Desindustrialização segue intensa em 2018
28 DE FEVEREIRO DE 2019
Por PAULO MORCEIRO
A economia brasileira se desindustrializa com grande intensidade desde a década de 1980. Sendo o setor industrial estratégico do ponto de vista de (i) geração e difusão de novas tecnologias; (ii) encadeamento intersetorial; (iii) potencial de crescimento da produtividade via economias de escala e penetração do progresso técnico; (iv) desenvolvimento regional; (v) contribuição ao balanço de pagamentos; entre outros fatores, a desindustrialização tem estimulado um debate fértil no país. Economistas alegam que o Brasil ainda não atingiu um nível de renda per capita elevado – atualmente de US$ 20 mil em Paridade Poder de Compra – no qual ocorre a transição do setor industrial para o de serviços modernos e intensivos em conhecimento, como os indispensáveis serviços de informação e comunicação. Por isso, o Brasil se desindustrializa prematuramente.
Hoje o IBGE divulgou dados consolidados referentes ao ano passado. Em 2018, a indústria de transformação contribuiu com apenas 11,3% do PIB do Brasil, sendo este o menor percentual de toda a série histórica, a preços correntes, iniciada em 1947 (ver Gráfico). Este Gráfico apresenta a série de longo prazo da desindustrialização brasileira já padronizada e ajustada para a metodologia atual do IBGE. A padronização “corrigiu” as quebras que surgiram com as mudanças metodológicas e o problema causado pelo dummy financeiro, conforme o estudo Influência metodológica na desindustrialização brasileira e correções na composição setorial do PIB.
Entre 2017 e 2018, a indústria de transformação perdeu 0,94 ponto percentual de peso na formação do PIB. Para cada R$ 10,00 de riqueza criada em 2018, apenas R$ 1,13 foi gerada na manufatura. Na China, país de renda per capita similar à brasileira, de cada 10 unidades monetárias, 3 originaram-se na manufatura. A indústria brasileira caminha para um percentual do PIB inferior a dois dígitos, algo que poderá acontecer nos próximos dois anos se a tendência de desindustrialização em curso continuar.
Ao se observar as últimas quatro décadas verifica-se, de um lado, que os setores manufatureiros tecnológicos perderam peso no PIB e, de outro lado, que os setores de serviços intensivos no uso de mão de obra pouco qualificada e de baixa produtividade ganharam bastante peso. O tecido produtivo do Brasil perdeu qualidade para os setores de baixo dinamismo tecnológico e de pobre potencial de crescimento. Com isso, o Brasil segue uma mudança estrutural perversa que armadilha o país numa trajetória de crescimento baixo e irregular.
Países que possuem o setor industrial expressivo, como a China, Coreia do Sul e alguns países asiáticos e do leste europeu, têm tido uma performance de PIB muito superior à brasileira.
Qual é o remédio para combater a desindustrialização prematura?
A resposta dessa pergunta será tema de outros posts. Não se procura aqui esgotar o tema. Grosso modo, o país precisa não de um medicamento só como defendem alguns economistas com grande espaço no debate público, sobretudo que argumentam sobre a taxa de câmbio.
Acredito que o Brasil precisa de um potente coquetel de medicamentos para combater esse fenômeno tão complexo que é a desindustrialização prematura do século XXI. A combinação de medicamentos certos pode frear a desindustrialização e dependendo da dosagem pode até colocar o Brasil nos trilhos de uma virtuosa trajetória continuada de crescimento com reindustrialização. O coquetel deverá ser constituído por remédios principais e auxiliares. Os principais são: planejamento de médio prazo; câmbio ligeiramente depreciado; política industrial moderna; investimento público; reforma tributária; acordos comerciais que visem aumentar o coeficiente de exportação; e política educacional que melhore substantivamente a qualidade da educação.
Sem o coquetel da desindustrialização o Brasil continuará perdendo terreno no comércio internacional e ficará mais uma vez de fora da revolução tecnológica. O Brasil parou na indústria 2.0 enquanto o mundo caminha a passos largos para a nova revolução chamada de Indústria 4.0.
