanga é a burrice de certa esquerda, que ao invés de trazer para o povo essa dinâmica, fica se distraindo com causas identitárias.

Valor: A proposta da capitalização não coincide com a do senhor?

Ciro: A Previdência tem duas tarefas. A primeira é elevar o nível bruto de capital doméstico. No Brasil é criticamente baixo. A segunda é promover um mínimo de seguridade social para os idosos. Com esta reforma, todos os privilégios estão intocados. Os militares custam R$ 47 bilhões e contribuem com R$ 4 bilhões.

Valor: Mas ainda não se conhece a proposta deles…

Ciro: Não se conhece a proposta, mas conheço a raça. Conheço o Bolsonaro. Ele é um velho político da mais velha política. Votou contra tudo. Contra o Real e contra todas as reformas de Previdência que se propuseram.

Valor: A equiparação dos setores público e privado não é um proposta justa?

Ciro: É necessária, mas depende da transição. Mas tem outras distorções. Vou estabelecer para uma trabalhadora rural do semiárido uma idade mínima equivalente a um homem de trabalho intelectual de uma cidade confortável. Tem razoabilidade nisso?

Valor: A carteira verde e amarela não viria para recompor esse financiamento?

Ciro: A carteira verde e amarela agrava o problema porque legaliza a informalidade. A gente pode revogar a Lei Áurea de uma vez por todas. Chega de atalho. Já tem proposta para que o trabalhador rural trabalhe por comida e teto.

Valor: PDT e PSB foram chamados por Bolsonaro para conversar e disseram que só vão com toda a oposição. O senhor tenta se desvincular do PT, mas seu partido quer atuação conjunta no Congresso. Não são estratégias conflitantes?

Ciro: Uma coisa é organizar as forças no terreno, que é essa etapa. Então, sim, desde antes do processo eleitoral, não aceitei mais ser ministro do Lula, não aceitei ser ministro da Dilma. Só um petista doente não lembra que o desemprego, quando ela assumiu era 4% e quando saiu, era 14%. Dilma nomeou Levy e Palocci. Eu não pensava mais em ser candidato. Havia renunciado à vida pública e estava na CSN com um super salário. Renunciei a tudo para brigar. E fui agredido, caluniado, atropelado pelas costas por essa canalha da cúpula do PT. Isso é formação de quadrilha, organização criminosa, a cúpula, não a militância. Qual é a lista que o Paulo Paim entrou? E a que o Olívio Dutra entrou? O Tarso Genro, o Eduardo Suplicy, o Henrique Fontana? Nenhum deles. Só a turma do Lula.

Valor: O senhor diz que Gleisi pertence a uma quadrilha?

Ciro: Sim, não tenho dúvida. Ela é a chefe. Ela e o marido estão enrolados em tudo. Se quiserem me processar, já estou acostumado. Estou falando a verdade. Não vale me processar por dano moral. Me processe por calúnia que tenho direito a demonstrar. É só tirar certidões das acusações do Ministério Público. Quantos tesoureiros o PT tem? Estão todos presos. Lula apoiou Sérgio Cabral até o gogó. Quem nomeou Michel Temer vice, contra minha opinião?

Valor: Com esse PT então não tem acordo? E como fazer oposição sem o PT?

Ciro: Uma coisa é organizar as forças no território. Outra coisa é a luta. Quando começar a luta, vai revelar de que lado as pessoas estão. Agora na organização do território não sou como os militares do governo Bolsonaro que criminosamente submeteram um general do Exército ao comando de uma força estrangeira, o comando Sul da Forças Armadas americanas.

Valor: O senhor critica a aproximação de setores do PT com militares, mais especificamente o Mourão. Mas os militares têm segurado guinadas que seriam desastrosas na política externa. Não é preciso abrir esse diálogo?

Ciro: Eles [os militares] estão correndo atrás de apagar a fogueira que ajudaram a acender, mas são responsáveis por tudo o que está acontecendo. Tem mais general no governo do que teve com Médici, Geisel e Figueiredo. A questão é saber se os militares da ativa vão suportar isso em nome da ambição desses que estão aí. O general Heleno vai explicar esse laranjal infernal que envolve o presidente, a primeira-dama, e seus filhos todos? Ele é corresponsável, como o [Sergio] Moro.

Valor: O senhor distingue divisões entre os oito que estão no primeiro escalão?

Ciro: Nuances. Conheço o general Heleno. Tenho-o na conta de um patriota e homem de bem. Agora ele é responsável se não por ação, por omissão, pela venda da Embraer, pelo general brasileiro nos EUA e pelos exercícios militares do Brasil em Roraima, e ainda de se aliar com esse canalha do Juan Guaidó que, como “The New York Times” provou, foi quem pôs fogo na ajuda humanitária. Ele é um agente da CIA.

Valor: O senhor já disse que Bolsonaro não era um risco à democracia. Mudou de opinião?

Ciro: Falei isso porque o PT inventou esse terror no segundo turno. Deixou Bolsonaro correr frouxo no 1º turno enquanto eu fui processado pelo Bolsonaro. Enquanto eu dizia que ele destruiria o agronegócio, que exporia o Brasil a constrangimentos, o PT não abria a boca. Lá pelas tantas, o general propôs uma Constituinte. O PT propôs o mesmo. Chega no segundo turno, vem cobrar de mim que vá em socorro deles depois de terem me acanalhado a vida toda.

Valor: Por isso estarão apartados na Previdência?

