Sob críticas, Maduro assume hoje o 3º mandato presidencial
Publicado em 10/01/2019 – 07:12
Por Agência Brasil* Brasília
Sob críticas e suspeitas internacionais, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, toma posse hoje (10) do seu terceiro mandato que irá até 2025. Ele conta com o respaldo das Forças Armadas e da Suprema Corte. Porém, sofre resistência interna da Assembleia Nacional que é comandada pela oposição.
Nicolás Maduro, toma posse hoje (10) do seu terceiro mandato – EFE/Prensa Miraflores/direitos reservados
O Brasil, que integra o Grupo de Lima (formado por Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lucia e México), considera a reeleição de Maduro ilegítima.
Para o grupo, com exceção do México, o poder deveria ser transmitido para o Parlamento venezuelano que, por sua vez, promoveria novas eleições. O processo eleitoral que levou à reeleição de Maduro contou com quase 70% de abstenção.
A crise na Venezuela se agravou nos últimos anos, provocando uma forte imigração, fome e desemprego na região. Para o público interno, Maduro afirmou que apresentará um conjunto de ações econômicas para frear a hiperinflação que atinge o país.
“Vou apresentar o Plano da Pátria diante da Assembleia Nacional Constituinte para o próximo período de seis anos. Vou fazer uma avaliação e apresentar um conjunto de medidas”, afirmou Maduro, acrescentando que sua meta é a estabilidade econômica para o período de 2019-2025.
Esta semana o Peru informou que proibirá a entrada do presidente da Venezuela e integrantes do governo, assim como suas famílias, no território peruano.
*Com informações da AVN, agência estatal de notícias da Venezuela.
Nelson
10/01/2019 - 23h40
O povo venezuelano, pelo menos a maioria dele, tem consciência de que o governo de Maduro, ainda que mantenha algumas conquistas da revolução bolivariana, anda “atravessando o samba” e fazendo muitas cagadas.
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Por conta disso, os venezuelanos, certamente, gostariam de “dar um bico na bunda” do Maduro, para fazerem deslanchar o projeto proposto por Hugo Chaves. Contudo, os venezuelanos também sabem que o que a oposição vende-pátria lhes oferece é a canga dos Estados Unidos novamente sobre seus pescoços.
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Assim eles se dispõem a aturar o Maduro um pouco mais até que, em um dado momento, assim esperam, possam aprofundar sua revolução.
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É claro que o governo dos EUA não fica parado e, conluiado com o governo da Colômbia, o de Israel e a oposição, arrocha cada vez mais a guerra econômica que já é brutal.
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É claro também que o terrorismo faz parte das ações de que se utilizam esses governos. O objetivo é fazer o povo venezuelano cansar, desesperançar-se e desistir do caminho que escolheu na eleição de 1998, quando levou Chaves à presidência.
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O advogado venezuelano, Juan Martorano, nos informa sobre algumas dessas ações terroristas:
“Hemos tenido conocimiento, por las advertencias formuladas recientemente por el ministro del Poder Popular para la Energía Eléctrica y Vicepresidente Sectorial de Servicios Públicos, M/G Luis Motta Domínguez, el derribo de cinco torres eléctricas de la línea las Peonías-Cuatricentenario, como parte del accionar subversivo bajo la modalidad de sabotaje y ataques selectivos.”
“Hace menos de una semana, ocurrió un evento similar, pero con el corte de una fibra óptica que imposibilito las telecomunicaciones de Cantv, Movilnet, Movistar y Digitel en cinco estados del oriente del país (Anzoátegui, Monagas, Sucre, Nueva Esparta y Delta Amacuro) y hasta parte del estado Bolívar, dificultando incluso las transacciones con los puntos de venta.”
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O artigo de Martorano pode ser lido em https://www.aporrea.org/actualidad/a273462.html.
Paulo
11/01/2019 - 09h45
A culpa é sempre dos outros…
Nelson
11/01/2019 - 18h16
Se você tivesse disposição para deixar de simplesmente engolir o que a mídia hegemônica apresenta como verdade e buscasse informações nos meios alternativos, saberia do que estou falando.
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A oposição de direita não consegue convencer o povo venezuelano de que tem um projeto para o país que não seja o de voltar a ajoelhar-se diante da Europa e dos Estados Unidos. Por isso, não consegue ganhar do Maduro no voto.
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Para compensar sua incapacidade de conquistar apoio popular, essa oposição se conluiou com os governos dos EUA, da Colômbia e de Israel na tática de transformar a vida dos venezuelanos em um inferno, para que estes se revoltem contra o governo de Maduro e o derrubem.
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Tal tática nada tem de nova. Em Cuba, no Chile de Allende, na Nicarágua, no Iraque, na Síria e em outros países ela já foi utilizada.
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Nesta sexta-feira, o povo venezuelano foi alvo de mais uma sabotagem, mais um ato de terrorismo, melhor dizendo. Um grande depósito de medicamentos e equipamentos médicos no Estado de Miranda foi incendiado. Se você acessar o link https://www.aporrea.org/ddhh/n336724.html, terá mais informações.
Osmar
10/01/2019 - 11h20
War on democracy – School of Americas
https://www.youtube.com/watch?v=G5L1VdlktOw
Nelson
10/01/2019 - 23h09
Excelente dica Osmar.
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Trata-se de um magnífico documentário produzido pelo cineasta australiano John Pilger. Pilger nos mostra o quão “grande” é o apreço que o Sistema de Poder que domina os Estados Unidos tem pela democracia e pelo direito dos povos à autodeterminação e à soberania sobre os territórios onde vivem.
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Pilger ainda escancara o tamanho da manipulação a que tal sistema de poder submete corações e mentes no mundo inteiro.