Vale lembrar que a China utiliza um poderoso coquetel da industrialização que tem resultados excelentes em termos de crescimento e transformação estrutural. Atualmente, a China produz um 1 de cada 4 produtos manufaturados do planeta, lidera o volume comercializado mundialmente e este país está disputando com os Estados Unidos a liderança em algumas áreas tecnológicas.
Será que sem um coquetel poderoso o Brasil conseguirá competir com a China nos mercados internacionais e no mercado doméstico? Ressalta-se que a China possui (i) uma taxa de câmbio favorável; (ii) política industrial robusta e agressiva; (iii) enormes economias de escala; (iv) pesados investimentos públicos em infraestrutura; (v) planejamento de médio prazo; entre outros fatores benéficos ao desenvolvimento chinês.
Voltarei a esse assunto!
Autor: Paulo Morceiro
Title in English: Desindustrialization follows intense in 2018
carlos
05/03/2019 - 18h16
Agora eu entendo porque o repórter perguntou ao bolsonaro de se compõe o tripé macroeconômico, ele disse que não tinha obrigação de saber disso, em compensação ele sabe bem o que é um fuzil, qualquer um iniciante de curso de graduação, essa é uma disciplina básica, sabe que o tripé macroeconômico, é composto pelo câmbio, a meta de inflação e da meta fiscal. Então é por isso que o agronegócio, por exemplo ta perdendo mercado, 10 milhões de toneladas de soja que seriam exportado prá China.
Guilherme
04/03/2019 - 16h42
1. Tortura e ausência de direitos humanos
As torturas e assassinatos foram a marca mais violenta do período da ditadura. Pensar em direitos humanos era apenas um sonho. Havia até um manual de como os militares deveriam torturar para extrair confissões, com práticas como choques, afogamentos e sufocamentos.
Os direitos humanos não prosperavam, já que tudo ocorria nos porões das unidades do Exército.
“As restrições às liberdades e à participação política reduziram a capacidade cidadã de atuar na esfera pública e empobreceram a circulação de ideias no país”, diz o diretor-executivo da Anistia Internacional Brasil, Atila Roque.
Sem os direitos humanos, as torturas contra os opositores ao regime prosperaram. Até hoje a Comissão Nacional de Verdade busca dados e números exatos de vítimas do regime.
“Os agentes da ditadura perpetraram crimes contra a humanidade –tortura, estupro, assassinato, desaparecimento– que vitimaram opositores do regime e implantaram um clima de terror que marcou profundamente a geração que viveu o período mais duro do regime militar”, afirma.
Para Roque, o Brasil ainda convive com um legado de “violência e impunidade” deixado pela militarização. “Isso persiste em algumas esferas do Estado, muito especialmente nos campos da justiça e da segurança pública, onde tortura e execuções ainda fazem parte dos problemas graves que enfrentamos”, complementa.
2. Censura e ataque à imprensa
Uma das marcas mais conhecidas da ditadura foi a censura. Ela atingiu a produção artística e controlou com pulso firme a imprensa.
Os militares criaram o “Conselho Superior de Censura”, que fiscalizava e enviava ao Tribunal da Censura os jornalistas e meios de comunicação que burlassem as regras. Os que não seguissem as regras e ousassem fazer críticas ao país, sofriam retaliação –cunhou-se até o slogan “Brasil, ame-o ou deixe-o.”
Não são raras histórias de jornalistas que viveram problemas no período. “Numa visita do presidente (Ernesto) Geisel a Alagoas, achamos de colocar as manchetes no jornalismo da TV: ‘Geisel chega a Maceió; Ratos invadem a Pajuçara’. Telefonaram da polícia para o Pedro Collor [então diretor do grupo] e ele nos chamou na sala dele e tivemos que engolir o afastamento do jornalista Joaquim Alves, que havia feito a matéria dos ratos”, conta o jornalista Iremar Marinho, citando que as redações eram visitadas quase que diariamente por policiais federais.
Para cercear o direito dos jornalistas, foi criada, em 1967, a Lei de Imprensa. Ela previa multas pesadas e até fechamento de veículos e prisão para os profissionais. A lei só foi revogada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2009.
Muitos jornalistas sofreram processos com base na lei mesmo após a redemocratização. “Fui processado em 1999 porque publiquei declaração de Fulano contra Beltrano. A Lei de Imprensa da Ditadura permitia isso: punir o mensageiro, que é o jornalista”, conta o jornalista e blogueiro do UOL, Mário Magalhães.
