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Defesa de Haddad acusa denúncia do MP-SP de inepta

Vamos começar o post invertendo a tradição de se apresentar primeiro a acusação, em seguida a defesa. Comecemos pela defesa de Haddad, conforme publicado pelo Estadão. COM A PALAVRA, FERNANDO HADDAD “A denúncia e mais uma tentativa de reciclar a já conhecida e descredibilizada delação de Ricardo Pessoa. Com o mesmo depoimento, sobre os mesmos […]

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Ricardo Stuckert - Fotos Públicas

Vamos começar o post invertendo a tradição de se apresentar primeiro a acusação, em seguida a defesa. Comecemos pela defesa de Haddad, conforme publicado pelo Estadão.

COM A PALAVRA, FERNANDO HADDAD

“A denúncia e mais uma tentativa de reciclar a já conhecida e descredibilizada delação de Ricardo Pessoa. Com o mesmo depoimento, sobre os mesmos fatos, de um delator cuja narrativa já foi afastada pelo STF, o Ministério Público fez uma denúncia de caixa 2, uma denúncia de corrupção e uma de improbidade. Todas sem provas, fundadas apenas na desgastada palavra de Ricardo Pessoa, que teve seus interesses contrariados pelo então prefeito Fernando Haddad. Trata se de abuso que será levado aos tribunais.”

No dia 10 de setembro, a defesa de Haddad peticionou nos autos e alegou que ‘a denúncia é inepta por não conter a descrição individualizada mínima das condutas que teriam sido praticadas pelo denunciado, nem dos elementos nucleares que compõem o tipo penal da corrupção passiva’.

Documento: HADDAD – PETIÇÃO

Segundo a defesa do ex-prefeito, ‘a denúncia não aponta minimamente qual era o objetivo do pagamento, ao menos em perspectiva’.

“Há necessidade de se apontar um ato de ofício para caracterização do crime de corrupção passiva, sendo imprescindível a descrição mínima do que se espera em contrapartida da vantagem indevida”, sustenta a defesa de Haddad. “Há necessidade de indicação da autoria, vez que a acusação se limita a afirmar que o denunciado tinha domínio dos fatos. Não há qualquer elemento de prova sobre corrupção passiva, inexistindo justa causa para a ação penal, sendo insubsistente a denúncia fundada apenas na palavra do colaborador premiado.”

A defesa apontou ainda incompetência do juízo sob o fundamento de que os fatos foram objeto de denúncia perante a Justiça Eleitoral ‘por configurarem doação eleitoral não contabilizada, havendo conexão material e processual, prevalecendo assim a jurisdição especial’.

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA LUIZ FLÁVIO BORGES D’URSO, DEFENSOR DE VACCARI

O advogado criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, defensor de João Vaccari, afirmou que seu cliente ‘jamais foi tesoureiro de campanha e nunca solicitou qualquer recurso para campanha de quem quer que seja’.

“O sr Vaccari foi tesoureiro do PT e, dessa forma, solicitava doações legais somente para o partido, as quais eram realizadas por depósito em conta bancária do partido, com recibo e com prestação de contas às autoridades”, sustenta o criminalista.

D’Urso conclui: “O sr Vaccari jamais solicitou ou recebeu qualquer recurso em espécie para o PT, muito menos a título de propina. Quem eventualmente o acusa é um delator, que nada prova, pois tratam-se de mentiras para obter diminuição de pena.”

***

Na Agência Brasil

Haddad vira réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Publicado em 19/11/2018 – 18:23
Brasília e São Paulo

O candidato derrotado à Presidência da República pelo PT e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, virou réu hoje (19) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A Justiça de São Paulo recebeu a denúncia do Ministério Público, que o acusa de receber R$ 2,6 milhões da UTC para saldar dívidas de campanha. Haddad nega as acusações e diz que vai se defender.

É a primeira vez que o petista se torna réu em ação criminal. Para Haddad, a decisão é “mais uma tentativa de reciclar a já conhecida e descredibilizada delação de Ricardo Pessoa”.

O empresário e sócio da empreiteira UTC afirmou, em delação premiada, que contribuiu para saldar dívidas na campanha de Haddad à prefeitura paulistana em 2012.

“Com o mesmo depoimento, sobre os mesmos fatos, de um delator cuja narrativa já foi afastada pelo STF, o Ministério Público fez uma denúncia de caixa 2, uma denúncia de corrupção e uma de improbidade”, disse Haddad.

Segundo o ex-prefeito, as denúncias são “sem provas, fincadas apenas na desgastada palavra de Ricardo Pessoa”. De acordo com ele, o empresário “teve seus interesses contrariados” enquanto ele estava na Prefeitura de São Paulo. “Trata-se de abuso que será levado aos tribunais”, informa a nota do ex-prefeito.

