– Theresa May foi derrotada. Parlamento britânico rejeitou ontem (15), por 432 votos a 202, o acordo que May construiu com os líderes europeus e que daria formato à saída do Reino Unido da União Europeia. Aprovado em referendo popular, o Brexit tem até o dia 29 de março para ser viabilizado. Em seu pronunciamento, May disse: “Está claro que a casa não apoia este acordo, mas o voto desta noite não nos diz nada sobre o que a casa apoia. Nada sobre como, ou mesmo se, ela pretende honrar a decisão que o povo britânico tomou em referendo”.
– Pela legislação britânica, o governo teria 21 dias para anunciar como proceder, diante da derrota do acordo do Brexit, mas foi aprovada uma emenda que reduziu esse prazo para 3 dias. Se May sobreviver no governo, terá que produzir uma solução em três dias.
– O líder da oposição britânica, o trabalhista Jeremy Corbyn, apresentou moção de desconfiança contra May logo após a derrota do governo na votação do Brexit. A primeira ministra pode ser pressionada a renunciar, por seus partidários, antes que a moção vá a voto. Para ser aprovada, a moção de censura precisa de pelo menos 320 votos e a oposição só tem 308 votos.
– Presidente argentino, Mauricio Macri, está no Brasil e se reúne hoje com Bolsonaro. Relações comerciais, Mercosul e Venezuela devem tomar conta do encontro que ocorre ao longo da manhã no Palácio do Planalto, com fechamento durante almoço no Itamaraty. Macri desembarca no Brasil, para conspirar contra a Venezuela, no dia seguinte ao anúncio de que a inflação argentina fechou 2018 em 47,6%, a estimativa do governo era ficar entre 15% e 20%. É a segunda inflação da América Latina, atrás justamente da Venezuela.
– O governo chileno consultou formalmente o Brasil sobre a hipótese de constituição de um bloco de países sul-americanos que substitua a Unasul. O bloco já tem sido informalmente chamado de Prosul. Segundo O Globo, uma fonte não identificada do governo Bolsonaro teria dito que o Brasil será favorável ao novo bloco, desde que seja mais flexível e dinâmico que a Unasul, que aproveite a estrutura de associação de países sul-americanos já existente no Mercosul e que exclua a Venezuela pelo critério de admissão de países democráticos.
– Assassinato de um prefeito polonês revela um país dividido. Pawel Adamowics era prefeito da cidade de Gdansk e foi esfaqueado durante evento de caridade no domingo (13). Era prefeito desde 1998 e defensor da comunidade LGBT, além da acolhida a refugiados e migrantes. Fazia oposição ao governo do PIS (Partido da Lei e Justiça). O PIS chegou ao poder em 2015 com um discurso xenófobo e de ódio.
– Segundo a CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina) informou nesta terça (15), a partir do relatório “Panorama Social da América Latina 2018”, a extrema pobreza aumentou na América Latina. “Desde 2015 foram registrados retrocessos, particularmente em matéria de extrema pobreza”, diz o relatório. Em 2017, o número de pessoas vivendo na pobreza chegou a 184 milhões (30,2% da população), sendo 62 milhões na extrema pobreza. Em 2018, o número geral de pessoas vivendo na pobreza caiu para 182 milhões de pessoas, mas a extrema pobreza passou a atingir 63 milhões de pessoas (um milhão a mais do que em 2017).
– Por falar em América Latina, um jantar com a denominação “Um futuro centrado em humanos para a América Latina” está sendo organizado pela Microsoft e os organizadores do Fórum Econômico Mundial para ocorrer na noite do dia 23 de janeiro durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Estão convidados, Iván Duque (Colômbia), Lenin Moreno (Equador), Martín Vizcarra (Peru), Carlos Alvarada Quesada (Costa Rica) e Jair Bolsonaro (Brasil). O Fórum começa na noite da próxima segunda, 21 de janeiro. Cerca de 60 chefes de Estado ou governo são aguardados no encontro.
– Enquanto Trump paralisa seu governo para construir um muro na fronteira com o México, uma nova caravana migrante acaba de sair de Honduras com direção aos EUA. Esta já é a quarta, desde abril de 2018. A caravana que mais chamou a atenção foi a que saiu em 13 de outubro passado e contava com cerca de 7000 pessoas.
– O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, telefonou nesta terça (15) para aquele que se arvora o líder da oposição venezuelana, o deputado Juan Guaidó. Ele preside a Assembleia Nacional Venezuelana. No telefonema, Pence expressou apoio à decisão da AN de declarar Maduro “usurpador” do cargo de presidente e a interinidade de Guaidó na presidência do país. A decisão dá respaldo à desobediência ao governo por parte de funcionários, policiais e membros das forças armadas do país. Ainda segundo a decisão, os atos do poder executivo venezuelano ficariam anulados. Enquanto isso, o presidente de fato e de direito da Venezuela, Nicolás Maduro, governa amparado na Assembleia Constitucional e nos tribunais de justiça do país. São aguardadas manifestações tanto de opositores como de apoiadores de Maduro para o próximo 23 de janeiro.
– Será também no dia 23 de janeiro que os apoiadores de Evo Morales organizarão atos de apoio a Morales e Linera (Alvaro Garcia) para marcar o início do ano eleitoral em que ambos disputarão uma vez mais na mesma chapa a presidência e a vice-presidência do país.
– Presidente López Obrador do México, anuncia o reabastecimento de combustível nos postos de distribuição do país, mas acusa nova sabotagem por parte de grupos que subtraem combustível dos dutos, como do duto Tuxpan Azcapotzalco, que abastece a cidade do México.
– Hoje já é o 26º. dia de paralisação do governo dos EUA. Ontem (15), representantes dos Democratas rejeitaram convite de Trump para discutir o tema. Os republicanos já começam a apresentar fissuras em suas fileiras, com parlamentares se pronunciando de forma crítica a Trump.
– A Índia pode ter tido a maior greve geral da sua história nos últimos dias 8 e 9 de janeiro, com a participação de quase 200 milhões de trabalhadores, sendo que o país possui 500 milhões de pessoas ativas no mercado de trabalho. A greve foi convocada por centrais sindicais contra medidas antissociais do governo neoliberal de Narenda Modi.
– Foi divulgado ontem (15) o Emerging Economies Rankings 2019 pela consultoria britânica de educação superior Times Higher Education, que classifica as 442 melhores universidades de 43 países considerados emergentes. A USP aparece como a melhor brasileira e sul-americana na 15ª posição, sendo que já esteve na 14ª. As universidades chinesas estão em 7 posições das dez melhores. A Unicamp foi a segunda brasileira melhor cotada na 40ª. posição.
Paulo
16/01/2019 - 21h31
Pois é! Maduro chamou Bolsonaro de “Hitler”. Bolsonaro e Macri o chamaram de ditador. Quem está com a razão? Conforme a ideologia política do opinante, tal será a resposta. Maaass…será que é possível tanta disparidade, tanta ambiguidade, tanta dicotomia? Ou alguém falta com a razão, ao opinar?
brasileiro
16/01/2019 - 10h17
O EEUU já não consegue maquiar a economia da Argentina. Apesar de ser infeliz para os argentinos, isso dá fôlego para a Venezuela.