Do Facebook de José Maria Rangel

Ontem fomos surpreendidos com a notícia de que fiscais do TRE, de maneira truculenta, entraram sede de Macaé do SindipetroNF para recolher materiais que o sindicato distribui há muitos anos.

O Sindicato, assim que soube, mandou representantes da diretoria para dialogar com os fiscais do TRE. Não satisfeitos, os fiscais pularam o muro do local e sob a ameaça de tiros, agiram com a truculência que prega o candidato a presidência Bolsonaro para recolher um material que o sindicato nunca escondeu, pois é divulgado nas mídias da entidade. O sindicato agiu como sempre, com toda transparência e dentro da lei. 

[Veja abaixo parte do vídeo, que pode ser vizualizado aqui]

Os materiais que teriam sido considerados propaganda irregular foram: o periódico semanal do sindicato Boletim Nascente e o jornal Brasil de Fato, meio de comunicação tradicional, legal e respeitado no meio jornalístico nacional. O sindicato que sequer mexeu na tiragem do seu boletim semanal e continua fazendo um trabalho que faz há decadas, em qualquer período, incluído os períodos eleitorais anteriores, informando a categoria e a sociedade sobre posições que acreitamos serem as melhores para o país: soberania em energia, fortalecimento da Petrobrás e uma sociedade igualitária.

Há, ainda, um fato muito preocupante: somente os fiscais do TRE tinham posse das fotos que foram tiradas no local, portanto, eles deliberadamente vazaram as imagens de dentro da entidade de maneira irresponsável, abrindo a possibilidade para o caso virar um factóide e uma “fake news”.

Está cada vez mais claro que as regras mínimas de democracia e republicanismo foram jogadas as favas no nosso país. Não podemos ser um país com paz e justiça com fiscais invadindo sedes e ameaçando atirar nas pessoas. Não teremos nunca justiça se o próprio órgão que deveria julgar com equilíbrio, vaza imagens justamente para quem fez a denúnncia.

Seguiremos fortes na resistência e prontos para esclarecer qualquer ponto que for necessário. Não há crime algum no que o SindipetroNF fez e faz seguidamente há vários anos e, por isso, não tememos o debate justo e legal. Solicitaremos os jornais de volta e todos esclarecimentos pertinentes aos órgãos da justiça sobre este episódio.