2019: tempo de renovar a resistência
Por Orlando Silva
Com o avanço da direita no Brasil, a Oposição deve se preparar para resistir contra retrocessos democráticos e cortes de direitos do povo, que podem ser realizados pelo presidente Jair Bolsonaro.
2019 projeta-se como um ano difícil, com os efeitos da crise ainda pesando na vida do trabalhador. Precisaremos debater com setores econômicos e os trabalhadores para pensar coletivamente as melhores saídas para retomar o desenvolvimento sem mais retirada de direitos. Não devemos nos limitar a viver uma pauta meramente reativa ao governo federal.
Devemos atuar de maneira mais ampla no Parlamento e nos movimentos da sociedade organizada. Queremos reunir novas forças e atores políticos que também se opõem ao projeto representado por Bolsonaro, o que significa evitar posturas exclusivistas e hegemonistas.
Decidimos nos unir em um bloco parlamentar com PDT e PSB para atuação conjunta na Câmara. Estaremos sempre abertos a quem mais quiser colaborar com essa mobilização.
Houve grande renovação no Congresso Nacional. A esquerda praticamente manteve posições, o que foi uma conquista dado o cenário eleitoral. Os segmentos abertamente de direita cresceram, em prejuízo de siglas identificadas com o centro e centro-direita. Nesse contexto, a Oposição trabalhará para que a Câmara dos Deputados tenha um funcionamento interno democrático, sem atropelos, e paute temas que enfrentem os principais dilemas do país, impulsionando o crescimento econômico e a geração de empregos.
Nas eleições de 2018 não foi debatido um programa de desenvolvimento da nação. Esse fato é gravíssimo, pois não está claro o projeto que o presidente eleito tem para o país.
Os primeiros sinais do novo governo são erráticos, mostram improviso e falta de clareza. Ainda na transição, já tivemos problemas nas relações externas com países árabes e ruídos com a China e o Mercosul. Tivemos a chantagem, em razão de preconceito ideológico, que motivou a retirada de Cuba do Mais Médicos, o que trará graves consequências para o atendimento das pessoas.
A sociedade saiu dividida da campanha, demonstrando sentimento negativo em relação à política. Mas nós sempre apostaremos na política como instrumento para mediação de conflitos, o que eleva o papel do Congresso em momentos de crise como o atual.
Na Câmara, nos últimos quatro anos, minha atuação foi marcada pela defesa dos direitos dos trabalhadores, contra as reformas que firam esses direitos, como é o caso da Previdência, que o novo governo insistirá em pautar. Continuarei nessa trincheira.
Também devemos tratar do problema da desindustrialização do país e da soberania nacional em setores estratégicos, como os de energia e petróleo e gás, que sofrem ameaças de privatização. E lutaremos muito para reafirmar as pautas democráticas, porque a democracia é um pressuposto para a construção de um projeto de país que seja justo e gere oportunidades para todos os cidadãos.
Os embates não serão fáceis. O clima continuará tenso dentro e fora do Congresso. A nós, da Oposição, caberá resistir e reforçar a luta contra qualquer tentativa de sepultamento de direitos dos brasileiros.
Boas festas a todos. Que venha 2019! Vamos à luta!
* Deputado federal por São Paulo e líder do PCdoB na Câmara.
Rosa
28/12/2018 - 16h08
PT e PSOL não vão à posse do coiso.
Melhor participar em situações extritamente necessárias. Evitar estets tais embates e apenas informar a população e o eleitorado. Deixe o regime golpista derreter.
River
28/12/2018 - 03h49
Manezão! Mais um do lula Vigarista Livre.
Kuá, kuá, kuá = lula Livre.
Kuá, kuá, kuá. ”SKOL a Cerveja que desce Redonda®” rsrsrs [“©Ninguém Solta a Mão de Ninguém”]. rsrsrs
Valdez
27/12/2018 - 22h35
Estiveram na coalisão do governo o tempo todo . Agora fora do governo vem com este discurso de hegemonismo !? Completamente fora da grave realidade que esta passando no pais.
Nelson Perez de Oliveira junior
27/12/2018 - 17h32
Aqui virou um antro de cozinhas bolsiminions q acham q esta turma aí vai fazer um bom governo pra maioria. Vai fazer mais concentração de renda, mais privilégios pra castas judiciárias, policialescas e militares. E os políticos de baixo clero e suas operações com laranjas e pequenos golpes e com ajuda dos desativados o último grande golpe q vai vender e inviabilizar o futuro deste país.
Alan Cepile
26/12/2018 - 22h47
Em outras palavras, não tem espaço pra petistas delirantes que vivem fora da realidade.
Antônio Carlos
26/12/2018 - 19h00
Pessoal, vão ler o Estadão e não encham o saco de quem quer um país melhor pra se viver, cochinhas!
Roque
26/12/2018 - 18h31
Vai uma tapioca aí? kkkkkkkkk. Este é o verdadeiro Comunista Nutela…
Paulo
26/12/2018 - 17h58
E necessário o contraponto, mesmo quando parta de um Partido com o qual não tenho mais nenhuma identificação (nunca tive muita, na verdade, só pontualmente). Bolsonaro precisa de limites, até para fazer um bom governo…
Araujo
26/12/2018 - 17h16
Já passou da hora de retirarmos de vez esta geração de políticos, demagogia e…:
http://atlaspolitico.com.br/perfil/orlandosilva6565
Justiceiro
26/12/2018 - 17h00
comunista falando em Democracia, falando em direitos trabalhistas..
Esse aí é daqueles que adora uma boquinha; até tapioca o cara pagou com cartão corporativo.