Por Theófilo Rodrigues
Quando Jair Bolsonaro declarou para a imprensa que “o PSDB não terá um ministério, mas 22 ministérios”, muita gente acreditou que o presidente teria feito uma brincadeira sobre a proximidade programática entre o seu governo e os tucanos. Apesar de não nomear ministros, o PSDB teria sua agenda de políticas públicas implementada nas mais diversas áreas.
Passados apenas nove dias, a realidade mostrou que a declaração de Bolsonaro não foi somente uma metáfora: o PSDB, de fato, assumiu muitos cargos importantes no segundo escalão do gabinete ministerial.
No Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Júlio Semeghini assumiu a Secretaria-Executiva, o segundo posto mais alto da pasta. Semeghini foi por quatro vezes deputado federal pelo PSDB, além de ter participado dos governos tucanos em São Paulo.
Outro tucano que participou das gestões do partido em São Paulo, o deputado federal Floriano Pesaro, assumiu a Secretaria de Assistência Social no Ministério da Cidadania. Em 2018, Pesaro tentou a reeleição de deputado federal, mas sem sucesso.
No Ministério da Saúde, a médica pediatra Mayra Pinheiro assumiu a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (STGES). É esta Secretaria que administra o programa “Mais Médicos”, sempre criticado por Mayra desde que ela foi presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará. Mayra foi candidata ao Senado no Ceará nas eleições passadas pelo PSDB. Ficou em quarto lugar.
No Ministério da Justiça e Segurança Pública, o ministro Sérgio Moro nomeou o general Guilherme Teophilo para a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Teophilo foi candidato em 2018 ao cargo de governador do Ceará pelo PSDB.
No Ministério da Casa Civil também entrará um outro tucano do Ceará. O ex-deputado Danilo Forte assumirá uma secretaria responsável pela articulação política ligada ao Nordeste.
No Ministério da Economia o deputado federal pelo PSDB, Rogério Marinho, assumiu a Secretaria da Previdência e Trabalho. Marinho é deputado pelo Rio Grande do Norte e presidente de honra do partido no estado.
Praticamente todos esses nomes do PSDB que assumiram cargos no segundo escalão do governo Bolsonaro possuem algo em comum: foram derrotados nas eleições de 2018. Dos seis, quatro são do Nordeste e dois de São Paulo. Dos quatro do Nordeste, três são do Ceará, o que pode sugerir o apoio do governo para a candidatura de Tasso Jereissati na disputa pela presidência do Senado.
Há pouco tempo atrás o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu a tese de que o PSDB deveria se reencontrar com seu programa social-democrata e se afastar do governo Bolsonaro. Será que a entrada em peso de tucanos no segundo escalão do governo fomentará uma divisão interna do partido? Os próximos capítulos dirão.
Theófilo Rodrigues é sociólogo e cientista político.
Eduardo
09/01/2019 - 21h16
Sou muito bem informado politicamente graças a Deus e não me ser enganado por nenhum deles:PT e companhia, Psdb, o chamado Centrao ou família Bolsonaro(que tem tudo para se tornar a maior farsa política deste país) pois ambos para conquistarem voto da maior fatia do eleitorado deste país que são os pobres e os miseráveis fazem promessas populistas como as bolsas, comidas a 1 real e o presidente que ganhou a eleição mais fácil da história brasileira (sem participar de debates por motivo de doença;menos da língua muito afiada e ficando a maior parte ds campanha em casa) chegando a prometer 13° salário para o bolsa família.Se vai trabalhar muito para os mais pobres tenho minhas dúvidas(a começar tirando 8 contos do mísero salário que era para ser de R$1.006 que o agora não incomodado Temer deixou para ele dar aquela canetada…
mark
09/01/2019 - 19h58
E o que dizer de Ciro gomes? Passou a vida inteira pulando de partido em partido. Tentou, desta vez, ser um líder da esquerda, porém, da esquerda mais à direita que o PT. Agora fica espumando pelo canto da boca criticando o PT que, queiram ou não, é o maior representante da oposição neste momento. E quem é Ciro Gomes? O que Ciro faria diferente de bolsonaro? Cancelar registros no SPC?Talvez só isso. Ciro perdeu a chance conquistar uma liderança, de crescer, ser verdadeiro, mas preferiu a omissão. Hoje, Ciro não passa de uma figura patética, esmaecida pelo rancor. Um político trôpego, velho (politicamente), desfigurado. Aos olhos do eleitor ele é apenas mais um daqueles políticos decadentes, bravateiro e cômico que busca os holofotes atacando o PT. Ciro perdeu o bonde e a compostura que ainda lhe restava e ficará na história como o candidato que se omitiu na hora mais importante da eleição de 2018. Ele se acovardou no momento de ser grande de verdade e não eventualmente, em lampejos demagógicos como até agora. Ciro hoje é um nada, um anão como sempre foi.
Mark
09/01/2019 - 19h43
Em breve teremos Ciro Gomes na defesa do Bozo.
