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– Eduardo Bolsonaro é o que se arvora como o mais entendido em relações internacionais dentro do clã presidencial. Eis que ele escreve uma mensagem, via twitter, no dia de hoje (14), dizendo que o Brasil já tem muitos problemas migratórios no norte (se referindo à Roraima) e que “não precisamos importar imigrantes para adentrar […]

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Venezuelanos atravessam fronteira e entram no Brasil pelo município de Pacaraima, em Roraima 16/11/2017 REUTERS/Nacho Doce
– Eduardo Bolsonaro é o que se arvora como o mais entendido em relações internacionais dentro do clã presidencial. Eis que ele escreve uma mensagem, via twitter, no dia de hoje (14), dizendo que o Brasil já tem muitos problemas migratórios no norte (se referindo à Roraima) e que “não precisamos importar imigrantes para adentrar nosso território sem qualquer tipo de checagem da sua vida pregressa ou <CERTIFICAÇÃO SANITÁRIA>”. Sim, ele disse certificação sanitária que é um procedimento utilizado para controle do trânsito nacional de produtos de origem animal pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
– Uma pesquisa, realizada pelo Instituto Ipsos, com 362 jornalistas e formadores de opinião da América Latina, em 14 países, resultou com um índice de 74% de desaprovação de Bolsonaro como futuro presidente do Brasil. A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 29 de outubro. Entre os brasileiros entrevistados, 45% aprovam Bolsonaro.

– O embaixador Ernesto Araújo agora é oficialmente o Coordenador do Grupo Técnico de Relações Exteriores do gabinete de transição governamental. Foi nomeado por Onyx Lorenzoni, ministro extraordinário da Transição, nesta quinta (13).

– Todos os problemas dos EUA serão resolvidos com a construção do muro na fronteira com o México, parece pensar Trump. Ele quer um muro de todas as formas. Depois de pressionar os líderes democratas, tanto da Câmara de Representantes como do Senado, dizendo que pararia o país se o recurso para o muro não fosse disponibilizado, Trump afirmou ontem (13) que o México já está pagando pelo muro com o novo acordo do NAFTA, assinado no final de novembro durante o G20 em Buenos Aires. Trump afirmou isto após uma conversa telefônica com López Obrador, sem que isso tenha sido dito na conversa entre os dois.

– Há um impasse na COP24 na Polônia. Reunidos desde 2 de dezembro, os líderes participantes não conseguem chegar a um acordo. O encontro deve definir as diretrizes globais para as 197 partes do Acordo de Paris, em que os países se comprometeram a limitar o aquecimento global de 2ºC. A intenção é de que 100 bilhões de dólares sejam mobilizados anualmente até 2020.

– Entidades sindicais brasileiras, sendo oito confederações e oito centrais, protocolaram no dia de ontem (12) em Brasília uma denúncia junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT) contra o Estado brasileiro por violação de direitos sindicais. Segundo as entidades, o Brasil não está cumprindo a Convenção 151 da OIT, que assegura diferentes direitos trabalhistas, como os direitos à organização sindical e à negociação coletiva.

– Paris e toda a França vivem um dia de protestos de setores da educação hoje. É aguardado mais um dia de manifestações dos Coletes Amarelos para amanhã (15), apesar do apelo do governo francês para que os protestos fossem cancelados diante da mobilização das forças de segurança na busca do esclarecimento sobre o ataque terrorista de Estrasburgo.

– A pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o ministro do STF, Luiz Fux, determinou ontem (12) a prisão de Cesare Battisti para fins de extradição. Na decisão, Fux diz que o atual presidente da República tem poderes para revisar o ato de Lula (dezembro de 2010) que autorizou a permanência de Battisti no Brasil. Ele tem ordem de prisão na Itália e ficará preso no Brasil até sua provável extradição. Em troca de tuites com o vice-primeiro ministro italiano Matteo Salvini, logo após a eleição de Bolsonaro, tanto o pai como o filho (Eduardo) se referiram ao caso Battisti e disseram que logo enviariam um “presente” para Salvini.

– O presidente venezuelano Nicolás Maduro, acusa o Governo dos EUA de preparar um plano com Brasil e Colômbia para dar um golpe na Venezuela. A acusação foi feita em uma conferência de imprensa dada ontem (12) em Caracas. Maduro se referiu à visita de John Bolton ao Rio de Janeiro em 29 de novembro, quando se reuniu com Bolsonaro e equipe e teria tratado do inicio de “provocações militares”. Maduro, no entanto, ressaltou que não pensa ser esse o sentimento das Forças Armadas brasileiras.