3. Amazônia e índios sob risco
No governo militar, teve início um processo amplo de devastação da Amazônia. O general Castelo Branco disse, certa vez, que era preciso “integrar para não entregar” a Amazônia. A partir dali, começou o desmatamento e muitos dos que se opuseram morreram.
“Ribeirinhos, índios e quilombolas foram duramente reprimidos tanto ou mais que os moradores das grandes cidades”, diz a jornalista paraense e pesquisadora do tema, Helena Palmquist.
A ideia dos militares era que Amazônia era “terra sem homens”, e deveria ser ocupada por “homens sem terra do Nordeste.” Obras como as usinas hidrelétricas de Tucuruí e Balbina também não tiveram impactos ambientais ou sociais previamente analisados, nem houve compensação aos moradores que deixaram as áreas alagadas. Até hoje, milhares que saíram para dar lugar às usinas não foram indenizados.
A luta pela terra foi sangrenta. “Os Panarás, conhecidos como índios gigantes, perderam dois terços de sua população com a construção da BR-163 –que liga Cuiabá a Santarém (PA). Dois mil Waimiri-Atroaris, do Amazonas, foram assassinados e desaparecidos pelo regime militar para as obras da BR-174. Nove aldeias desse povo desapareceram e há relatos de que pelo menos uma foi bombardeada com gás letal por homens do Exército”, afirma.
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014/03/22/10-motivos-para-nao-ter-saudades-da-ditadura.htm
Sergio Araujo
04/03/2019 - 17h20
Guilherme,
è proibido incluir link externos ao site, as regras dos comentarios sào claras e valem para todo mundo:
“Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.”
Pedro M.
04/03/2019 - 16h37
Um dos maiores culpados pela desindustrialização do país são os próprios sindicatos. Tenho um amigo que possui uma empresa com 600 funcionários e está em recuperação judicial. Faz 4 anos que ele toma prejuizo e recebe aportes para tentar reerguer a empresa. O sindicato entrou com uma ação e pediu 9k por funcionário em participação nos lucros. Faz 4 anos que a empresa tem prejuizo e o sindicato venceu. Ele está batalhando para reverter a queda da empresa e a demissão de 600 pessoas e o sindicato faz o que ? Empurra a empresa mais para o buraco!
Martins
04/03/2019 - 17h19
Qual é a atividade industrial do seu amigo?
Sergio Araujo
04/03/2019 - 13h15
Para um Paìs nào civilizado como o Brasil a ditadura provavèlmente foi atè boa por absurdo que seja, brasileiro nào tem limites, regras, disciplina que sào fundamentais para o aprenizado, sò o dinheiro è inutil.
Apòs a Ditadura foi sò bandidagem politica, criminalidade, ideologia, decadencia cultural, analfabetismo, ecc…
Carlos Eduardo
04/03/2019 - 15h58
Impressão minha ou o seu segundo parágrafo contradiz o primeiro?
Sergio Araujo
04/03/2019 - 19h49
Sim,
foi mal formulado. Rsrs
Sergio Araujo
04/03/2019 - 12h52
Esse LUPE è o mesmo Lucio que muda de nome para falar dos Estados Unidos
E’ cada uma que esses peidos vermelhos invetam, nào cansam de ser ridiculos e passar vergonha.
LUPE
04/03/2019 - 17h31
Caro Sergio Araujo
Tá me atacando só porque eu sei para quem você
( e muitos outros “comentaristas” no Cafezinho)
trabalha?
Vem para o Cafezinho com comentários de deboche e achincalhe
para desmerecer os artigos aqui publicados
que a rigor põem em evidência o que representa ( ) patrões?
( ) patr~oes que estão destruindo o Brasil desde Temer,
que eles,
( ) patrões botaram no Poder.
Porque ( ) patrões controlam não só a Grande Mídia mundial mas,
em especial, controlam a Grande Mídia brasileira.
Com este domínio e mais a compra de alguns atores brasileiros influentes lesa pátria
fizeram a Operação Lava Jato.
Destruíram a reputação e a imagem de quem lhes era obstáculo
(precisa dizer os nomes desses obstáculos?)