Edição: Fernando Fraga

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Pedro Cândido Aguarrara

23/11/2018 - 14h16

Algum tucano denunciado pelo MP-SP? Falta gente do PSDB para ser denunciada? É pouca a roubalheira no Estado de São Paulo desde que o PSDB assumiu o poder?

De que adianta para o país um MP-SP politizado, ideológico e cartelizado?

Combateremos a corrupção assim? Protegendo os amigos corruptos e acusando sem provas os adversários políticos de corrupção?

Justiceiro

21/11/2018 - 10h33

Esse Addad ai é aquele que disse que Bolsonaro deveria ser preso baseado apenas em uma reportagem SEM PROVAS da folha?

É aquele que pregou que um empresário acusado pela mesma reportagem, deveria ser preso e assim faria delação e todos iriam presos e a candidatura de Bolsonaro seria cassada?

Estão vendo, petistas? Addad defendia delação pra ferrar com Bolsonaro e agora se recusa a acreditar em delação contra ele próprio.

Foi nessa imundície que vocês votaram?

Paulo

20/11/2018 - 23h49

Seja ou não culpado, o ex-prefeito Haddad, uma coisa é certa: doravante, os políticos tomarão muito mais cuidado com o financiamento de campanhas eleitorais. Bendita Lava-Jato! Estancou, talvez, uma fonte de corrupção que já data de 70 anos, pelo menos, na nossa República de araque…mas toda vigilância é pouca.

    Nelson Quintanilha

    21/11/2018 - 00h01

    É… tomarão mais cuidado…
    Vide bozo no whatszapApp!
    Isso só vale para petista, de resto vira livre e solto.
    Com Supremo, Forças Armadas e tudo!
    Vamos cair na real povo.

      Brasileiro da Silva

      21/11/2018 - 00h54

      Bolsonaro no whats? Vc usa uma matéria da folha para afirmar isso? Então podemos cancelar os processos do corrupto preso em Curitiba e condena-lo a 200 anos somente pelas matérias da imprensa?

        Benoit

        21/11/2018 - 08h27

        Acho que sim, que se pode usar a matéria da Folha como indício forte contra o bolsonado. Voce sabe explicar por que o caso do whatsapp não foi nem vai ser investigado pelas autoridades? O que a imprensa disse sobre o caso do melhor presidente do Brasil preso injustamente é bem diferente. Não me parece que a imprensa tenha se interessado particularmente nas acusações feitas contra o melhor presidente do Brasil preso por autoridades que cometeram crimes contra ele. E mesmo que elas tenham repetido acusações contra o melhor presidente do Brasil, houve um julgamento que deixou bem claro em primeiro lugar que não houve nenhum ato administrativo que fizesse parte de uma transação corrupta e em segundo lugar ficou inteiramente claro que ele não é nem nunca foi proprietário, nem jamais desfrutou de forma alguma como proprietário da tal de quitinete em Guarujá.

          José Silveira

          22/11/2018 - 13h31

          Mais um cego improdutivo que se recusa a enxergar.
          Lamentável!

    Eu Mesmo

    21/11/2018 - 09h11

    Paulo, seu comentário é um oásis de lucidez em meio a um saara de ignorância e cegueira ideológica seletiva.

      Paulo

      21/11/2018 - 17h20

      Quando adentrei este Blog pela 1ª vez, há cerca de um mês ou dois, eu imaginava que os esquerdistas, de um modo geral, apenas viam na construção da narrativa da inocência de Lula uma tábua de salvação para seus propósitos políticos. Mas, para minha surpresa, hoje percebo que a maioria crê firmemente nisso, na inocência de seu líder carismático, mesmo com todas as evidências em contrário (já desisti de discutir provas com eles, é inútil). São os “inocentes úteis”, como falava Lênin, só que com viés ideológico trocado…

    Alan Cepile

    21/11/2018 - 12h58

    Que o diga Rodrigo Tacla Durán, né?…

      Paulo

      21/11/2018 - 21h04

      Alan, refere-se ao advogado foragido, ex-funcionário da Odebrecht?

        Alan Cepile

        23/11/2018 - 09h32

        Não, esse aí eu não conheço, estou falando daquele que mora na Espanha com residência fixa e, por isso, não pode ser considerado foragido.
        Estou falando daquele que desnudou a cobrança de propina pela farsa jato, com depoimento via videoconferência e que a mídia faz silêncio.
        Estou falando daquele que a farsa jato pediu extradição ao governo espanhol e recebeu um NÃO por total ausência de quaisquer indícios de crime.
        Estou falando daquele cujo a farsa jato tentou extorquir 5 milhões para diminuir uma pena fantasiosa cujo crime sequer existe.
        Conhece este?

          Paulo

          23/11/2018 - 18h37

          Não, esse não conheço. Lembrando que o Cesare Battisti tem residência fixa no Brasil e no entanto é foragido…


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