LULA E O PROVÁVEL FRACASSO BRASILEIRO
Por Wanderley Guilherme dos Santos
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República Federativa do Brasil, é o único prisioneiro por crimes de corrupção que, ademais, está denunciado pelos mesmos crimes em número de processos envolvendo negócios em países da América Latina, da África, da Europa e do Oriente Médio. Provavelmente, se somados os processos a que foi submetido o quinteto da Petrobrás – Paulos, Cerveró, Duque e Youssef -, o número não alcançará a cifra a que o frenesi da covardia togada colou no uniforme de Lula. O quinteto, como é notório, está todo livre, passa bem e com razoável padrão de vida, depois de pagarem, seus participantes, preços espetaculares pelas tornozeleiras eletrônicas, com recursos deduzido de contas descobertas em paraísos fiscais. Até um corrupto vulgar como Aécio Neves teve seus humilhantes trocados descobertos e revelados aos olhos de todo mundo. Está também livre e vai ocupar uma das cadeiras das Vossas Excelências da próxima Câmara dos Deputados.
Salvo engano, até agora não foi apresentada uma conta sequer no nome de Luiz Inácio Lula da Silva ou de seus familiares, ou denunciadas em delações premiadas, comprovando a existência da fortuna acumulada com tantas negociatas. Por que artes do capeta esse cidadão foi capaz de malocar tamanha montanha de dinheiro safado a ponto de se tornar invisível ao brilhantismo investigativo do juiz Sergio Moro e seus rapazes, além dessa ala de justiceiros inimputáveis, tão mais ferozes, quanto mais anônimos?
Resisto a acreditar que sóbrio sentido de justa medida, independente de frustrações eleitorais acumuladas, aceite essa competição de vilania sem que ninguém se apresente para perguntar sobre o dinheiro. Nada de delações, nada de indícios, dinheiro, onde está o dinheiro é o que os promotores e juízes suburbanos estão obrigados a mostrar. Ou não estão? – Não, não estão. Por isso temos um governo pondo o país de pernas para o ar tendo batido o recorde de dispor do menor número de apoiadores explícitos da história eleitoral brasileira. Não é prudente desconsiderar a hipótese de que este seja um país irrefreavelmente atraído pelo fracasso.