Obstáculos que eram um impedimento a ( ) patrões
em botar as garras nas riquezas do présal
(riqueza que a Mídia escondeu do povo,
não comemorou a descoberta do pré sal, mas, sim,
dedicou-se a não lhe dar valor).
Com a Lava Jato botou o Temer no Poder,
o qual satisfez praticamente de graça
a entrega das imensas riquezas do pré sal para ( ) patrões.
O que logicamente, a Grande Mídia escondeu, não comentou,
não denunciou este crime .
contra os brasileiros.
É só isso.
LUPE
04/03/2019 - 17h39
Caro Sergio Araujo
Claro sei que não é do seu interesse tangenciar sequer a Verdade.
Mas, a quem interessar entrem no Google com as palavras:
Temer pré sal entrega imagens
e
pre sal riqueza
Sergio Araujo
04/03/2019 - 19h26
Desde quando os recursos naturais trousseram algum beneficio para os brasileiros (se nào para poucos alguns e para bandidos camuflados de politicos) ?
Ou os Estados Unidos roubaram tudo novamente ?
LUPE
04/03/2019 - 17h56
PATRÕES É O MESMO QUE PETROLEIRAS:
SHELL, TOTAL, BRITISH PETROLEUM, ETC. ETC.
LUPE
04/03/2019 - 17h58
MELHOR:
DONOS DAS PETROLEIRAS
(NÃO SÃO MUITOS, OS GRANDES DONOS)
Sergio Araujo
04/03/2019 - 18h09
Lupe,
seguem as regras doscomentarios:
“Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.”
Sergio Araujo
04/03/2019 - 18h07
Fantasia è o que nào falta.
LUPE
04/03/2019 - 23h09
Caro Sergio Araujo
Sim, também não faltam brasileiros bandidos sem escrúpulos lesa pátria;
Vão desde soldados rasos ( aqueles que atuam no Cafezinho)
passam pelos ministérios públicos da vida ,
sobem até atores mais qualificados (não digo quem ganha quase tanto o privataria tucana).
São todos bandidos a trair seu próprio país;
Ora deixa prá lá………………
É tanta escrotidão…………..
Sergio Araujo
05/03/2019 - 08h50
Lupe,
se voce se refere a minha pessoa eu nào sou brasileiro.
LUPE
05/03/2019 - 12h22
Caro Sergio Araujo
Você pode não ser brasileiro, mas, tem outros adjetivos qualificativos.
Que tal, no mínimo, dissimulado?
Ernesto
04/03/2019 - 09h58
*Leonardo Weller
A candidatura de Jair Bolsonaro à presidência da República alimenta-se da nostalgia do regime militar. Ao contrário do que saudosos antidemocráticos supõem, a ditadura que se impôs entre 1964 e 1985 não foi boa para o Brasil. Este artigo lista frases que ufanam a época em que os militares estavam no poder e apresenta argumentos factuais que evidenciam a falta de fundamento de tal visão.
A vida era melhor na época do regime militar
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro é mais elevado hoje do que ao final da ditadura: 0,754 em 2018 contra 0,692 em 1985. É verdade que o IDH aumentou em quase todo o mundo, mas após a redemocratização nós reduzimos um pouco a distância em relação ao campeão mundial, a Noruega: o IDH brasileiro é 79,5% do norueguês atualmente, contra 77,9% em 1985. Não que estejamos bem, mas estávamos pior há 35 anos.
Talvez os mais abastados tenham motivo para sentirem saudade do tempo dos militares. A desigualdade de renda elevou-se naquela época: o índice de Gini cresceu de 0,53 para 0,59 entre 1960 e 1980 (em 2014 ele foi de 0,49). Uma política salarial concentradora de renda achatou o salário mínimo de R$1.061 para R$624 (valores em dinheiro de hoje) durante a ditadura. Os ricos eram relativamente mais ricos e a grande maioria vivia mal.
Na época da ditadura não havia violência.
