A CUT/Vox Populi foi divulgada hoje, com pesquisas feitas nos dias 22 e 23 de outubro (íntegra aqui).
Vamos analisar de trás para frente, começando pelas informações menos divulgadas da pesquisa, depois vamos até os dados gerais de intenção de voto.
A pesquisa traz uma pergunta sobre a influência das duas redes sociais mais populares na formação do voto, certamente visando entender qual o peso das “fakes news” no primeiro turno.
Segundo o Vox, apenas 6% dos entrevistados responderam que informações recebidas pelo whatsapp os fizeram mudar o voto para presidente. A maioria esmagadora, 94%, respondeu que nem whatsapp, nem facebook, tiveram influência sobre sua decisão.
A mesma pergunta, quando estratificada, trazem respostas praticamente inalteradas para todos os segmentos.
O Vox também trouxe dados relativos à rejeição dos candidatos. A rejeição de Haddad, estimada em 41%, permaneceu inalterada. Jair viu sua rejeição oscilar dois pontos para cima, atingindo 40%.
Na estratificação por região, temos uma rejeição muito alta de Bolsonaro no Nordeste, de 59%. Nas outras regiões, porém, é Haddad que tem problema sério de rejeição: 48% no Sudeste.
Em outras tabelas estratificadas, Haddad tem rejeição alta entre eleitores homens, 47%, mais instruídos e com renda acima de 2 salários. A rejeição do petista entre eleitores com renda acima de 5 salários é de 57%.
O Vox Populi mostra um quadro eleitoral bastante consolidado, com 92% dos eleitores decididos, sem pretensão de mudar de ideia. Este percentual está 3 pontos acima da última pesquisa, da semana anterior. O número de eleitores que ainda consideram mudar de voto oscilou 2 pontos para baixo, para 6%. Apenas 2% dos eleitores afirmaram que ainda não decidiram seu voto.
Na pesquisa de intenção de voto, o Vox Populi identificou o aprofundamento da divisão classista do voto. Haddad cresceu 5 pontos entre mais pobres, com renda até 2 salários, mas caiu 9 pontos entre eleitores com renda superior a 5 salários, e oscilou para baixo 1 ponto entre eleitores que ganham entre 2 e 5 salários.
Bolsonaro, por sua vez, perdeu 4 pontos entre eleitores que ganham até 2 salários, mas ganhou 5 pontos entre eleitores com renda maior que 5 salários, e permaneceu com 49% entre eleitores da faixa intermediária (2 a 5 salários).