Na Exame
Economistas lançam manifesto pró-Haddad; Prêmio Nobel está na lista
Também assinam Dani Rodrik, Bernard Appy e o inglês John Williamson, que criou em 1989 o termo “Consenso de Washington”
Por João Pedro Caleiro
São Paulo – Um grupo de economistas lançou nesta quinta-feira (17) um manifesto de apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições presidenciais.
Entre os signatários está o americano George Akerlof, vencedor do Prêmio Nobel em Economia em 2001 e marido de Janet Yellen, ex-presidente do banco central americano, o Federal Reserve.
“Os signatários desse manifesto têm posições distintas sobre economia; alguns são, inclusive, críticos contundentes de políticas econômicas adotadas pelos governos do Partido dos Trabalhadores (PT). O que está em jogo agora, contudo, é o regime democrático brasileiro e as instituições do Estado de direito”, diz o texto.
Eles destacam que alguns valores são “inegociáveis”, como as liberdades individuais e o enfrentamento das desigualdades, e prometem postura “crítica e vigilante” a quem quer que seja o eleito.
Também estão na lista Yanis Varoufakis, ex-ministro da Economia da Grécia, e o turco-americano Dani Rodrik, professor em Harvard, que explicou seu posicionamento em e-mail para EXAME:
“A principal razão pela qual assinei é porque acredito que Jair Bolsonaro representa uma linhagem muito perigosa de política, uma virada que eu realmente espero que o Brasil não tome. Sua marca de autoritarismo nativista não está fazendo muito bem para a Turquia, para a Hungria, ou nesse sentido mesmo para os EUA. E não será boa para o Brasil tampouco”.
A lista também conta com o americano James Galbraith e com o inglês John Williamson, que criou em 1989 o termo “Consenso de Washington”.
Ele reunia as 10 medidas de liberalização econômica então recomendadas pelas instituições sediadas na cidade, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, para promover o desenvolvimento econômico dos países da América Latina.
Entre os economistas brasileiros se destaca José Roberto Afonso, do Ibre/FGV, e Naercio Menezes Filho, especialista em educação e professor do Insper.
Outro nome presente é o de Bernard Appy, que participou do primeiro governo Lula e hoje dirige o Centro de Cidadania Fiscal.
Ele é o principal arquiteto da proposta de reforma tributária baseada no Imposto de Valor Agregado (IVA), encampada por grande parte dos candidatos no primeiro turno.
Appy também foi signatário do manifesto Democracia Sim e escreveu recentemente um artigo para o Estadão em que explica os motivos para seu posicionamento.
A lista também conta com economistas ligados a campanhas do primeiro turno como Nelson Marconi, professor da FGV e um dos coordenadores econômicos da campanha de Ciro Gomes, e Laura Carvalho, que colaborou com a campanha de Guilherme Boulos no PSOL.
Também assinam Luiz Carlos Bresser Pereira, ex-ministro dos governos Fernando Henrique Cardoso e Sarney, e João Sayad, secretário municipal e estadual em gestões petistas e tucanas.
Entre outros nomes próximos ao PT estão Luciano Coutinho, presidente do BNDES entre 2007 e 2016, e Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, consultor econômico do ex-presidente Lula.
Luiz Cláudio Pedroso da Fonseca
20/10/2018 - 12h56
É preciso entender o texto. O texto diz o seguinte: Lama é um produto natural e espontâneo e, como se sabe a muito tempo (isso é ciência natural), na natureza nada se perde, tudo se transforma.
Paulo
19/10/2018 - 19h25
Sabujada…
gN
19/10/2018 - 15h30
Pq a esquerda continua com essa mania de manifesto de irrelevantes? Manifesto de artistas, juristas, intelectuais e agora economistas estrangeiros (quem são os colonizados agora?)…acham q a população dá a minima?