Os dados nos dizem que o Brasil ficou mais violento durante a ditadura. Segundo artigo publicado pela Revista Brasileira de Epidemiologia, a taxa de homicídios na cidade de São Paulo aumentou de 6 por 100 mil em 1960 para 11 em 1970, 19 em 1980 e 36 em 1985. Hoje ela é de 10. Ou seja, no que toca homicídios, São Paulo é mais segura atualmente do que nos anos de repressão. O crescimento dos homicídios no Rio de Janeiro foi ainda mais rápido e, de acordo com pesquisa da Fiocruz, bateu 41 por 100 mil em 1985, patamar acima do atual. Visto por esse ângulo, a intervenção federal-militar naquela cidade não faz o menor sentido.
Os governos militares foram responsáveis indiretos pela violência. O golpe de 1964 suspendeu um programa de reforma agrária que poderia ter minorado o forte êxodo rural do período. O surto de criminalidade dos anos 70 e 80 ocorreu em cidades inchadas, mal planejadas e desiguais – um legado da ditadura.
O Brasil cresceu quando os militares estavam no poder
É verdade que houve um “milagre econômico” entre 1869 e 1973, mas a maior recessão da história brasileira (empatada com a recente) também ocorreu na ditadura, de 1981 e 1983. A crise dos 80 foi consequência direta da pujança irresponsável dos 70. Os governos Médici (1969-1974) e Geisel (1974-1979) contraíram uma dívida externa enorme para financiar o crescimento acelerado. Na tentativa de pagá-la, o governo Figueiredo (1979-1985) travou a economia. A forte contração reduziu as importações e elevou o influxo de dólares. Apesar do esforço, contudo, o Brasil acabou dando calote. Para piorar, a crise acelerou a inflação, que bateu em 235% (IGP) no ano em que Figueiredo deixou a presidência.
A economia industrializou-se na década de 70, mas o crescimento industrial concentrou-se em empresas ineficientes que dependiam de proteção comercial e subsídios. As exceções são poucas. Petrobrás e Embraer tornaram-se competitivas graças à abertura econômica realizada por governos democráticos.
Não havia corrupção na ditadura
É impossível testar essa afirmação, pois ditaduras não contam com órgãos independentes, capazes de investigar e julgar governantes corruptos. A democracia brasileira deu força e autonomia ao Ministérios Público. Nós não sabemos o quanto se roubava pois ninguém ia preso. Mas haja vista os vultosos subsídios que os governos militares distribuíam a uma pequena elite empresarial, é muito improvável que ambos os lados do balcão fossem inteiramente honestos. Não por acaso, a Odebrecht tornou-se uma gigante naquela época.
Ditatura é um mal em si mesmo; a democracia é inegociável. Se nosso sistema democrático é falho, cabe a nós como sociedade aperfeiçoá-lo. Não há saída fácil. A crença de que o regime militar fez bem ao Brasil é uma mentira capaz de nos desvirtuar do longo caminho civilizatório que temos pela frente.
*professor da FGV EESP e doutor em história econômica pela London School of Economics. Este artigo expressa opinião do autor, não representando necessariamente a opinião institucional da FGV.
Fonte Oficial: Estadão.
Nestor
04/03/2019 - 09h48
O lado obscuro do ‘milagre econômico’ da ditadura: o boom da desigualdade
Mesmo com o forte crescimento e criação de empregos no período militar, os salários foram achatados e a distância entre ricos e pobres cresceu
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/29/economia/1506721812_344807.html
E. Sales
04/03/2019 - 08h48
Empresas dos EUA colocam número recorde de robôs para trabalhar em 2018
(Reuters) – As empresas americanas instalaram mais robôs no ano passado do que nunca, já que máquinas mais baratas e mais flexíveis as colocam ao alcance de empresas de todos os portes e em mais cantos da economia, além de sua presença tradicional em fábricas de automóveis. https://www.reuters.com/article/us-usa-economy-robots/u-s-companies-put-record-number-of-robots-to-work-in-2018-idUSKCN1QH0K0
Jorge
04/03/2019 - 07h14
Nosso pais, infelizmente é uma porcaria para indústria. Mao de obra péssima e cara, muita burocracia, intervencao do governo, inseguranca jurídica e impostos altos. O grafico mostra como FHC quase consegui reverter o problema, mas em 2004 conseguiram destruir o que foi conquistado, nosso azar de nao sabermos votar
Frederico
03/03/2019 - 20h52
Substituir indústria nacional por indústira transnacional não é solução.
