– Buenos Aires será a primeira cidade da América do Sul a sediar um encontro de cúpula do G20. Encontro ocorre no próximo dia 30 de novembro. Um forte esquema de segurança está sendo montado. Inclusive com presença de tropas americanas no Uruguai e equipamentos de segurança no valor de 18 milhões de dólares doados pela China.
– O embate comercial entre EUA e China é uma das grandes expectativas do encontro do G20.
– Uma antessala do que será o G20 foi vista no último final de semana na reunião da APEC (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), que terminou ontem (18) na Papua Nova Guiné sem declaração conjunta por divergências entre China e EUA. Os países que integram a APEC são 21 e abarcam pelo menos metade da população mundial. Em sua intervenção no sábado (17) o presidente Xi Jinping afirmou que é alto o risco de que a guerra comercial em curso termine “sem vencedores”. “A história mostrou que um confronto – seja soba forma de guerra fria, guerra quente ou guerra comercial – não produz vencedeores”, disse Xi Jinping. O tom do norte-americano Mike Pence, vice-presidnte, no encontro foi mais duro: “ Tributamos os produtos chineses com 250 bilhões de dólares de taxas e essa cifra pode mais que dobrar”, caso a China não pare com praticas comerciais abusivas, segundo ele.
– Theresa May em artigo no jornal Sun de ontem, domingo (18), sobre o Brexit: “Não há um plano alternativo sobre a mesa”. Líderes da União Europeia se reúnem no próximo dia 25 de novembro para avaliar o acordo. O acordo ainda não foi aprovado pelo Parlamento britânico que vive dias de impasse. Cerca de 20 cartas, de 48 necessárias, pedindo uma moção interna de confiança quanto ao mandato de May já chegaram à mesa da presidência da câmara dos comuns (deputados).
– Com a saída de Lieberman do Ministério da Defesa de Israel, o próprio primeiro-ministro Benjamin Netanyahu assumiu o posto. A saída de Lieberman enfraqueceu Netanyahu também no parlamento, uma vez que o partido do ex-ministro, “Israel é Nosso Lar”, deixou a base do governo, ficando a estreita diferença entre 61 parlamentares pró-governo e 59 na oposição.
– Uma semana após as comemorações pela passagem dos 100 anos do fim da primeira guerra na França, Macron vai ao Bundestag (parlamento) alemão para defender uma Europa “mais forte e mais soberana” junto a Angela Merkel. Os dois preparam uma pauta de reformas da UE que inclui a criação de um exército europeu, mudanças na zona do euro, no tratamento com a migração, com as mudanças climáticas, com a digitalização e outros.
– Enquanto Macron estava na Alemanha neste domingo (18), na França uma onda de protestos tomou conta das ruas por conta do aumento nos preços do combustível. Durante os protestos, uma pessoa morreu, mais de 200 ficaram feridas e mais de 70 detidas. Dados divulgados pela imprensa noticiam que mais de 2000 locais no país tiveram rodovias, estradas e ruas paradas por cerca de 300 mil pessoas. Os protestos se deram nos mesmos dias em que foi divulgada pesquisa de opinião de que Macron só conta com 25% de aprovação como governo satisfatório por parte dos franceses. A última medição (outubro) estava apontando o índice de 29% de aprovação.
– Um ano e um dia após seu desaparecimento, foi encontrado na Patagônia argentina, o submarino argentino ARA San Juan, da Marinha Argentina. O submarino contava com 44 tripulantes quando desapareceu.
– O jornal The Washington Post noticiou no final de semana que a CIA haveria concluído pela determinação por parte do príncipe saudita Mohamed bin Salman para o assassinato do jornalista Jamal Kashoggi (morto no consulado saudita em Istambul, na Turquia em 2 de outubro). Segundo o jornal, as 15 pessoas envolvidas no assassinato voaram em aeronave do governo saudita para a Turquia e executaram o assassinato e desaparecimento do corpo do jornalista.
– Um acordo de paz entre EUA, Talibã e governo afegão está sendo costurado e foi anunciado ontem (18) que poderá estar concluído até meados de abril de 2019. Informações da imprensa segundo anúncio do diplomata norte-americano Zalmay Khalilzad, encarregado da negociação. A guerra do Afeganistão já dura 17 anos. Talibãs querem a saída das forças estrangeiras do país e a derrota do atual governo, apoiado pelo Ocidente.
