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Secretário de Estado diz que EUA ficaram “satisfeitos com oferta da base militar”

Bolsonaro é o governo mais capacho dos Estados Unidos da história do Brasil. No Estadão ‘Ficamos satisfeitos com a oferta da base militar’, diz Pompeo Secretário de Estado afirma que Estados Unidos estão ‘entusiasmados’ com guinada à direita na América do Sul Entrevista com Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA Eliane Cantanhêde, O Estado […]

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MRX05. WASHINGTON (ESTADOS UNIDOS), 28/11/2018.- El secretario de Estado de Estados Unidos, Mike Pompeo, habla con los medios de comunicación tras una reunión con diversos senadores estadounidenses sobre Arabia Saudí en el Capitolio, Washington, Estados Unidos, hoy, 28 de noviembre de 2018. Pompeo y el secretario de Defensa estadounidense, John Mattis, asistieron a una reunión para tratar la información actual de Arabia Saudí. Legisladores estadounidenses han criticado la actuación de Arabia Saudí en el conflicto en Yemen y han hecho referencias al asesinato del periodista Jamal Khashoggi. EFE/Michael Reynolds

Bolsonaro é o governo mais capacho dos Estados Unidos da história do Brasil.

No Estadão

‘Ficamos satisfeitos com a oferta da base militar’, diz Pompeo

Secretário de Estado afirma que Estados Unidos estão ‘entusiasmados’ com guinada à direita na América do Sul

Entrevista com Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA

Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo

06 Janeiro 2019 | 05h00

BRASÍLIA – O secretário de Estado Mike Pompeo disse que os Estados Unidos estão “muito entusiasmados” com a guinada da América do Sul à direita, liderada pelo governo Jair Bolsonaro no Brasil, e agradeceu particularmente a oferta do novo presidente para a instalação de uma base militar em solo brasileiro no futuro: “Nós ficamos satisfeitos.”

Em entrevista concedida por telefone ao Estado, nesta sexta-feira, 4, Pompeo disse que a recondução de Nicolás Maduro na Venezuela é “inaceitável” e alertou contra a “atividade predatória” da China. Ambos foram temas de Pompeo em sua vinda a Brasília para a posse de Bolsonaro.

É conveniente e apropriado um alinhamento automático do Brasil com os EUA desde já, logo depois da posse de Bolsonaro?

Estou muito satisfeito de ter tido a chance de passar algum tempo com o novo presidente e de nossas equipes terem ainda mais tempo juntas. Tivemos muito bom consenso sobre diferentes questões-chave de interesse não só para as relações entre os dois países, mas também para a região. Então, eu realmente creio que teremos um bom alinhamento nas nossas políticas daqui em diante, inclusive para desenvolver melhor as relações econômicas e comerciais e gerar empregos e oportunidades para os cidadãos no Brasil e nos EUA.

Quando será a visita do presidente Bolsonaro aos EUA?

Nós convidamos o presidente Bolsonaro para visitar Washington e espero que isso possa ocorrer já nessa primavera (que começa em março no hemisfério norte), ainda sem data. O presidente (Trump) espera recebê-lo aqui, por causa dessas coisas que acabei de descrever. Há tantas coisas em que nossos países podem trabalhar juntos, para tornar o mundo um lugar mais seguro e próspero.

Há também expectativa de reunião de Trump com os presidentes de Brasil, Colômbia e Chile, por exemplo? Qual a agenda?

Não sei se há um plano nesse sentido, mas sei que há momentos em que se ruma na mesma direção e essa coleção de países preza pelos mesmos princípios, logo, isso facilita bastante que todos eles trabalhem muito bem com a nossa nação em uma série de temas.

Ou seja, a posse de Bolsonaro lidera uma guinada à direita na região e um movimento de aproximação com Washington?

Exatamente. Estamos muito entusiasmados diante dessa perspectiva e vislumbramos grandes oportunidades.

Que tipo de apoio concreto Brasil e EUA pretendem dar para a Venezuela restaurar a democracia, como discutido com o chanceler Ernesto Araújo?

Não vou abrir o que conversamos privadamente, mas o chanceler e eu, de fato, falamos sobre a importância da restauração da democracia para o povo venezuelano e sobre a decisão da Assembleia Nacional no dia 10 janeiro – minha nossa! a menos de uma semana. O regime Maduro reivindica ocupar a Venezuela por mais um mandato, mas nós não consideramos que a eleição foi justa, achamos que foi uma farsa. Portanto, queremos ter certeza de que não só EUA e Brasil, mas os demais países da região deixem muito, muito claro que isso é inaceitável e que a democracia tem de ser restaurada. Há várias coisas que podem ser feitas e eu espero trabalhar com o nosso novo parceiro aí no Brasil em cada uma delas.

