Guardem essa informação.
É por isso que sempre achei tiro no pé a esquerda voltar à sua radicalização lacerdista, como era antes de ser governo, e que Brizola criticava como sendo a UDN de macacão.
O governo Bolsonaro um dia vai terminar, e o Brasil continuará. Por isso a gente tem que já preparar o Brasil pós-Bolsonaro, que é um Brasil com uma opinião pública mais racional, crítica, serena, democrática.
É minha única esperança agora que perdermos a eleição: conquistarmos a opinião pública.
Para isso, todavia, é preciso se desvencilhar de todo esse impotente radicalismo pequeno-burguês, uma das características mais reacionárias (e contraproducentes, e que nos levou ao golpe) da esquerda.
A esquerda terá de se inventar e ser muito coerente. Qual a inteligência em demonizar Queiroz, fazendo dobradinha provisória com a grande imprensa (que tem outros interesses), e jogar ainda mais peso na cultura do linchamento midiático e do autoritarismo burocrático?
Todo o autoritarismo, o midiático, o judicial e o político, se volta contra a esquerda porque ela é o inimigo comum do autoritarismo.
Moro na chefia do Coaf é mais um sorriso maligno que o Leviatã exibe à esquerda ingênua, à mesma esquerda que sancionou as leis de exceção e nomeou os ministros de tribunais superiores, que deram vida à protoditadura burocrática iniciada com o golpe de 2016 (quase ia escrevendo 1964), e que agora está legitimada pelo voto popular.
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Bolsonaro transfere Coaf para Ministério da Justiça
Publicado em 02/01/2019 – 10:51
Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
Brasília
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) foi transferido do extinto Ministério da Fazenda para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A alteração está na medida provisória (MP) nº 870, divulgada na noite desta terça-feira (1º), em edição extra do Diário Oficial da União. A medida provisória trouxe a organização dos órgãos da Presidência da República e dos ministérios.
Além da MP, hoje (2), um decreto com o estatuto do Coaf foi publicado com o conselho integrando o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O Coaf é responsável por ações de inteligência para prevenir a lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e o financiamento do terrorismo. O Coaf recebe, examina e identifica ocorrências suspeitas de atividade ilícita e comunica às autoridades competentes.
Na MP, ficou definido que o presidente do Coaf será indicado pelo ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e nomeado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.
Em outros decretos publicados hoje no Diário Oficial da União, Bolsonaro exonerou o atual presidente do Coaf, Antônio Carlos Ferreira de Sousa, e nomeou Roberto Leonel de Oliveira Lima para o cargo. Lima é auditor-fiscal da Receita Federal a atuava na força-tarefa da Operação Lava Jato.
Edição: Valéria Aguiar
Tags: COAF MINISTÉRIO DA JUSTIÇA LAVAGEM DE DINHEIRO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO