A pesquisa FSP/ BTG Pactual divulgada hoje, com pesquisas realizadas nos dias 16 e 17 (baixe a íntegra aqui), mostram o descolamento dos três principais candidatos: Bolsonaro, Haddad e Ciro Gomes.
Bolsonaro subiu para 33%, Haddad para 16% e Ciro para 14%.
Geraldo Alckmin e Marina caíram para a segunda divisão: estão com em 6% e 5%, respectivamente, empatados com João Amoedo, que tem 4%.
O crescimento de Haddad já era esperado, e mesmo assim é surpreendente assistir a migração massiva de votos de Lula para seu substituto.
Chama atenção ainda a resistência de Ciro Gomes, mesmo com o avanço firme de Fernando Haddad sobre um eleitorado similar, impulsionado por generoso tempo de TV, uma quantidade bem maior de recurso de campanha, além do uso da imagem de Lula.
Haddad também assistiu a um crescimento vigoroso na pesquisa espontânea, para 12%, o que o descola de Ciro Gomes, que tem 8%, embora ainda muito atrás dos 30% de Bolsonaro.
O voto em Haddad é muito consolidado. Neste quesito, o petista está parecido com Bolsonaro. Os eleitores de Haddad estão bastante firmes.
O potencial de crescimento de Haddad é alto, vide que o percentual de eleitores lulistas dispostos a votar nele, por causa do apoio do ex-presidente, disparou para 30%.
O apoio de Lula, porém, traz também uma rejeição forte. Ainda há quase 60% (mais precisamente, 57%) dos eleitores que afirmaram que não votariam em Haddad “de jeito nenhum” em função do apoio de Lula.
Entre eleitores com renda familiar acima de 5 salários, 73% afirmaram que não votariam “de jeito nenhum” no candidato apoiado por Lula. Um percentual semelhante (74%) de eleitores com nível superior também não votaria “de jeito nenhum” em Haddad.
Essa rejeição se reflete no segundo turno. Bolsonaro obtêm sua melhor pontuação num confronto com Haddad. O capitão venceria o petista por uma diferença de 8 pontos: 46% X 38%.
Na disputa com Ciro Gomes, por sua vez, há empate rigoroso entre os dois em 42%.
Bolsonaro venceria Alckmin por 43% X 36%, uma diferença de 7 pontos.