Ciro: Estou contando votos e estou preocupado. Temos que fazer com que o povo lembre do seu deputado e cobre sua posição. Recebê-lo nos aeroportos, ir à rádio esculhambar, criar constrangimento. Senão vai passar. Temos 130 votos convictos contra. E temos 200 votos à venda. Novatos, R$ 5 milhões. Experimentados, R$ 10 milhões. Se a gente deixar acontecer isso sem denúncia formal, parando de distrair o povo com besteira, filigrana e casos laterais e identitarismos, quem vai pagar não somos nós mas o povo brasileiro. Com a minha previdência privada que pago há anos, porque nunca aceitei aposentadoria dos cargos que ocupei, não acontecerá nada.

Valor: O governo está formando maioria com cargos e emendas, como todos os outros?

Ciro: A emenda agora é liberada com 30% para o bolso do deputado. O deputado vende e não entrega. Porque este é um governo de jejunos. Esse Onyx Lorenzoni é um boboca. Vamos ver se o relator vai ter coragem de defender um BPC de R$ 400 enquanto Bolsonaro acumula duas aposentadorias, uma de capitão aos 33 anos, a segunda de deputado federal, mais o soldo de presidente, o que dá R$ 62 mil [O porta-voz da Presidência diz Bolsonaro tem o salário de presidente e o proporcional como capitão reformado do Exército. O somatório chega ao teto e o presidente devolve o excedente]. Vamos para o debate na Comissão Mista da Previdência, falar que 99,3% dos militares se aposentam com menos de 55 anos. Os militares vão gostar que o povo fique sabendo? Se eles entraram na política que aguentem. Ou então pede o boné e cai fora. Se estão dentro vão aguentar.

Valor: Quando o senhor fala de 130 votos convictos contra, está juntando quais partidos?

Ciro: Perdemos a eleição e o que resta a nós, da oposição, é tentar exponencializar a nossa precária força para contenção de danos. Isso para o bem do nosso povo, porque tem uma turma aí que acha que é o melhor para o povo se f… para você poder extrair disso o sucesso eleitoral. Meu jogo nunca foi esse. Nos acertamos com Rodrigo Maia, avançamos, admitimos assumir comissões e discutir. Rogério Marinho perguntou ao Bolsonaro se podia me consultar. Ele autorizou. Aí convidou publicamente para não ter esse negócio de clandestinidade e eu mandei um assessor. Aí a petezada gritou..

Valor: Mauro Benevides foi conversar?

Ciro: Foi. E voltou assustado com o absoluto despreparo. E olha que tem técnicos muito bons ali. Conversando, entendemos que para conter danos devemos mergulhar na comissão mista, forçar a amplitude do debate, tirar a comissão de Brasília, convocar centrais sindicais, o mundo corporativo dos professores, policiais militares e mostrar as contradições e começar a tentar emendar. Se não ganhar, cumprimos nossa obrigação.

Valor: O PT presidido pelo Fernando Haddad teria mais chance de diálogo?

Ciro: [Seria] outra conversa. Sabe quando isso vai acontecer? No dia de São Nunca à tarde.

Valor: Se o preço para a unificação da esquerda for o senhor aderir ao Lula livre, o senhor está fora?

Ciro: Estou. Lula virou um caudilho sul-americano corrompido. Tem uma gratidão difusa, porque foi um presidente bom para o povo, mas sem nenhuma visão nacional. A esquerda latino-americana cometeu um erro ao financiar um ciclo de consumo. Concordo com [José] Mujica.

Valor: Nos EUA, o Partido Democrata tenta ressurgir à esquerda. No Brasil, o caminho será de centro?

Ciro: O governo Bolsonaro não é igual. O governo Trump é orgânico, tem projeto e base social. Bolsonaro é efeito de uma força extraordinariamente poderosa que só existe para negar, que é o antipetismo. Nos EUA há um projeto em execução, de direita, muito mais consequente e profundo do que o Bolsonaro. Bolsonaro não é nada. A direta está em outro canto, está na cabeça do Mourão, do Heleno.

Valor: O mercado em grande parte apoiou Bolsonaro porque acreditou que ele fosse capaz de viabilizar uma proposta da Previdência. Essa aliança se manterá?

Ciro: O mercado engoliu o Bolsonaro. Agora, o que vai fazer? Daqui a três meses o câmbio bate em R$ 4, a inflação volta, a taxa de juros sobe. Nessa marcha, o capital político do Bolsonaro estará dissipado em menos de seis meses, que é esse capital mágico do primeiro momento do governo.

Valor: O senhor será candidato à Presidência de novo?

Ciro: Não sei.

Valor: Qual será o quadro partidário de 2022? No que o PSDB vai virar sob o comando de Doria?

Ciro: Num PMDB mais perigoso. Mais orgânico, profissional, mafioso, gângster. Vai se transformar no PRP de Adhemar de Barros. Só existia aqui [em São Paulo]. O Tasso não acompanha, nem Alckmin nem o governador do Rio Grande do Sul.

Valor: O senhor pretende galvanizar uma única força de dissidentes do PSDB de Doria?

Ciro: Estou interessado nessa conversa. Já tive um encontro com Tasso, muito comovente, em janeiro. Há seis anos não nos falávamos. Nunca brigamos pessoalmente. Nos desentendemos na política nacional desde o Fernando Henrique, mas localmente trabalhamos juntos até a sucessão do meu irmão, quando queríamos votar na renovação do mandato dele mas não era possível pelo quadro nacional. Tasso perdeu a eleição no Ceará. Isso me amargurou muito. Felizmente agora está de volta. Queríamos o Tasso na Presidência do Senado. Eu telefonei para Alckmin e procurei a Marina lá atrás. Na Câmara, o PT ficou falando só, conseguimos formar um bloco e tomamos uma boa posição na mesa, vamos ter boa participação nas comissões, vai dar para conter danos. Especialmente porque acho que o Rodrigo Maia não vai ficar muito feliz com o andamento do governo. Está cheio de maluco. Esse Onyx Lorenzoni sabota o governo diariamente.

Redação:
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