É inegável que formou-se uma onda Ciro nas redes sociais.
Ao menos na bolha da esquerda, a quantidade de indecisos que declarou, nos últimos dias, voto no candidato do PDT é impressionante. Além da própria timeline – linha do tempo, em português – deste escriba ter sido tomada por novos ciritas, diversos relatos dão conta do mesmo fenômeno.
A grande motivação parece ser a tendência, segundo as últimas pesquisas, de que Ciro seja o candidato com mais chances de bater Bolsonaro no segundo turno.
A pergunta central dessa véspera do primeiro turno das eleições é, portanto: a onda Ciro terá força para levar o pedetista ao segundo turno?
Se ela, a onda, ficar restrita à bolha da esquerda de classe média nas redes sociais, certamente não.
Se se estender às camadas populares e aos eleitores de outros candidatos que, para fugir da escolha entre PT e Bolsonaro, decidam votar em Ciro na última hora, a chance de uma reviravolta passa a existir.
Ciro usou, acertadamente, o argumento de que ganha de ambos no segundo turno, segundo as pesquisas, na sua última fala no debate da Globo.
A ida do pedetista ao segundo turno segue improvável. Não é, entretanto, uma hipótese absurda.
P.S.: Recomendação para este sabadão pré-eleição: Ciro jantando com farinha os entrevistadores/porta-vozes do capital na sabatina do Estadão e FAAP. Divirtam-se.