Governo vai priorizar fiscalização de 3,3 mil barragens com alto risco
Publicado em 29/01/2019 – 13:51
Por Ana Cristina Campos e Carolina Gonçalves – Repórteres da Agência Brasil Brasília
Das mais de 20 mil barragens existentes no país, o governo decidiu priorizar o mapeamento de 3.386 empreendimentos que foram classificados, de acordo com últimos relatórios do setor, com “dano potencial associado alto” ou “risco alto”. A informação foi confirmada pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, após reunião do primeiro escalão do governo Jair Bolsonaro na manhã de hoje (29).
O conselho de ministros, comandado pelo presidente em exercício, Hamilton Mourão, decidiu, no encontro no Palácio do Planalto, priorizar as estruturas que serão submetidas imediatamente à resolução publicada hoje no Diário Oficial da União. O texto determina o pente fino sob as condições das barragens e avaliação imediata sobre a necessidade de remover instalações que coloquem pessoas em risco.
O grupo não definiu uma data para que a fotografia destes empreendimentos esteja concluída. Ao reconhecer limitações estruturais de alguns órgãos fiscalizadores, o governo se comprometeu a remanejar técnicos e recursos quando necessário.
Canuto disse que o relatório será concluído “o mais rápido possível”, mas afirmou que não adianta ter um mapeamento sem “conhecimento e cautela necessária”. “Nosso objetivo é mais que cumprir um número, é garantir que as que forem vistoriadas de fato que sejam com informações corretas”, afirmou.
Do total a ser vistoriado, pouco mais de 200 barragens são utilizadas pela mineração. Destas, 70 são a montante de resíduos, mesmo modelo da barragem que rompeu-se na cidade de Brumadinho, próxima a Belo Horizonte.
O ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, explicou que estas serão as prioridades em sua área. Com encontro marcado para a tarde de hoje com diretores da mineradora Vale, responsável pela estrutura de Brumadinho, Albuquerque afirmou que a empresa já se comprometeu a desativar todas as suas estruturas a montante.
“Caso não seja possível, [Vale vai] construir barragens de contenção para que não ocorra nenhum tipo de acidente com dano a vida humana”, afirmou.
Com foco na revisão das normas sobre segurança de barragens, criada em 2010, o conselho ainda cobrou o cumprimento de medidas como a que proíbe a instalação de estruturas como restaurantes na área mais próxima à barragem. Outra exigência é o cumprimento de um plano de emergência para preparar a população de regiões onde existem estas estruturas para casos de acidente.
De um total de 24 mil barragens, 780 foram fiscalizadas, diz relatório
Edição: Sabrina Craide
Tags: MINERADORA VALE BRUMADINHO ROMPIMENTO DE BARRAGEM
Paulo
29/01/2019 - 22h12
Eu já imaginei, e confesso que me assusta só de pensar. Colocaram duas usinas nucleares entre as duas maiores cidades brasileiras…
Paulo
29/01/2019 - 21h44
E o Governo Bolsonaro ainda estigmatiza o IBAMA por “excesso de multas”? Posso estar enganado, mas, pelo que conheço, inexiste excesso de fiscalização no âmbito federal, em qualquer nível, em qualquer setor (mineral, ambiental, sanitário, trabalhista, fazendário…).
Que Deus Nos Proteja
29/01/2019 - 18h42
Se no que compete a união, incluíndo casos de alto ricos, muito pouco é feito. Imagine a situação ampliada para as competências estaduais e municipais.
Outro dia encontraram uma capsula de césio 137 jogada em um ferro velho em Arapiraca.
Vinicius
29/01/2019 - 16h49
Capitalismo.
Paulo
29/01/2019 - 21h39
Chernobyl?
Angra Radioative
29/01/2019 - 22h07
Da forma como esta imagine o que pode acontecer com em um desastre em uma usina nuclear de
angra. As usinas nucleares de angra pasaram a ser um assunto taboo e isso é ruim. Se acontecer um acidente nuclear em angra vão ter que pedir ajuda pois não devem ter o mínimo preparo para lidar com um desastre deste nível e afetará milhões de pessoas. Se com este desastre da vale os militares no governo demostraram total falta de sintonia em atuar, que tranquilidade podemos ter caso aconteça um acidente em uma das usinas nucleares de angra. Podemos ter núvens radioativas se espalhando pelo pais. meio ambiente contaminadas, muito mais mortes e sofrimento;
Paulo
29/01/2019 - 22h13
Eu já imaginei, e confesso que me assusta só de pensar. Colocaram duas usinas nucleares entre as duas maiores cidades brasileiras…