O presidente Jair Bolsonaro ampliou seus ataques à imprensa comercial. Dessa vez, publicou tweet em que distorce as palavras de uma repórter do Estadão, atribuindo a ela intenções de “arruinar o governo”.
A grande imprensa está estarrecida e unida contra a postura do presidente. Não sei se é hora de lembrar que ela também, a grande imprensa, contribuiu para esse estado de coisas, ao praticar um jornalismo de guerra durante anos a fio…
Conseguiram derrubar o governo Dilma e enfraquecer a esquerda, mas ao custo de produzirem núcleos de ódio que agora saíram do controle.
Lembrando que Bolsonaro, em pleno carnaval, baixou Medida Provisória com uma medida que visa unicamente enfraquecer os sindicatos: a medida dificulta a contribuição voluntária dos associados de um sindicato. Sim, além do fim da contribuição sindical obrigatória, feito sem transição, sem nenhum cuidado com a saúde dos sindicatos, agora o governo federal tenta impedir até mesmo a contribuição voluntária.
Os sindicatos representam uma força social importante em qualquer país democrático, exercendo um contraponto fundamental a governos conservadores.
Se os sindicatos são enfraquecidos, um governo conservador ganha mais poder para fazer o que bem lhe entender – inclusive atacar a imprensa.
Nos EUA, mesmo jornais conservadores, como Washington Post e New York Times, dão espaço para que lideranças sindicais expressem seu ponto-de-vista.