Rússia e China, entre outros países membros do Conselho de Segurança da ONU, condenaram nesta quinta-feira a tentativa de interferência dos EUA e de países subordinados, enquanto vetaram o acordo preliminar que buscava legalizar a internacionalização de uma conversa no país.
Ambos os países com o direito de veto, nesse caso, defenderam o respeito à soberania da Venezuela e anunciaram que “são os próprios venezuelanos que devem resolver seus problemas”.
Durante uma sessão do Conselho, a China e a Rússia, África do Sul e outros países, valorizaram apoio dos mecanismos que visam promover a paz e o diálogo na Venezuela, especificamente o chamado mecanismo de Montevidéu, e instou os países a respeitar os princípios consagrados na Carta deste corpo.
China defendeu o respeito pela soberania da Venezuela. Além disso, o órgão exigiu defender os princípios da Carta, promover soluções pacíficas e manter a estabilidade na Venezuela.
“A China se opõe às forças externas que interferem na Venezuela e se opõe fortemente a qualquer posição no país”
Ele considerou lamentável que um esboço da decisão do Conselho “seja inconsistente com a posição da China e é por isso que votamos contra”, disse o representante do gigante asiático.
Por sua parte, o embaixador da Federação Russa lembrou que os EUA no passado “exploraram inescrupulosamente” a solução, que na década anterior foi aprovada pelo Conselho de Segurança para bombardear e destruir a Líbia.
“E o que aconteceu com os países africanos que se submeteram ao terrorismo?”, Perguntou sobre os efeitos da invasão militar que a nação norte-americana e seus aliados perpetraram na Líbia.
“O projeto de bloqueio dos EUA não é para resolver problemas na Venezuela”, disse o diplomata russo, que ressaltou a importância do projeto alternativo apresentado por seu país, negado pelos estados subordinados ao governo Trump.
A Rússia afirmou que a única maneira de ajudar nas soluções para a Venezuela é através de negociações entre os povos venezuelanos e para isso apóia o Mecanismo de Montevidéu. “Mas não é isso que Washington ou aquelas delegações querem”, disse ele.
O embaixador russo disse que o texto do que ele chamou de fracasso dos Estados Unidos é uma violação flagrante da Carta da ONU e, por essa razão, a Rússia o vetou. Esta pedra, como em outras ocasiões, mantém a paz e o direito dos povos de determinar seu próprio destino.
Reginaldo Gomes
01/03/2019 - 15h17
Sinais e maravilhas!
Se até os revolucionários (russia a china) votaram contra a revolução , é porque todo o continente americano pertence ao nosso senhor Jesus Cristo!
Graças a Deus!
Paulo
28/02/2019 - 22h30
“Direitos dos povos de determinar seu destino”, “promover soluções pacíficas e manter a estabilidade”, “respeito à soberania da Venezuela”, “são os próprios venezuelanos que devem resolver seus problemas”, he, he, he! Como são democráticas a Rússia e a China, não!? Não-intervencionistas em seu estado mais puro, rsrs. A Criméia, a Ucrânia e o Tibete mandam lembranças…Como são hipócritas, embora devamos reconhecer que os EUA também o são, em igual teor, nessa matéria. Por isso sustento que a posição brasileira devesse ser de isenção, e nunca de alinhamento automático a qualquer dos lados beligerantes. Respeitemos nossa tradição diplomática e nossos interesses permanentes na manutenção da paz na Região…