Paulo
09/01/2019 - 18h45
Demorou…
PJ
09/01/2019 - 14h51
Tudo a mesma sopa, diria Mino Carta.
Daqui uns dias será a vez do Ciro ganhar um cargo, ele também merece.
Edson Santos
09/01/2019 - 14h12
Gostaria de ressaltar que não estou preocupado como o “mito”, que para mim é abreviatura de mitômano, mas com o pós-operatório do Queiróz………
Justiceiro
09/01/2019 - 12h28
Fico cá pensando…como seria o governo do Addad depois dele pedir apoio de todo mundo pra derrotar o coiso?
Addad prometeu fazer um governo de todos só para derrotar Bolsonaro. Se tivesse sido eleito, como estaria agora dividindo o governo entre vários partidos?
Seria a maior briga com os caciques querendo diretoria que fura poço, na Petrobras, diretoria financeira na Caixa, tipo a que Geddel ocupou…diretoria no BNDES etc.
O PR, do larápio Valdemar costa Neto, não ia dar trabalho: bastava que ficasse com o Min. dos Transportes, que ele comandou desde o governo Lula.
Alan Cepile
09/01/2019 - 13h33
Deixa eu ver se entendi:
Um exercício de imaginação de como seria um futuro governo do poste dá permissão pro bozo fazer a velha política que ele foi eleito prometendo que não iria fazer? É isso???
Roque
09/01/2019 - 13h46
Dá permissão para os militontos pixulequentos pararem de encher o saco e cuidar da vida do condenado corrupto lavador de dinheiro, da estocadora de ventos e do Andrade. Vai fazer uma visitinha íntima para o calango bebum e pare de se preocupar com o Mito.
Alan Cepile
09/01/2019 - 13h57
Obrigado pela resposta mas a pergunta foi pra quem tem cérebro.
Roque
09/01/2019 - 16h35
E a resposta foi para quem fica babando nos ovos do condenado…
Ze
09/01/2019 - 11h05
Partido de Sustentação Do Bolsonarismo.
Ricardo
09/01/2019 - 09h47
Tucanos ajudaram a eleger bolsonaro. Passaram a campanha inteira derramando ódio contra a esquerda.
Justiceiro
09/01/2019 - 12h32
Caramba! o que leva um sujeito feito você escrever tamanha asneira?
Durante o primeiro turno, inteirinho, Alckimin jogou pedras na campanha de Bolsonaro. Até usar aquele caso da maria do Rosário para acusar o capitão, Alckimin usou.
Durante o primeiro turno Addad ficou de boa, não precisou atacar Bolsonaro porque chuchu fazia isso por ele.
E você vem dizer que os tucanos ajudaram a eleger Bolsonaro?
Alan Cepile
09/01/2019 - 13h42
O Ricardo está certo.
Todos os candidatos de direita ficaram até o dia do primeiro turno falando em Lula, Dilma e PT, basta rever as entrevistas, sabatinas e debates no youtube. Quem não se lembra daquele bêbado do Podemos que foi até ridicularizado por isso com criação de memes?
A única pequena mudança aconteceu próximo da eleição em primeiro turno, onde Alckmin viu que não teria lugar no segundo turno e passou a atacar ambos, PT e bozo, só isso.
O Lula Ta Preso Babaca
09/01/2019 - 13h02
Como é que é? O Alckmin atacou a Esquerda? Kkkkkkkkk… petralhas realmente tem uma grande propensão para distorcer fatos passados a fim de que se encaixem na sua narrativa fantasiosa.
Eduardo Lobato
09/01/2019 - 07h36
É apenas o começo de um dia o nosso povo ter certeza que caiu na maior farsa política deste país. Não vejo a menor diferença entre eles e o que difere eles do PT e companhia é que eles são mais unidos para fazerem suas armações e passarem uma falsa impressão para a sociedade(uma espécie de ditadura disfarçada de legalidade).
ari
09/01/2019 - 12h29
Não ver diferença entre o PSDB e o PT dá ideia do tamanho do seu analfabetismo político e do seu preconceito.
Apolônio
09/01/2019 - 14h39
Mas as diferenças são mínimas mesmo. Pelo menos até a crise de 2008 (pois depois disso não teve mais governo, só bateção de cabeça), o governo do PT foi uma continuação do anterior, apenas atendendo a chantagens e extorsões de sindicatos e barnabés, o que FHC não fazia automaticamente. De resto, o próprio cachaceiro se gabava do quanto os bancos tinham ganho dinheiro no governo dele.
Carlos Eduardo
09/01/2019 - 14h44
Na economia o modus operandi sempre foi bem semelhante.
A diferença fica no social, o PT dá uma migalha pro povo e acha que tá fazendo muito, os tucanos roubam merenda pq acham que o povo já tem mais do que deveria.
Euclides de Oliveira Pinto Neto
09/01/2019 - 06h04
Provavelmente a indicação do senador Coca Cola para presidente do Senado está ligado aos interesses para a privataria em curso. Hidrelétricas, águas, e outros ramos que o grupo possui interesses.