Vale lembrar que Martha Rocha é uma das pré-candidatas do PDT para a prefeitura do Rio, nas eleições municipais de 2020. Como delegada e ex-chefe da Polícia Civil, Rocha tem um “perfil” bastante oportuno para tempos como o que vivemos.
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Na CBN
‘Quando se atinge um membro do Estado, é a democracia que está em questão’
Deputada estadual e delegada, Martha Rocha (PDT-RJ) afirmou à CBN que, quando foi chefe da Polícia Civil, adotou políticas de enfrentamento à milícia. “Se entenderem que fui vítima de assalto, é inaceitável que os moradores estejam sujeitos a isso”, lamentou.
DURAÇÃO: 00:16:07
A deputada estadual Martha Rocha (PDT-RJ) disse, em entrevista ao programa CBN Rio, que recebeu, por meio do Disque-Denúncia, a informação de que segmentos de uma milícia planejariam um atentado contra a deputada. Ela afirma que recebeu a notícia em novembro, e notificou o chefe da Polícia Civil, o delegado Rivaldo Barbosa. Ela diz que não obteve retorno sobre a veracidade das denúncias nem sobre a apuração dos fatos por parte das autoridades.
De acordo com ela, ao informar as ameaças à presidência da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o presidente em exercício da casa, André Ceciliano (PT), convocou uma reunião com o então interventor federal no estado, General Walter Braga Netto, e o ex-secretário de Segurança Pública, Richard Nunes. “Os órgãos de segurança tinham ciência desta denúncia”, afirma. “Eu não fui a essa reunião para pedir escolta, eu falei com essas autoridades para que elas fizessem uma análise de risco”, afirma.
A deputada diz que não torce por nenhum tipo de motivação, mas que quer ‘saber apenas a verdade’. “Foi um atentado em razão das denúncias recebidas pelo Disque-Denúncia de um atentado à minha pessoa por conta de um segmento da milícia? Ou foi uma tentativa de roubo de veículo?”, indaga. “Minha gestão [como chefe da Polícia Civil do Rio] foi de enfrentamento à milícia. Então cabe aos órgãos de inteligência nos dizer se essa questão tem ou não fundamento”, afirma.
Martha diz que, se as investigações apontarem que ela foi vítima de uma tentativa de assalto, trabalhará para desenvolver políticas de segurança na região. “Não é admissível que um veículo esteja com, no mínimo, dois homens, um deles portando fuzil, de touca ninja, luva e roupa preta para roubar um veículo”, diz.
A deputada estava indo à igreja com a mãe, de 88 anos. Martha disse que o motorista, o subtenente reformado da Polícia Militar Geonisio Medeiros, percebeu a aproximação dos bandidos e tentou fugir. “Ele olhou para o retrovisor e eu vi uma expressão de preocupação nele e indaguei o que estava acontecendo. Eu olhei para trás e vi um Creta branco, com um fuzil no banco do carona, para o lado de fora”, conta.
Ela diz que os bandidos emparelharam o carro e um deles colocou o tronco para fora do carro pela janela e disparou contra o veículo. Medeiros foi atingido por estilhaços na perna. Ele foi medicado e liberado no Hospital Getúlio Vargas, também na Penha.
O carro que foi alvo dos tiros foi comprado por ela e era blindado. “Por ser uma profissional da segurança pública, eu entendi que deveria tomar alguns cuidados independente daquilo que os órgãos de segurança me oferecessem”.