– Sobre a passagem dos bombardeiro atômicos russos (Tu-160) pela Venezuela, o secretário geral da OEA, Luis Almagro, pediu que entidades internacionais verifiquem se a Venezuela está cumprindo suas obrigações com a não proliferação de armas nucleares. Segundo Almagro, a OEA está “profundamente” preocupada com as manobras militares realizadas em conjunto por russos e venezuelanos. Almagro quer que a (Opanal), entidade contra a proliferação nuclear da OEA verifique se a Venezuela está cumprindo o Tratado de Tlatelolco, que garante a desnuclearização da América Latina. A OEA tem funcionado como um dos instrumentos de ação dos EUA na imposição de constrangimentos à Venezuela.

– A China deteve o segundo canadense em Pequim. O primeiro, Michael Kovrig, ex-diplomata e funcionário da International Crisis Group (ICG), é um especialista em temas de política externa e de segurança no Oriente Médio. O segundo, Michael Spavor, administra uma agência de viagens especializada na Coreia do Norte. Segundo o governo chinês, os dois são suspeitos de “atividades que ameaçam a segurança nacional”. As prisões acontecem no contexto de tensão entre China e Canadá, após a prisão, em 1º. de dezembro, de Meng Wanzhou, diretora financeira da Huawei, para ser extraditada para os EUA.

– A justiça da Nicarágua condenou a 15 anos de prisão o ex-militar e vigilante particular Pierson Adam Gutierrez Solis, que confessou ter matado a estudante de medicina brasileira Raynéia Gabrielle Lima Rocha em julho desse ano. O caso da brasileira ganhou muita repercussão por se dar exatamente no período de grande efervescência política no país, com as ruas tomadas por protestos, tanto de opositores como de defensores do governo Ortega.

– Por falar em Nicarágua, a Câmara de Representantes dos EUA aprovou uma lei que limita o acesso do país a empréstimos internacionais. O NICA Act, como é conhecido, foi aprovado na última terça (11) e está pronto para ser assinado por Trump. Com a legislação, a Nicarágua deverá pedir aprovação dos EUA ao pedir empréstimo para instituições financeiras internacionais. A lei também estabelece sanções pessoais a lideranças governamentais ou apoiadoras do governo da Nicarágua.

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Ana Prestes

Ana Prestes Socióloga, mestre e doutora em Ciência Política pela UFMG. Autora da tese “Três estrelas do Sul Global: O Fórum Social Mundial em Mumbai, Nairóbi e Belém” e do livro infanto-juvenil “Mirela e o Dia Internacional da Mulher”. É membro do conselho curador da Fundação Maurício Grabois, dirigente nacional do PCdoB e atua profissionalmente como assessora internacional e assessora técnica de comissões na Câmara dos Deputados em Brasília.

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Luiz Cláudio

15/12/2018 - 05h31

Estou convencido de que só se pode aproveitar o capitalismo para o bem geral da humanidade se não se pensar como um economista. É preferível seguir as recomendações do nutricionista se o pretendido for a justiça social. Penso que qualquer economia que pretender girar junto com a norte-americana deverá ajudar a suavizar os efeitos das previsíveis e sucessivas crises corporativas capitalistas. É óbvio que o sentimento nacionalista fará com que sejam as primeiras a serem sacrificadas, como já bem demonstra o governo Trump, mas também pelo jogo monetarista e da classificação dos créditos. Infelizmente perdemos a importância dos BRICS por aí, porque o caminho da roça acaba em teorias conspiratórias e porque o capitalismo continua velho.

Paulo

14/12/2018 - 12h02

Cesare Battisti deverá, ao que tudo indica, reencontrar seu passado, na Itália…

    Paulo Figueira

    14/12/2018 - 17h42

    Ustra e os demais gorilas não encontraram o seus passados.
    Quem sabe no inferno?

      Paulo

      14/12/2018 - 21h18

      Provavelmente, xará! Assim como Lênin, Stálin, Mao e Fidel, que morreram sem punição, Ustra e outros psicopatas que adoravam estuprar mulheres, torturar e humilhar seres humanos aprisionados e sem defesa, o inferno é o destino comum de todos, onde se igualam e as diferenças ideológicas não os separam, pois todos prestam reverências ao mesmo rei…


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