Pare pra pensar um pouquinho.
Você quer morar em um país onde só se fala em armas, morte e violência? Onde policiais terão “excludente de ilicitude”, ou seja, liberdade para matar sem sofrer as consequências jurídicas?
Ou você prefere um país que discute educação de qualidade, emprego para todos, inclusão social?
É evidente que não pode dar certo um país que pretenda resolver seus problemas à base de tiro, porrada e bomba.
A falta de oportunidades de estudo e trabalho para todos é o que está por trás da criminalidade. É a origem do problema.
Sair matando bandidos por aí será como enxugar gelo. Em um país desigual, que trata tantos de seus filhos com brutalidade e indiferença, a produção de criminosos é infinita.
Se não formos à origem do problema, não o resolveremos nunca.
O PT, com todos os seus defeitos – os quais podem ser encontrados em qualquer instituição formada por seres humanos – é um partido que olha para a origem do problema. Tenta, da sua forma, cortar o mal pela raiz. Errou e acertou, mas é certo que conquistou grandes resultados – alguns históricos. Haddad fez um bom trabalho na prefeitura de São Paulo. Tanto que, segundo o último Ibope, ganha de Bolsonaro por 51% a 49% na cidade.
Bolsonaro é o candidato que propõe enxugar gelo. Armar a população e liberar a matança policial são propostas que formam uma cortina de fumaça para manter as coisas como estão nas áreas que são, repito, a origem do problema: educação pública e emprego.
Não faz sentido querer morar em um país que só fala em morte, violência e armas. Não tem como dar certo.
Há, por trás da ideia de que melhoraremos como sociedade se sairmos nos matando, um erro fundamental.
Acredite você ou não na transcendência da matéria, o fato é que todo o universo é uma coisa só. A sabedoria oriental encontra-se com a física nesse aspecto.
Para a física, no início dos tempos toda a matéria e a energia que compõem o universo estava totalmente concentrada, grudadinha, em um ponto minúsculo. Houve a grande explosão, o big bang, e o universo segue se expandindo, mais de 13 bilhões de anos depois.
Para os mestres espirituais, todos somos um só, todos nós viemos e fazemos parte da unidade fundamental. Jesus, o grande mestre das grandes religiões ocidentais, também refletiu a verdade de que todos somos um no seu ensinamento “Amai ao próximo como a si mesmo”. O próximo, o outro, é você mesmo.
Jamais sairá boa coisa se passarmos a odiar e matar o próximo – nós mesmos.
Só evoluiremos como sociedade se trabalharmos coletivamente. Dando oportunidades para todos, uma vida digna para cada um de nós. É mais do que possível: é o único lugar para o qual podemos mirar se quisermos tratar com responsabilidade e inteligência o futuro da nossa espécie.
Vote, como dizia o jingle do PT de 89 – o qual refletia o clima de esperança de um país que recém se vira livre de um regime autoritário, violento e cruel -, sem medo de ser feliz.