Bolsonaro oscilou apenas 1 ponto para cima em São Paulo.
Com exceção de Marina, quase todos os outros candidatos cresceram. Aconteceu uma coisa que eu vinha especulando. O atentado em Bolsonaro acabou por prejudicá-lo, porque parte de seu eleitorado vinha alimentando a imagem de um “mito” invulnerável. Viram agora que Bolsonaro é de carne e osso, vulnerável e frágil como todo ser humano.
Além disso, parte do eleitorado pode ter sentido calafrios com o grau de polarização e ódios que a candidatura de Bolsonaro representa.
O crescimento de Ciro em São Paulo, por sua vez, sinaliza uma consolidação importante para a candidatura do pedetista no maior colégio eleitoral do país, e confirma um processo que se repete em outras regiões: há migração crescente de votos de Marina Silva, que é um voto progressista não petista, para Ciro Gomes.
Haddad, por sua vez, experimentou um crescimento de 2 pontos, e atingiu 7%, um nível importante para fincar pé em sua terra natal.
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No Estadão
Pesquisa Ibope: Em São Paulo, Bolsonaro mantém patamar de votos após ataque
Presidenciável oscila um ponto para cima nas intenções de voto (22% para 23%), aponta Ibope/Estado/TV Globo; houve redução significativa na parcela disposta a votar nulo ou em branco, de 20% para 15%.
Daniel Bramatti, O Estado de S.Paulo
10 Setembro 2018 | 18h50
Ao menos em São Paulo, o ataque ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) não o beneficiou eleitoralmente. Pesquisa Ibope/Estado/TV Globo realizada apenas com eleitores paulistas indica que o deputado e capitão da reserva tem 23% das intenções de voto nas eleições 2018, uma oscilação de apenas um ponto porcentual para cima desde o dia 20 de agosto, data da divulgação do levantamento anterior do Ibope.
Outros candidatos também tiveram oscilação positiva, dentro da margem de erro de três pontos porcentuais: Geraldo Alckmin (PSDB) foi de 15% a 18%, Ciro Gomes (PDT) de 8% a 11% e Fernando Haddad (PT) de 5% para 7%. Com isso, Alckmin reduziu sua distância em relação a Bolsonaro de sete para cinco pontos porcentuais. Com a margem de erro, os dois estão em situação de empate técnico – embora seja muito maior a probabilidade de o candidato do PSL estar na frente.
A candidata da Rede, Marina Silva, andou na contramão dos adversários: sua taxa de intenção de votos entre os paulistas oscilou de 10% para 8%. Houve redução significativa na parcela disposta a votar nulo ou em branco, de 20% para 15%. A taxa de indecisos variou de 9% para 6%.
João Amoêdo (Novo) passou de 2% para 5%. Ele é seguido por Henrique Meirelles (MDB), que passou de 1% para 3%, Alvaro Dias (Podemos, 2%), Guilherme Boulos (PSOL, 1%), Cabo Daciolo (Patriota, 1%) e João Goulart Filho (PPL, 1%). Os demais candidatos não pontuaram na pesquisa.
Bolsonaro foi esfaqueado quando participava de um evento de rua na última quinta-feira, em Juiz de Fora (MG). Seus filhos e porta-vozes afirmaram que isso faria com que as chances de vitória aumentassem.
O Ibope fez a pesquisa apresentando aos eleitores dois cenários: um deles com Fernando Haddad como o candidato do PT, e o outro sem candidato petista – já que, até o momento, a candidatura de Haddad não foi formalizada e o partido não indicou um substituto para Luiz Inácio Lula da Silva, impedido de concorrer por decisão do Tribunal Superior Eleitoral.
Nesse cenário sem PT, Bolsonaro aparece com 23%, seguido de Alckmin (19%), Ciro (12%) e Marina (9%).
O Ibope fez 1.512 entrevistas em 79 municípios paulistas, entre os dias 7 e 9 de setembro. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo BR‐07387/2018.
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Na disputa pelo governo do estado, a novidade é que Paulo Skaf, do PMDB, ultrapassou João Dória.
Paulo
10/09/2018 - 21h18
Aliás, é curiosa a nova “modalidade” de pesquisa acerca do índice de rejeição dos candidatos (Datafolha). Não há um único rejeitado, mas todos os entrevistados podem citar “todos quantos rejeitem”, o que equivale “a mais de 100% de rejeição, somados todos”, como o JN faz questão de mencionar. Eu vi um erro aí! Alguém mais viu?
Renato
10/09/2018 - 20h41
“porque parte de seu eleitorado vinha alimentando a imagem de um “mito” invulnerável. Viram agora que Bolsonaro é de carne e osso, vulnerável e frágil como todo ser humano.”. Poucas vezes li uma coisa tão idiota como essa. Miguel do Rosário vai acabar superando o blogueiro Eduardo Guimarães no quesito escrever idiotices !
Miguel do Rosário
10/09/2018 - 20h51
ué, por que rs?
Paulo
10/09/2018 - 20h21
O voto paulista é conservador. PT não tem chances em SP, e Haddad menos ainda, já que nem entre o eleitorado paulistano – mais “liberal” – se fez respeitar, após uma gestão fraca na Prefeitura…
zazul
10/09/2018 - 22h08
Gestão fraca só mesmo para os antipetistas. Hadddad cumpriu suas promessas de campanha, saneou finanças, quebrou esquemas de corrupção na prefeitura. Governou para as pessoas, sem populismo nem jogadas baratas de marketing. Sua administração é elogiada por especialistas no mundo todo e ganhou grau de investimento. O antipetismo é tão estúpido que agora vai votar novamente em Dória pra governador, mesmo depois dele ter usado a prefeitura de SP como plataforma pra suas ambições e governado a maior cidade do país pelo celular enquanto passeava pelo mundo e fazia campanha antecipada pela presidência. Povo midiotizado e mesquinho.
Serg1o Se7e
11/09/2018 - 08h48
Zazul, ele tem 7% de intenção de votos onde foi prefeito.
Se ele governou para as pessoas, pessoas ingratas essas, não?!