Foi isso que os militares fizeram. Não deu certo e também não vai funcionar desta vez.
Lucena
03/03/2019 - 19h57
Os miltares pegaram o Brasil em processo de industrialização e entregaram o pais em um processo acelerado de desindustrualização. É só ver no gráfico.
Alé deixar pais com uma inflação absurda e quebrado. Mas foi ótimo para as coorporações estrangeiras.
Brasileiro da Silva
03/03/2019 - 23h00
Qual gráfico vc viu? O que esta na matéria aponta exatamente o contrário do que vc escreveu.
Fabio
03/03/2019 - 11h39
O mais engraçado que os maiores picos foram durante a tal ditadura.
Como fez bem para o país essa tal ” redemocratização “…
cabra retado
03/03/2019 - 11h51
vai ve q a ditadura foi boa ne kkkkkkkkkkkk
Alexandre
03/03/2019 - 17h28
Melhor do que o governo Dilma, certamente foi. Tanto que nem para o senado a estocadora de ventos conseguiu se eleger !
cabra retado
03/03/2019 - 18h30
e vento é uma coisa q tem di sobra no teu cerebro kkkkkkk
Alexandre
04/03/2019 - 00h49
Tem de sobra no seu â,n.u.s. e no â.n.u.s. de Dilma ! kkkkkkk
LUPE
03/03/2019 - 12h17
Caro Fabio
Lembrar que até os anos 60, apesar de suas imensas riquezas
(minérios de ferro, alumínio, cobre, etc.)
o país era muito pouco industrializado.
Devemos reconhecer que o regime militar deu início à industrialização do País,
criando várias e lucrativas empresas estatais
(principalmente o importantíssimo conjunto de empresas
da Petroquisa da Petrobrás.
Empresas que depois
foram vendoadas de mãos beijadas
no que ficou conhecido como Privataria Tucana
[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[ quanto teria ganho nas “transações”??????????????? ]]]]]]]]]]]]]]]
pelo ilustre e nunca atacado “presidente” FHC).
Depois, a partir de 1975, vieram os chineses que,
com seu super avançado regime econômico
inundou o mercado brasileiro (e mundial) com produtos a preços
incrivelmente reduzidos,
o que levou à falência inúmeras indústrias brasileiras a partir dos anos 80.
Alan Cepile
03/03/2019 - 13h11
Pobre de direita só dá mancada nos comentários rs.
Houve crescimento do PIB devido a criação de estatais, que pobres de direita, ignorantes como são, dizem que são ruins pro país.
Vai gostar de dar mancada assim lá na bozolândia! rsrsrs
Sergio Araujo
04/03/2019 - 12h50
Alan Celipe,
tà xingando os outros de nove ?? E’ um vicio mesmo para voce que nào xinga ninguem.
Alan Cepile
04/03/2019 - 16h09
Tava só esperando vc responder, se identificou como o genuíno pobre de direita, rs.
Sergio Araujo
04/03/2019 - 17h26
Jà te falei que voce è um elementeco ridiculo ?
Alan Cepile
04/03/2019 - 19h10
Continue tentando ofender criança, a hora que vc conseguir eu te aviso.
Sergio Araujo
04/03/2019 - 19h57
Gosto ded brincar com voce Alanzinho, posso te chamar de amigo jà ?
Joel
03/03/2019 - 08h55
Rede social visou legisladores em todo o mundo, prometendo ou ameaçando reter investimentos
O Facebook alvejou políticos de todo o mundo – incluindo o ex-chanceler do Reino Unido, George Osborne – prometendo investimentos e incentivos, enquanto tentava pressioná-los a fazer lobby em nome do Facebook contra a legislação de privacidade de dados, revelou um novo vazamento explosivo de documentos internos do Facebook.
Os documentos, que foram vistos pelo Observer e Computer Weekly, revelam uma operação de lobbying global reservada a centenas de legisladores e reguladores em uma tentativa de obter influência em todo o mundo, inclusive no Reino Unido, EUA, Canadá, Índia, Vietnã, Argentina. , Brasil, Malásia e todos os 28 estados da UE.
https://www.theguardian.com/technology/2019/mar/02/facebook-global-lobbying-campaign-against-data-privacy-laws-investment
LUPE
03/03/2019 - 12h49
Caro Joel
Sim, são “eles” atacando o Mundo inteiro, onde conseguem atacar.
