No site do MPF
Mensalão e Lava Jato foram tema de palestra de procurador da República em evento sobre Combate à Corrupção
José Alfredo Silva fez análise dos avanços e retrocessos ocorridos no âmbito dos maiores casos de corrupção dos últimos anos
O procurador regional da República José Alfredo Silva fez uma análise das investigações realizadas no âmbito do Mensalão e da Lava Jato, em palestra realizada no terceiro dia do Fórum Jurídico sobre Combate à Corrupção. O evento, promovido pela Escola de Magistratura Federal da 1ª Região (Esmaf) em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), reúne, até sexta-feira (25), em Brasília, magistrados, procuradores e acadêmicos para debater os desafios no enfrentamento a esse crime. Para o procurador, que atuou no caso do Mensalão e que coordena o grupo de trabalho da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR), o grande marco alcançado pelo Mensalão foi o fato de que os processos relacionados à corrupção passaram a ter início, meio e fim. “Trata-se de uma vitória. Naquela época, sequer acreditavam que as apurações resultariam em uma denúncia ou que ela seria recebida pelo Judiciário. No entanto, em menos de um ano, a primeira ação penal foi oferecida pelo MPF. A Justiça recebeu a denúncia e os réus foram condenados”, ressaltou José Alfredo, complementando que, atualmente, a Lava Jato trilha o mesmo caminho.
Ao falar sobre as inovações trazidas pelo Mensalão, José Alfredo relembrou que os processos foram digitalizados, o que permitiu tramitação mais eficiente. Outro avanço, de acordo com o procurador, foi como o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou o valor da prova indiciária. Os casos levados à Corte não se basearam em escuta telefônica ou ambiental, mas em indícios colhidos em depoimentos e análise de documentos que levaram a uma condenação. “O julgamento do Mensalão serviu de estímulo para a atuação das instituições na busca de resultados”. Apesar dos resultados positivos obtidos, a avaliação do procurador é de que o Mensalão não representou mudança de paradigma, uma vez que réus envolvidos ainda continuavam operando durante o julgamento, cometendo crimes. “Foi uma evolução, um passo importante. Mas é necessário quebra do status quo, que pode ser atingido pela Lava Jato”, diz o membro do MPF.
Em outro momento da palestra, o procurador falou sobre as alterações dos tipos de instrumentos de investigação, ocorridas no período entre o Mensalão e a Lava Jato. Como exemplo, José Alfredo mencionou a cooperação internacional. Ele ressaltou que, na época do Mensalão, houve somente um caso no qual ocorreu troca de informações com outro país. Já na Lava Jato, os números da cooperação internacional se multiplicaram. Para José Alfredo, o instrumento é uma conquista que possibilita o aprofundamento da apuração. Outra mudança considerada positiva foi a sistematização da colaboração premiada. Ao falar sobre o assunto, o procurador comentou as críticas direcionadas à medida. Ele traçou paralelo entre os comentários negativos ao instrumento da colaboração premiada aplicado na Lava Jato e a interceptação telefônica utilizada no Mensalão. “Quando se tem um instrumento que funciona para combater os crimes de colarinho branco há enorme resistência, um movimento para desidratá-lo”, ponderou o procurador.
Para José Alfredo, o início da execução da pena sem a necessidade do trânsito em julgado também representa avanço. Ele avaliou que, anteriormente, no STF, as classes mais abastadas conseguiam manter sua imunidade, uma vez que podiam recorrer inúmeras vezes das decisões condenatórias. A avaliação do procurador é a de que a prisão após condenação em segunda instância é uma forma de o direito penal atingir as classes mais abastadas. Nesse sentido, destacou que os órgãos de persecução e o Judiciário devem atuar para aumentar a sensação de risco para o corruptor, para que ele não aposte na impunidade e, assim, não pratique atos de corrupção.
Alguns vídeos do Forum:
João Ribett
25/01/2019 - 19h46
Me pareceu que esse “forum” foi só pra palestrantes do judiciário ganharem uma graninha extra sem ter que dar explicações e declarações ao IR.
Carlos Eduardo
25/01/2019 - 11h10
Daqui a pouco vão fazer um fórum pra discutir a guerra da Cisplatina e a revolta da balaiada, temas extremamente importantes!