Esse foi seu principal tema na Colômbia, depois do Brasil?

Sim, também falei com o presidente (Iván) Duque (Márquez) e equipe e, além da Colômbia, outros países partilham nossa profunda preocupação com o impacto do regime Maduro na região. São mais de três milhões de pessoas querendo sair da Venezuela, o que joga um enorme peso sobre os outros países e, acima, de tudo prejudica e desvaloriza a vida dos que têm de fugir do regime.

O sr. concorda com a opinião do chanceler Araújo contra o “globalismo”? E com sua avaliação de que só Trump pode impedir uma ameaça liderada pela “China maoísta” contra os valores cristãos do Ocidente?

O presidente Trump tem sido muito, muito claro. Nos lugares onde as instituições globais fazem sentido e trabalham, nós desejamos integrá-las e ajudá-las a avançar, mas estamos reavaliando várias delas para determinar onde essas instituições estão atingindo os objetivos para os quais existem e onde não estão. Assim, podemos desistir de participar, se o trabalho delas vai num caminho contrário aos interesses dos Estados-Nações no mundo, não só nos EUA, mas certamente nos EUA e também nos demais países. Nós acreditamos profundamente que a ideia de soberania nacional, com os países usando sua soberania e seus poderes para trabalhar coletivamente, pode atingir grandes objetivos. E conversei com o ministro de Relações Exteriores sobre isso.

O sr. espera apoio do Brasil na disputa entre EUA e China, maior parceiro comercial brasileiro?

Nós chegamos a uma posição inquestionável de que a China não pode ser liberada para se engajar numa atividade econômica predatória ao redor do mundo. Isso não é do interesse de ninguém. Onde a China se apresenta, no Brasil, Chile, Equador ou qualquer parte, tem de haver competição, transparência e liberdade, então, se é bom para eles, isso é ótimo, companhias vêm de todos os lugares do mundo e competem e companhias americanas competem contra negócios chineses. Mas eles não podem ter permissão para se apresentar nos países e se engajar em práticas que não são abertas, transparentes, de forma a obter benefícios políticos usando esses fatores comerciais. Isso não é apropriado e vocês têm visto que nosso presidente (Trump) está preparado para lutar contra isso, onde quer que, em questões comerciais, a América não encontre práticas justas e recíprocas da China. Isso vale para outras atividades em que a China esteja envolvida.

Bolsonaro anunciou que o Brasil pode sediar uma base militar dos EUA no futuro. Há planos nesse sentido?

Isso é algo que estamos constantemente avaliando aqui nos EUA: qual a melhor forma de ter bons parceiros na região, bons parceiros ao redor do mundo, e onde, quando e como instalar nossas “US forces”. Essa é uma discussão colocada o tempo todo, e nós ficamos satisfeitos com a oferta do presidente Bolsonaro. Eu estou confiante de que vamos continuar as discussões sobre todo um conjunto de temas com o Brasil, enquanto o novo governo vai colocando seus pés no chão. Isso é algo que nós estamos desejando muitíssimo.

Qual a previsão para concluir o acordo bilateral para ativar a Base de Alcântara?

Nós temos muito interesse nessa questão e o Departamento de Estado está negociando esse acordo de salvaguardas tecnológicas com o Brasil, que liberará licenças para lançamentos de veículos espaciais e satélites dos EUA a partir da Base de Alcântara. Estou muito esperançoso de que iremos progredir também nesse tema.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Nostradamus ( banquinho & bacia )

07/01/2019 - 15h30

Sim… um artigo desse já está na rabeira, acaba de ser postado ? Estranho… não deveria ficar na primeira página um bom tempo ? Bem… seria provocar muito o governo…

Gustavo

07/01/2019 - 13h02

Aliar-se a quem tem poder é um gesto inteligente em muitas situações para angariar poder, manter influência ou ainda resguardar-se, mas honestamente não convém fazer concessões não solicitadas e a troco de nada. Dessa forma não parece ser inteligente, mas um puro puxa saquismo gratuito, pois, não acho que haverá uma contrapartida e se houver certamente não será na mesma proporção.

A transferência da Capital de Israel agrada muito aos EUA, mas eles não pediram por isso e o Brasil tem a perder com essa medida (vide comércio de carne com países árabes). O custo desse mimo parece bem desvantajoso e aquele Slogan “Brasil acima de todos” ficam meio por terra.

Não há informação pública dos EUA ter solicitado espaço para a construção de uma base militar no Brasil (até os próprios militares disseram que é desnecessário), mas Bolsonaro resolveu abrir essa oportunidade. O que ganhamos com isso ? Qual é o interesse da nação que está sendo atendido ? Pelo contrário… Esse gesto parece-me atrair a atenção negativa dos inimigos (leia-se terroristas).


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