Têm as grandes potências China, e a Rússia de Putin, como resistências aos objetivos “deles” de dobrar e colocar o Mundo de joelhos, aos pés “deles”.
Por isto a Grande Mídia e as redes sociais satanizam não só a China, mas, principalmente
satanizam Putin e a Rússia.
E como dominaram a Ucrânia “eles” põem este país
para hostilizar constantemente a Rússia.
No que pode ser UMA das várias crises mundiais (veja agora Índia versus Paquistão)
(sempre “eles” por trás)
que podem dar origem a uma Terceirona (e definitiva) Guerra Mundial
LUPE
03/03/2019 - 12h54
Complementando:
“Eles” sempre financiando os países, os dois lados que estão em guerra….
Guerra sempre foi a mais lucrativa forma de banqueiros ganharem dinheiro.
E “eles” sempre foram os maiores banqueiros do Mundo…….
Francisco
02/03/2019 - 13h29
Um país que não tem nem soberania básica assegurada – política e militar –
nunca será industrializado. Pesa ainda contra o desenvolvimento alem dos
já citados no artigo o fato de termos uma elite de enteguista, viralatas, sem compromisso com o desenvolvmento do pais, um setor financeiro que é sanguessuga e parasista, e um complexo mídiatico corporativo dedicado a defender interesses contrários ao do estado brasileiro. No estado atual
é simplesmente impossível que o Brasil se torne um PAIS INDUSTRIALIZADO nos próximos 30 anos.
LUPE
02/03/2019 - 13h04
Caros leitores:
Só não vê quem não quer OU NÃO É INFORMADO PELA GRANDE MÍDIA
(a Grande Mídia silencia,
quando o assunto não é do interesse dos nossos inimigos,
a quem ela serve).
Povo massacrado é o objetivo, é a meta dos nossos inimigos, os Super Poderosos,
principalmente aqueles estrangeiros (estes Super Poderosos controlam a Grande Mídia).
1111 > Observar que TODAS as medidas PROPOSTAS
e aplicadas por Temer e pelo atual (des) governo foram e são
para destruir, e NENHUMA para construir o País.
Os índices RESULTANTES estão aí para mostrar
#### Indústrias parando
#### PIB cada vez menor
#### Desemprego com índices altamente elevados
País com caos social cada vez maior é o que desejam nossos inimigos.
Povo incapaz de reagir aos saques e pilhagens dos Super Poderosos, principalmente estrangeiros.(imensa riqueza do pré sal, etc.)..
Brasil, um país tipo África dentro em pouco. ….
Paulo
02/03/2019 - 11h48
O novo Governo entrou com a premissa de que os cargos de 1º e 2º escalões não seriam loteados entre os parlamentares, e que isso seria o bastante para, ao mesmo tempo, estancar a corrupção e melhorar a gestão. Aí, quando teríamos tudo para dinamizar a economia, via investimentos estatais, vem o Paulo Guedes e quer rifar todo o patrimônio público…
lucio
02/03/2019 - 12h14
loteamento é muito melhor que entregar tudo aos amigos de uma parte politica só
Alexandre
04/03/2019 - 00h56
Daqui a quatro anos você poderá votar em algum poste de Lula ou no Ciro, o eterno candidato, e ver seu desejo realizado, a volta de loteamento político a gente como Eduardo Cunha, Geddel Vieira, Renan Calheiros, etc…..até, conforme-se em ver os cargos sendo entregues a uma só parte política. A democracia é assim. Não está satisfeito ? Vá para Cuba ou Venezuela !
Sergio Araujo
04/03/2019 - 12h33
30 anos atràs os pobres viviam melhor que hoje.
Os ricos hoje vivem muito melhor que 30 anos atràs.
Sergio Araujo
04/03/2019 - 12h47
Paulo,
investimentos estatais de quem que nào tem um centavo ?
Tenorio
02/03/2019 - 11h48
O espetáculo hollywoodiano da lava jato continua. Os brucutus da PF que estão fazendo a “escolta” do Lula estão usando armas de guerra, fazendo um show brutalidade e agressividade em um funeral de uma criança; Não respeitam nada. Nem os direitos do ex presidente. Absolutamente desproporcional.
