A Colômbia acreditava que o serviço que iria prestar aos Estados Unidos teria um final feliz, e por fim poderia cobrar os recursos de uma pequena parte do grande lucro que os EUA iriam auferir com as reservas de petróleo,ouro e coltan da Venezuela.
A música, a mídia e os recursos do norte iriam abrir as portas da Venezuela para a “ajuda humanitária” passar. A música venceria a fome num enredo quase romântico . A Cruz Vermelha e a ONU não se prestaram ao papel de integrantes desde socorro lucrativo.
Cantadas as músicas no show bancado por Richard Branson, um bilionário comprador de derivados de petróleo, esperava-se um sábado promissor em resultados , os personagens estavam ensaiados para o cântico da manhã!
“Policial, amigo, estamos contigo”, a esperança era que os militares traíssem seu povo e passassem a servir a Colômbia que em quase nada deseja o bem a Venezuela. Veio o segundo refrão, desta vez um música mais imperativa. “Soldado, escute, junte-se à luta”. Concentrados, soldados responderam com o silêncio. Diante da recorrente pressão do coral colombiano afinado por Trump, os tons das ameças subiram mostrando que mesmo com todas ofertas de Juan Guaidó ,Iván Duque e Donald Trump não lograriam êxito. Então chegou a hora da resposta, e ela veio de modo contundente enterrando a calma contida por longos dias de ameaça de invasão.
A forma veio em nuvens de gás lacrimogêneo. Dirigidas aqueles que tentaram com violência, romper o cordão militar cumprindo as ordens dos EUA . Os mantimentos não passaram, deixando parecer que os venezuelanos não ” sentem tanta fome como a mídia internacional alardeia”.
Os colombianos se humilharam, tentaram fazer o serviço sujo que os brasileiros,argentinos e uruguaios fizeram na Guerra do Paraguai. Nicolás Maduro rompeu relações diplomáticas com a Colômbia e respondeu do alto do “seu muro” intransponível. “Você é o demônio, Iván Duque”, disse o presidente venezuelano ao seu colega, anunciando uma medida que pressagia outros movimentos mais perturbadores na fronteira. Bogotá descartou a ruptura. “Maduro não pode romper relações diplomáticas que a Colômbia não tem com ele”, disse a vice-presidente Marta Lucia Ramirez. Duque , Guaidó e Trump tentaram imputar um crime à Maduro que ele não cometeu. A ideia era colecionar atos de violência para justificar a invasão. Não ocorreu! Impedir a suposta “ajuda” do Grupo ou Cartel de Lima é na prática defender a soberania do país que preside.
“Soberano imprestável que é cúmplice na intervenção gringa”. Eles machucaram a FANB (Forças Armadas Nacional Bolivarianas)? Não. A chave é lealdade e união cívico-militar “, ostentava um Maduro eufórico durante sua manifestação. “Eu tenho as rédeas do país. Os dias, as semanas vão passar e o presidente dos trabalhadores continuará aqui “, assegurou. Embora as dificuldades pelo bloqueio do mercado financeiro internacional tenha imposto grandes dificuldades, Maduro ainda tem uma base social forte. E isto não muda por que dezenas de televisões repetem o contrário. “Os invisíveis que nunca aparecem na televisão internacional”, foram chamados por Maduro. E eles vieram, desnudando a maioria. A ajuda humanitária, lembrou ele, “é uma armadilha, um show ruim e mal sucedido”.
Iván Duque é o sinônimo da derrota que Maduro lhe impôs. Transcorrido poucos meses que foi eleito, sua popularidade não passa de 22%. Administra um Estado totalmente dependente do acordo que permite repasses dos EUA, desde que ele tenha “boas notas” no combate as drogas. Duque não tem, pois Álvaro Uribe, seu mentor e padrinho político, controla os paramilitares que se apropriaram do negócio dos grandes traficantes dos anos oitenta. A droga está no Estado colombiano, seja para compra-lo ,seja para receber recursos do norte. O mercado continuará comprador na medida que tantos estadunidenses estejam dispostos a aspirar o último grão.
Nicolás Maduro com menos, fez mais, por que não lhe cabe o medo neste momento da História. Duque tem um senhor que lhe sustenta, ordena, maltrata , humilha na Casa Branca e depois afaga como um animal de estimação. Duque é o olhar do colombiano ajoelhado, partido em sua nação, submisso. Não encontra brio nos olhos, não há um orgulho em cumprir o papel de roubar o petróleo, o ouro e o coltan dos outros filhos de Simon Bolívar. O assalto ainda é mais insano, pois visa entregar o patrimônio aos estadunidenses. Não se pode vencer uma guerra onde não se convence a população que haja ganho em inicia-la. Duque ao abdicar do seu povo, sentencia sua derrota.