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Marcia Tiburi aposta em articulação das polícias do RJ com a PF; ‘Exército está sendo humilhado’
Candidata do PT ao governo de RJ foi entrevistada por jornalistas da CBN e G1. Professora destacou o machismo na política e disse que “os homens destruíram o Estado do Rio”.
11/09/2018 12h48 Atualizado há 4 horas
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Marcia Tiburi, candidata do PT ao governo do Rio de Janeiro, afirmou que pretende articular as polícias do estado com a Polícia Federal e fez críticas à Intervenção Federal. “O Exército está sendo humilhado”, disse. Tiburi foi a segunda entrevistada na série de sabatinas do G1 e da CBN, que vai até o dia 25.
Ainda sobre segurança, Tiburi afirmou que pretende transformar as UPPs existentes em “Centros de Defesa da Cidadania”, com policiais e psicólogos. “Temos que usar a inteligência, cancelar essa guerra. Não vamos mais produzir uma polícia que mata. Quem fala que ‘bandido bom é bandido morto’ não entende de segurança”, afirmou.
A petista afirmou que não manteria a intervenção. “As pessoas foram convencidas de que a Intervenção é a única saída. Não podemos manter. Os números não são bons. Mais mortes, mais tiroteios. Vendem uma ideia de que estão resolvendo”, afirmou.
“Se as nossas polícias estiverem organizadas, não precisaremos do Exército. O Exército está sendo humilhado”, continuou.
Tiburi também prometeu melhorar a formação dos policiais. “O PM hoje está tão abandonado e desprotegido quanto o cidadão”, afirmou, criticando o “Estado genocida que manda matar e deixa morrer”.
Machismo
A professora admitiu que não é muito conhecida. “É uma tentativa de renovar o PT do Rio de Janeiro”, explicou. Na sequência, falou sobre o machismo na política.
“As mulheres nunca fazem parte da política. Os homens usam a violência contra as mulheres, numa sociedade patriarcal como a nossa, para se manter no poder. Tanto que a gente vê essa equação funcionando”, disse.
“O RJ é o estado com a maior população feminina do Brasil e tem a penúltima menor representação parlamentar, perdendo só para o Espírito Santo. Podemos dizer que o Rio de Janeiro é muito machista”, continuou.
“As mulheres sempre ficaram de fora. Os homens destruíram o Estado do Rio.”
Corrupção
A petista afirmou que não apoiaria futuras ações da Lava Jato no estado caso seja eleita. “A Lava Jato não é honesta. Houve muita propaganda. Fizeram o golpe e usaram a Lava Jato de verniz”, disse.
“Qualquer governante honesto precisa enfrentar a corrupção. Não é só o pequeno roubo, o grande roubo, produzido do desvio. A corrupção está no sistema”, disse.
“Não adianta simplesmente combater um Cabral e não combater todo o time que o acompanha há muito tempo. Não adianta o PT lutar contra a corrupção e o próprio PT não fazer uma renovação do seu quadro, o que está se propondo com a minha candidatura”, continuou Tiburi.
Tiburi justificou sua candidatura dizendo que “as viúvas do Cabral têm de se acostumar com novos nomes”. “Estamos num golpe de Estado. O PT ficou muito atrelado ao PMDB e aos donos do Rio de Janeiro”, disse. “As pessoas não sabem que sou candidata. Não sou conhecida. Não faço parte desse grupo. Tem uma certa corja que toma conta do Rio de Janeiro”, emendou.
Tiburi afirmou que, ao contrário do caso do Lula, “as provas de Cabral existem”. Segundo a candidata, ele cometeu “atos delirantes, crimes horríveis”.
Pinga-fogo
É a favor da legalização do aborto? Sim
É a favor da concessão do metrô à iniciativa privada? Não
É a favor das Organizações Sociais na Saúde? Não
Dará continuidade ao projeto das UPPs? Não
É a favor da descriminalização da maconha? Sim
É a favor da concessão do Maracanã à iniciativa privada? Não
É a favor do sistema de cotas nas universidades? Sim
Apoia a redução da maioridade penal? Não
É a favor do acordo do Regime de Recuperação Fiscal? Não
É a favor de expandir o transporte das barcas? Sim
Dialogaria com o MBL, a quem chamou de ‘milícia midiática’? Não
antonio cajuela
12/09/2018 - 08h06
Impressionante e lúcida,Marcia Tiburi é renovação para o Rio.