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Roteiro do Podcast
Olá, minhas amigas e amigos, eu sou Miguel do Rosário, editor do blog Cafezinho, hoje é sexta-feira, 21 de setembro de 2018, e eu falo do Rio de Janeiro.
No último podcast, a gente conversou sobre se Ciro Gomes ainda estava no jogo, ou se podia já ser considerado uma carta fora do baralho.
Durante os últimos meses, Ciro já foi descartado por analistas inúmeras vezes. Quando não conseguiu apoio do PSB, quando Lula avançava nas pesquisas, e, por fim, quando começou, desde semana passada, a migração em massa do voto lulista para a candidatura de Fernando Haddad, Ciro era sempre descartado. E, no entanto, ele resistiu a tudo isso.
Na última pesquisa Datafolha, aparece com 13% das intenções de voto, apenas 3 pontos atrás de Fernando Haddad, que tem 16%.
Ciro e Haddad estão, portanto, empatados tecnicamente.
A pergunta do podcast anterior, portanto, foi respondida pelo último Datafolha: sim, Ciro está no jogo.
Nenhuma pesquisa é perfeita, mas o fato é que este levantamento Datafolha, em particular, foi um dos mais abrangentes já feitos, com quase 9 mil entrevistas, além de ser o mais recente.
O Ibope divulgado dias antes, havia entrevistado pouco mais de 2 mil e quinhentas pessoas.
A pesquisa de campo do Ibope foi feita entre os dias 16 e 18 de setembro, a do Datafolha, nos dias 18 e 19.
E por que Ciro resiste?
O pedetista não tem tempo de TV, não tem um partido grande, não tem recursos financeiros para fazer uma campanha milionária, como tem candidatos como Bolsonaro, Haddad e Alckmin. E não tem um “padrinho” famoso, como tem Haddad, por exemplo, que recebe os votos que os eleitores gostariam de dar a Lula.
Por que, mesmo assim, Ciro se mantém firme com seus 13%, provocando agitação no PT, quando o PT já dava como certa a presença de seu candidato no segundo turno?
Vamos olhar a própria pesquisa Datafolha em busca de algumas respostas.
Onde está a força de Ciro?
Em primeiro lugar, entre os jovens.
Entre jovens até 24 anos, segundo o Datafolha, Ciro Gomes pontuou 19%, cinco pontos acima de Haddad, embora ainda atrás do líder no segmento, Bolsonaro, que tem 26% entre eleitores dessa faixa etária mais jovem.
Entretanto, essa mesma faixa etária, 16 a 24 anos, é a que mais rejeita Bolsonaro: 55% desses jovens não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro.
Ciro tem base eleitoral distribuída equilibradamente em todas as faixas de renda, à diferença de Bolsonaro, muito mais forte entre mais ricos do que entre os mais pobres, ou Haddad, muito mais forte entre os mais pobres, do que entre os mais ricos.
E quando usamos o termo “rico”, não estamos falando de milionários com helicópteros, mas famílias remediadas, de classe média, que ganham 5 salários de renda familiar, ou seja gente muito simples, embora economicamente posicionadas acima da renda de famílias brasileiras mais pobres que elas.
Na primeira faixa de renda apurada pelo Datafolha, com eleitores com renda familiar até 2 salários, Haddad e Bolsonaro lideram, com 20%, e Ciro fica em terceiro, com 13%. Na segunda, 2 a 5 salários, Bolsonaro lidera com 34%, e Ciro e Haddad empatam com 14%. Na faixa de renda seguinte, 5 a 10 salários, Bolsonaro lidera de maneira ainda mais isolada, com 40%, e Haddad e Ciro tem ambos 15%.
Ciro tem uma vantagem, porém, sobre Haddad: uma rejeição muito menor na classe média e entre eleitores mais instruídos.
Segundo o mesmo Datafolha, a rejeição de Haddad junto ao eleitorado com renda familiar de 2 a 5 salários já é de 34%, contra 24% de Ciro. Bolsonaro tem rejeição de 40% nesta faixa do eleitorado.
A rejeição de Haddad cresce rapidamente conforme sobe a renda, até chegar a 54% entre eleitores com renda familiar superior a 10 salários (onde Bolsonaro tem rejeição de 35%, e Ciro, de 28%).
Entre eleitores com ensino superior, a rejeição a Haddad é de 43%, superior a de Bolsonaro, que é de 42%. Ciro tem rejeição baixa, de 26%, entre eleitores com ensino superior.
Entre eleitores homens, a rejeição de Haddad é de 35%, empatada tecnicamente com a de Bolsonaro, que é de 37% entre homens.
O Datafolha pesquisou ainda o desempenho dos candidatos em alguns estados e capitais.
Um dos melhores desempenhos de Ciro, fora do Nordeste, é no Rio de Janeiro, onde tem 13% no estado, contra 11% de Haddad, e 14% na capital fluminense, contra 12% de Haddad.
Desgraçadamente, Bolsonaro tem 38% dos votos no estado do Rio, e 36% na capital.
O Datafolha pesquisou ainda quem é o segundo melhor candidato do eleitor. Ou seja, se você, por alguma razão, não quiser mais votar no seu candidato atual, você o substituiria por quem?
Em primeiro lugar nesse ranking, vem Ciro Gomes, com 15%, seguido de perto por Marina, com 13%, e Alckmin e Haddad, com 12%. Bolsonaro vem em seguida, com 11%. No estado do Rio de Janeiro, Ciro é a segunda opção de 17% dos eleitores. Na capital, é a segunda opção de 19% dos eleitores.
Essa parte da pesquisa é importante para entendermos para onde podem ir os eleitores, caso mudem de ideia em relação a seu candidato.
Por fim, falemos de segundo turno. Ele também nos ajuda a entender a conjuntura.
O Datafolha simulou um segundo turno entre Ciro e Haddad. No caso, Ciro venceria por 42% a 31%.
Ciro é o candidato que obtêm a melhor pontuação no segundo turno, alcançando 45% das intenções de voto quando confrontado com Bolsonaro, que teria 39%.
Num eventual segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, por sua vez, o petista empataria com o militar em 41%.
Essa diferença se explica pelas dificuldades de Haddad de atrair, num eventual segundo turno, eleitores de outros campos políticos. Por exemplo, num eventual segundo turno entre Haddad e Bolsonaro, apenas 24% dos eleitores simpáticos ao PSDB declaram voto em Haddad.
Ainda num cenário entre Haddad e Bolsonaro num eventual segundo turno, segundo a Folha, apenas 30% dos eleitores sem partido declaram voto em… Haddad.
Já num embate entre Bolsonaro e Ciro, o pedetista receberia 44% dos votos de eleitores que tem o PSDB como partido favorito.
Entre eleitores sem partido, 38% escolheriam Ciro num eventual segundo turno entre ele e Bolsonaro.
A conclusão que podemos chegar é que Haddad e Ciro disputam ombro a ombro uma vaga no segundo turno com Bolsonaro. Haddad tem a vantagem de ser o herdeiro de Lula, mas também arrasta a pesada rejeição do PT na classe média, além do desgaste inevitável que o partido enfrenta por seus 13 anos à frente do governo. Haddad tem generoso tempo de TV e ainda é o favorito para o segundo turno.
Ciro, por sua vez, é um candidato mais leve num eventual segundo turno com Bolsonaro. Com rejeição baixa, teria, em tese, mais facilidade para atrair o eleitor de centro, incluindo aqueles que não gostam do PT, mas que também não gostam de Bolsonaro.
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