Os mais antigos vão se lembrar de um seriado na tv, “Ilha da Fantasia”, é o Brasil de hoje, uma viagem lisérgica nunca antes vista.
Vamos que vamos..
JOSE CLAUDIO DOS SANTOS
25/01/2019 - 11h03
É inacreditável e vergonhoso, mas, compreensível, ter um Fórum deste tipo. Afinal, do Mensalão para cá, a Justiça brasileira, foi programada para proteger os Tucanos do PSDB e, alijar o PT do poder. Ambos objetivos já foram conseguidos. Agora só falta um terceiro objetivo, que já está em andamento, que é cassar a legenda do PT. Questão de tempo. Seria apenas cinismo, se não estivéssemos vivendo essa tragédia de um governo de extrema direita. E, o mais espantoso, é ver a divulgação deste Fórum por parte do “O Cafezinho”, sem nenhum (ao menos, até esse momento) posicionamento crítico. A divulgação acima, dá a atender que você, Miguel do Rosário, está de pleno acordo com o que publicou. Você pode até não estar de acordo e, espero que ainda se posicione, mas, coincidência ou não, depois que você decidiu apoiar o Ciro, a mudança da qualidade, para pior, do seu site. Para mim, uma triste e decepcionante constatação.
Paulo
25/01/2019 - 10h48
É preciso aumentar a pena dos corruptos. Esse crime é gravíssimo, embora muitos não achem. E, dentre os efeitos previstos em sentença, deveria estar o impedimento para o exercício de função pública, “ad perpetuum”…
Vergonha
25/01/2019 - 10h02
O resultado das operações desastradas de combate à corrupção esta ai. Um governo de corruptos onde a famíglia do presidente tem estreita ligação com pessoas próximas de milĩcias. Um governo eleito por fake news para atender os desejos inconfessáveis de uma elite igualmente corrupta.
Hamilton
25/01/2019 - 09h00
Acabamos de assisitir uma eleição fraudulenta e eles não fizeram nada. Lobistas de armas, petróleo e energia atuam abertamente e eles não fazem nada. Depois querem discutir o combate a corrupção; MPF perdeu o senso do ridículo faz muito tempo.
Carlos Eduardo
25/01/2019 - 00h30
Discutir mensalão tá de sacanagem heim!
E Furnas? E o helicoca? E a milícia? E o tráfico? E a farsa jato? E o impeachment sem provas? E o pré-sal?? etc, etc, etc….
Rivelino
25/01/2019 - 04h26
QUEM sabe junta a divindade Dilmanta com o 1/3 que Nosso Amado Pai — que está em Curitiba — ganhou do Santo Papa Francisco, hein?
Aí o Brasil melhora….
Quem sabe o 1/3 que o lula ganhou do Santo Papa Francisco não ajuda nisso tudo, hein?…
1. E Quem sabe ele também ganha agora em 2019 UM tridente abençoado, vermelho!
2. O Papa Francisco poderia mandar 2 m. de corda ao presidiário. Como ele não sabe rezar, poderia usar para nos deixar livres de suas mentiras.
3. Quem dava 1/3 pra esse marginal era a OdebreSHIT
4. É mentiroso e o pai da mentira.
5. O presídiario é 1 dissimulado! Vive de farsas pra enganar as gentes!
6. Na deep web “Brasil 247” não existia outro assunto esses dias.
7. Hmmmm, 1 terço? acho que o nome disso é extrema-unção, geralmente quando se está nas últimas, desenganado é que se usa desse meio.
8. Sempre ganhava 1/3 e não um terço.
9. O rosário de que este traste venera é Maria do Rosário.
10. Háháhá. lula mandou comprar o terço “abençoado” na lojinha Kitsch e baranga de souvenir que fica bem longe do Vaticano, e espalhou Fake News.
Aroldo Bernhardt
26/01/2019 - 09h51
É impressionante a importância do Lula, mesmo os que lhe são contrários não o esquecem. Mesmo preso ele assombra as almas penadas kkk
Hccoelho
25/01/2019 - 00h23
E vc acreditou?????????