Um dos grupos mais escancarada e pesadamente prejudicados pela ascensão de Bolsonaro e sua ideologia macabra ao poder são os povos indígenas.
Os índios são historicamente acossados pelos detentores do poder econômico e sua insaciável sede por dinheiro. As terras que os povos originários do nosso país usam para plantar, colher, criar seus filhos e realizar suas cerimônias religiosas – viver, afinal – são vistas apenas como grandes cifrões pelos olhos submersos na ilusão capitalista.
O discurso abertamente preconceituoso de Bolsonaro é combustível para que as violências contra os povos indígenas intensifiquem-se no próximo período. A primeira ação prática do governo quanto ao tema não é combustível, mas o fogo em si: a transferência da competência de demarcar terras da Funai para o Ministério da Agricultura é uma afronta à existência dos povos nativos do Brasil.
Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB, somente no mês de janeiro pelo menos seis invasões foram confirmadas em territórios dos povos tradicionais, em diferentes regiões do país.
No Pará, a Terra Indígena Arara foi invadida por madeireiros.
Em Porto Alegre (RS), a disputa dos índios Guarani-Mbya se dá com uma imobiliária. Foram registrados tiros para o alto em mais de uma ocasião, seguidos de ameaças de morte caso as famílias indígenas não se retirem do local.
Diante deste quadro sinistro, a resistência se intensifica.
A APIB lançou a campanha “Sangue Indígena, Nenhuma Gota a Mais!”. Leia aqui a nota da Articulação, chamando para os atos contra o genocídio indígena que acontecem hoje, por todo o Brasil e também no exterior.
Confira os locais e horários (em Porto Alegre o ato será às 17h, no Largo da Epatur – Largo Zumbi dos Palmares):