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Notas internacionais (Ana Prestes) 01 de novembro

– A China, principal parceiro comercial do Brasil, fez alerta a JB. Repercutiu muito ontem em todo o mundo um editorial do China Daily, principal jornal estatal da China. Em resumo, o editorial diz que as críticas feitas por JB à China podem “servir para algum objetivo político específico, mas o custo econômico pode ser […]

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– A China, principal parceiro comercial do Brasil, fez alerta a JB. Repercutiu muito ontem em todo o mundo um editorial do China Daily, principal jornal estatal da China. Em resumo, o editorial diz que as críticas feitas por JB à China podem “servir para algum objetivo político específico, mas o custo econômico pode ser duro para a economia brasileira, que acaba de sair da pior recessão da sua história”.

– Repercute sobremaneira no exterior a intenção do futuro presidente do Brasil de acabar com o Ministério do Meio Ambiente e a possível saída brasileira dos acordos climáticos de Paris.

– Nos primeiros 4 dias pós o sufrágio de domingo (28), JB já se indispôs com a China, principal parceiro comercial, e os vizinhos mais próximos do cone-Sul, integrantes do Mercosul.

– A disputa comercial entre EUA e China estremeceu as bases da OMC esta semana. O vice-representante da Casa Branca para o Comércio, Dennis Shea, afirmou em reunião em Genebra: “não permitiremos que a China mine de forma fatal a indústria do aço dos EUA, sobre a qual os militares americanos e a segurança global dependem”. Ele disse isso se referindo a alta produção de aço pela China e aos recursos que têm sido apresentados nos tribunais de apelação da OMC contra as barreiras comerciais adotadas pelos EUA. A ameaça foi de desmonte da OMC e seus órgãos de tratamento das controvérsias comerciais entre os países membros.

– Com as ameaças à OMC, por parte dos americanos, a saída dos EUA do Tratado INF com a Rússia, de armas nucleares de médio alcance, como demonstração de que só aceitam um tratado que inclua a China e os conflitos entre OTAN e Rússia no Ártico, já se fala na Europa e mesmo nos EUA em uma nova guerra-fria, agora com a China.

– A promotoria da Turquia afirmou nesta quarta, 31, que o jornalista saudita Jamal Khashoggi foi estrangulado assim que entrou no consulado saudita em Istambul e em seguida seu corpo foi desmembrado e descartado.

– Mais uma caravana de migrantes rumo aos EUA saiu ontem (31) de El Salvador com mil pessoas. Outra já havia saído no domingo (28), com trezentas pessoas. Pelas minhas contas são 4 caravanas marchando neste momento. A primeira delas, que saiu no dia 13/10 de Honduras já está próxima da fronteira entre o México e os EUA.

– Segundo dados divulgados pela CEPAL, na quarta 31, no México, o valor das exportações de bens da América Latina e do Caribe crescerá 9,7% em 2018. Parte da explicação para o incremento, especialmente para a América do Sul, é o aumento dos preços de produtos básicos, como petróleo, minerais e metais. A China é o maior destino das exportações e a maior fonte das importações para a região.

– Contrariando a dinâmica política de seus vizinhos europeus e norte-americanos, Putin lançou nesta quarta (31) a “estratégia migratória 2019-2025”, através da qual busca atrair imigrantes para recompensar o natural declínio da população russa e promover mais mão de obra para a economia nacional. “Daremos as boas-vindas a aqueles que desejem ficar temporariamente conosco e também a aqueles que decidam se naturalizar e ter residência permanente na Rússia”, disse Putin no IV Congresso Mundial de Patriotas Russos no exterior.

– Há 150 anos toda pessoa nascida nos EUA é automaticamente cidadã do país. Trump quer acabar com este princípio de cidadania norte-americana através de um decreto. O princípio consta a 14ª emenda da Constituição dos EUA. A emenda surgiu na época (1868) para resolver a questão da cidadania de ex-escravos nascidos nos EUA.

– Terminou a 1h da madrugada a discussão na ONU sobre a resolução que condena o bloqueio econômico a Cuba. Hoje (1) será a votação.

– Cresce a pressão sobre a Arábia Saudita para que cesse a guerra no Iêmen.

– No próximo dia 6 de novembro os cidadãos dos EUA vão eleger 435 novos deputados, 35 senadores e 36 governadores. Em alguns estados os postos de votação já estão abertos desde 21 de setembro. Hoje o Partido Republicano de Trump tem a maioria no senado, na câmara e entre os governadores.

– Keiko Fujimori voltou a ser presa preventivamente no Perú em caso que envolve a brasileira Odebrecht.

– Ontem, 31 de outubro, completaram-se 43 anos da invasão militar do Sahara Ocidental. O Marrocos mantém o povo saharauí nas mais degradantes condições de um povo colonizado e que vive sobre o maior campo minado do planeta.

– Foi encontrada a caixa preta do avião da Indonésia (Lion Air) que caiu na segunda (29) no mar de Java com 189 pessoas a bordo.

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Ana Prestes

Ana Prestes Socióloga, mestre e doutora em Ciência Política pela UFMG. Autora da tese “Três estrelas do Sul Global: O Fórum Social Mundial em Mumbai, Nairóbi e Belém” e do livro infanto-juvenil “Mirela e o Dia Internacional da Mulher”. É membro do conselho curador da Fundação Maurício Grabois, dirigente nacional do PCdoB e atua profissionalmente como assessora internacional e assessora técnica de comissões na Câmara dos Deputados em Brasília.

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Comentários

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Guimarães Roberto

02/11/2018 - 16h50

Como os “Isteites” são espertos. Vão comprar a produção nacional brasileira e vender para os chineses. Com esse movimento, ambos os países vão ficar na mão dos “amigos do norte”. É esse o risco que a China não deseja correr.

Paulo

01/11/2018 - 10h01

Será que Bolsonaro tem algo de concreto dos EUA, alguma compensação de monta, para já se indispor com a China? Ou a China é que está se precipitando, com esse editorial?

    Nostradamus ( banquinho & bacia )

    01/11/2018 - 10h38

    Nada disso patinho paneleiro. É burrice mesmo. Está ansioso para a parada militar de inauguração da base militar americana em Alcântara… Mas o melhor é que com a encrenca do Brasil com os chineses o dono da Havan não vai ter mais bugigangas para comprar barato e vender caro para bolsomínions. E nas citações do general vice do capitão, todo empoderado agora mais do que nunca, siamês, ninguém me tira, a Venezuela tem traficantes os outros vizinhos nada… mais uma doidura para morrer Brasileirinho e para a Russia ajudar os Venezuelanos.

    Octavio

    02/11/2018 - 16h54

    Quando o Bolsonaro foi aos EUA bater continência à bandeira americana e se encontrar com o vice-presidente americano, ele voltou falando mal da China. Uma semana depois, a mesma coisa foi dita pelo vice-presidente dos EUA. Coincidência?!!


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