Bolsonaro prepara um ‘superministério’ para oferecer a Sérgio Moro
Ministério da Justiça deve ser o responsável pela gestão da Polícia Federal e da Secretaria de Combate à Corrupção
Por Renato Souza
postado em 31/10/2018 19:54 / atualizado em 31/10/2018 19:58
O presidente eleito Jair Bolsonaro vai oferecer ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, um Ministério da Justiça ampliado. De acordo com interlocutores de Bolsonaro, ele deve rever a separação realizada na gestão de Michel Temer, que criou o Ministério Extraordinário da Segurança Pública.
A pasta que pode ficar sob o comando do magistrado de primeira instância contaria com a Secretaria da Transparência e Combate à Corrupção, Controladoria-Geral da União (CGU), Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e a reintegração da Segurança Pública. A intenção é reunir, em um só local, os órgãos de combate a corrupção que tiveram grande importância durante a Operação Lava-Jato.
Sérgio Moro deve se encontrar na manhã desta quinta-feira (1º/11) com Bolsonaro, no Rio de Janeiro. Ele também está cotado para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, o próximo ministro a se aposentar é o decano Celso de Mello, que deixará a Corte em 2020. A intenção de Bolsonaro é que Moro entre no governo nos primeiros dias após a posse.
Tamosai
02/11/2018 - 07h34
Está explicado o fato de ter condenado Lula sem provas. Faz parte do projeto político do “juiz”. “Neutralidade” e “apartidarismo” nos olhos dos outros é refresco.
vera vassouras
01/11/2018 - 10h42
O Brasil é o único país no qual um indivíduo de um poder, pode participar de todos os outros poderes. Neste caso, do judiciário, ao legislativo e deste ao executivo.
Paulo
31/10/2018 - 21h23
Eu ainda acho que Moro não deveria aceitar o Ministério. Perderá seu cargo vitalício e aposentadoria com proventos integrais. Mas, sem dúvida, seria alvissareiro vê-lo se sacrificar pela pátria, levando adiante o combate à corrupção e resgatando o projeto de lei do povo brasileiro, sorrateiramente mutilado pelos nossos nobres parlamentares…
Gustavo
01/11/2018 - 10h19
Concordo. A promessa é sedutora, mas na política tudo é muito volátil. Enquanto a magistratura oferece processos e exige conhecer e interpretar a lei para julgar, um superministério desses vai exigir gestão, cobranças e muita política. É um jogo bem diferente do judiciário e a aposta seria alta. É muita coisa em jogo.
Penso que seria mais sensato declinar e aguardar a vaga do STF se for de desejo e ambição. Mas vai saber o que se passa na cabeça de um juiz federal. Aguardemos