– Delegação de alto nível da Coreia do Norte, com o presidente da Assembléia incluso, estará na América Latina para a posse de AMLO dia 1º. dezembro no Mexico e visitas a Cuba e Venezuela.
– Também visitará Havana nos próximos dias o premier espanhol Pedro Sánchez. A delegação contará com cerca de 300 empresários espanhóis. Sánchez pode contribuir para uma aproximação de Cuba com União Europeia em um momento em que os EUA aprofundaram as sanções econômicas a Cuba, acrescentando 16 hotéis e 10 empresas à lista dos “proibidos de negociar”. Há uma pressão na Espanha para que a agenda de Sánchez sirva para a busca de “evidências da garantia dos direitos humanos” em Cuba. Esta é uma pressão da direita espanhola via imprensa que pretende explorar contradições e constranger o primeiro ministro.
– Foi conturbada a chegada de cerca de 3000 migrantes de uma caravana que vem da América Central à cidade mexicana de Tijuana na fronteira do México com os EUA. Houve protesto da população local, mas também muita solidariedade por parte de outras pessoas. As autoridades norte americanas na fronteira processam cerca de 100 pedidos de asilo por dia. Segundo relatos, caravana teve boa acolhida nas demais regiões do México. Os moradores das pequenas cidades os recebiam com comida quente, acampamentos e até música. Os migrantes podem ficar até 6 meses em Tijuana enquanto esperam a definição sobre os pedidos de asilo. Presidente Trump twittou ontem (18) dizendo apoiar o prefeito de Tijuana havia afirmado que a cidade não está preparada para lidar com tantos migrantes e que os EUA não estavam preparados para esta “invasão”. Trump fecha a mensagem no twitter com: “Go home!”.
– Enquanto a primeira caravana (saiu 13 de outubro) chega à fronteira dos EUA, um novo grupo de migrantes saiu neste domingo de El Salvador. Há vários questionamentos sobre como tem se dado o apoio financeiro para estes migrantes. Não está claro se há organizações financiando ou mesmo grandes personalidades, como George Soros, conforme correm boatos na internet. Nada provado.
– Papa Francisco citou os migrantes ontem ao dizer em missa papal no Vaticano que as pessoas deveriam prestar atenção a “todos aqueles forçados a fugir de suas casas e terras nativas para um futuro incerto”.
– Na Espanha, saudosos do ditador Francisco Franco saíram às ruas neste domingo (18) para relembrar os 43 anos de sua morte, que se completam amanhã (20). Houve também protestos contra a passeata da extrema-direita. Um grupo de mulheres (organização Femen) saiu às ruas com as inscrições no corpo (torso nu): “fascismo legal, vergonha nacional”. Outros grupos saíram para protestar em defesa das vítimas do franquismo.
– Já são mais de 1000 os desaparecidos no grande incêndio Camp Fire na Califórnia. São 71 pessoas falecidas, mais do que o dobro do anterior incêndio mais letal da história do estado.
Paulo
19/11/2018 - 21h53
Essa briga comercial EUA/China é outro tema que me inquieta. Será que, por trás disso tudo, das bravatas de Trump, há uma estratégia consistente e consciente, planejada, para deter o crescimento chinês, ou se trata somente – ou preponderantemente – de discurso para agradar o eleitor republicano?
Reginaldo Gomes
19/11/2018 - 16h46
Notas internacionais.
1) O mundo já escolheu o carro elétrico. Defesa de Petrobras e pré-sal deve ser revista;”URGENTE!!!”
2) O mundo já escolheu a energia solar e a energia eólica. Defesa de Eletrobras deve ser revista.”URGENTE!!””””
Paulo
19/11/2018 - 21h50
Taí uma coisa que eu gostaria de saber com mais profundidade – confesso minha ignorância, no assunto. Por que se valoriza tanto o petróleo, quando tudo indica que ele tende a ser substituído, a médio prazo, por fontes de energia renováveis? Ou é ilusão e essa substituição, na verdade, não vai rolar?
O Pai
20/11/2018 - 09h57
Um dia vai ter que rolar, pois o petróleo não se renova.