A PF recebeu autorização da PGR e do STF para mandar seus agentes vasculhar endereços ligados ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), à sua irmã Andrea Neves e ao deputado federal Paulinho da Força (SD-SP). Consta que a PF também teria pedido a prisão desses três.
A investigação está relacionada à delação premiada de executivos do Grupo J&F.
A PF fez busca e apreensão num apartamento da família do senador em Ipanema, zona sul do Rio.
As investigações também envolvem os deputados Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Benito Gama (PTB-BA) e os senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Antonio Anastasia (PSDB-MG).
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No site do MPF/Lava Jato
STF acata pedido de PGR e ordena buscas e apreensões em endereços ligados a senador e a deputados
Pedido de Raquel Dodge tem o objetivo de reunir provas de pagamento de vantagens indevidas a políticos por parte do Grupo J&F
A pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, estão sendo cumpridos nesta terça-feira (11) mandados de busca e apreensão em endereços ligados a um senador e a dois deputados federais. Ao todo são 24 mandados em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, no Rio de Janeiro,Distrito Federal, Amapá, Rio Grande do Norte e na Bahia. Não há prisões e nem medidas a serem cumpridas na sede do Congresso Nacional.
O objetivo das cautelares, que foram autorizadas pelo relator do caso do Supremo Tribunal Federal, ministro Marco Aurélio, é reunir provas do pagamento de vantagens indevidas por parte do Grupo Empresarial J&F a políticos por meio do senador. Como as cautelares são sigilosas, o Ministério Público Federal não divulgará a relação de pessoas e empresas que são alvos da medidas.
Decorrentes de informações prestadas em colaboração premiada por diretores da J&F, as investigações apuram a solicitação de vantagens indevidas por parte do parlamentar, o que teria ocorrido em pelo menos quatro ocasiões. Ao todo, o Grupo Econômico teria repassado cerca de R$ 130 milhões que foram distribuídos a parlamentares de pelo menos três legendas . Em troca dos recursos financeiros, o senador teria prometido favorecimentos em um eventual governo presidencial ( 2015 a 2018) além de influência junto ao governo estadual de Minas Gerais, neste caso, com o objetivo de viabilizar a restituição de créditos tributários.