Alexandre
03/03/2019 - 17h23
Por isso fui contra Lula ir ao funeral no neto. Gastos com aviões , helicópteros , viaturas, homens………Deveriam ter deixado o cachaceiro na cela choramingando. Foi lá só para prometer ao cadáver do neto algo que não conseguirá ; a inocência !
LUPE
03/03/2019 - 22h01
Caro Alexandre
Escrotice assim só vê na Direita, com bossais escrotos como você.
Só nos Bossalmínions, nos escrotíceos míneos , nos seguidores imbecís, primitivos, atrasados dos Bolsaois da extrema direita, dos Bolsonaroístas que seguem a cartilha de escrotizar o Mundo.
Como disse o guru destes escrotos imbecis milicianos como os chefes deles ATRASO ATRASO ATRASO caos social caos social caos social.
Como eu estava dizendo, o GURU desta trupe de loucos (Boldonara I, Bolsonaro II , Bolsonaro III etc etc)
que se chama OLavo de Carvalho disse, além de outra sandices (a Teerra é plana, etc).
O agente da CIA Olavo, que mora na VIrginia , USA ,às custas da CIA este GURU que se chama Olavo de Carvalho,
e que é o PROFESSOR desta trupe que está no Governo
DISSE em entrevista (está na Internet)
MEU NEGÓCIO É FUDER COM TUDO. ( desculpe, mas, é ipsis literis, nnada é inventado esse cara é um Filho da Puta, mesmo).
E Jair tá fazendo o que OC disse
FUDENDO COM O BRASIL
Como nossos inimigos quereem.
Pergunta óbvia: Alguém está sendo pago em milhões de dólares para fazer isso?????????????????????
LUPE
03/03/2019 - 22h12
Caro Alexandre
Devo admitir que seu comentário é tão escroto, tão escroto, tão escroto,
que a única coisa que devemos entender.
Voc^é mais muito mais que um dos seguidores `desinformados e mal informados ,
loucos e imbecis do Bossalnarismo.
Você é muito mais.
Você é um desses brasileiros lesa pátria sem escrúpulos
que trabalham contra seu próprio país.
Que pululam no Cafezinho…..
Alexandre
04/03/2019 - 00h52
Não sou partidário de Bolsonaro, apenas sou anti-PT, mas que foi muito divertido ver um sujeito tosco como Bolsonaro dar uma surra de peia em Lula, no poste Haddad e nos petistas, lá isso foi !
J. Peralta
04/03/2019 - 10h19
Votou no neofacista bolsonaro, antes votou a vida toda no PSDB.
Labe botas do imerialismo e o hobby é odiar o PT.
Alexandre
04/03/2019 - 13h59
É melhor lamber as botas do imperialismo que legou maravilhosas conquistas à humanidade , como a internet, do que mamar a rola de Venezuela, Cuba, Bolívia, Coréia do Norte, que nada de útil deixam ao mundo . Antes que eu me esqueça, Lula está preso, BABACA ! kkkk
Sergio Araujo
04/03/2019 - 12h44
Lupe,
o Brasil està distruido a muito tempo.
O Governo tem 3 meses de vida o congresso 1 mès, atè agora nada saiu de là, nada foi feito se nào a normal administraçào…do que voce està falando ?
O seu è sò preconceito ideologico.
lucio
02/03/2019 - 10h44
com certeza entregar sob-custo a embraer (ai tem…) nao ajuda a industrializaçao.
com certeza entregar o setor refino da petrobras nao ajuda a industrializaçao.
com certeza substituir as royalties a longo prazo do petrolio com insignificantes concessoes iniciais nao ajuda a industrializaçao.
com certeza “abrir internacionalmente a economia nacional” (= entregar para os americanos) nao ajuda a industrializaçao.
com certeza cancelar negocios lucrativos com russia e china por vontade dos EUA e de seus cacchorrinhos internos nao ajuda a industrializaçao.
com certeza destruir inteiras multinacionais usando media e juizes (quando era suficiente atingir só politicos e executivos) nao ajuda a industrializaçao.
com certeza baixar investimentos publicos em educaçao para favorecer a educaçao privada nao ajuda a industrializaçao.