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Propaganda de TV não elegerá presidente

Reproduzimos abaixo, via Conversa Afiada, um artigo de Mauricio Moura, fundador de um instituto de pesquisa, que está circulando muito entre as campanhas políticas neste sábado, porque ajuda a explicar alguns fenômenos em curso. *** No Conversa Afiada Propaganda da TV não elegerá o Presidente Moura explica por que Ciro e Bolsonaro aparecem bem nas […]

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Reproduzimos abaixo, via Conversa Afiada, um artigo de Mauricio Moura, fundador de um instituto de pesquisa, que está circulando muito entre as campanhas políticas neste sábado, porque ajuda a explicar alguns fenômenos em curso.

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No Conversa Afiada

Propaganda da TV não elegerá o Presidente

Moura explica por que Ciro e Bolsonaro aparecem bem nas pesquisas

O Conversa Afiada publica da Fel-lha artigo de Mauricio Moura, fundador do Ideia Big Data, em resposta à pergunta “A propaganda na TV ainda será determinante para esta eleição presidencial?”:

Locais do Rio de Janeiro como praça Onze e Cidade Nova se tornaram grandes berços do samba. Com a sua popularidade, compositores, músicos e passistas se reuniam para exibir seus talentos, formando associações que competiam umas contra as outras.

A formação desses grupos levou ao surgimento das escolas de samba, com o primeiro desfile oficial em 1932. Nos primórdios, as escolas eram julgadas por basicamente dois quesitos: bateria e abre alas (comissão de frente). O tempo passou, e o carnaval moderno agregou mais sete quesitos. As campanhas eleitorais também seguiram o mesmo enredo.

Como aumentaram as alegorias relevantes, suas complexidades e o que é decisivo, a propaganda eleitoral na TV perdeu protagonismo para outros adereços.

Acabou a era de estruturas internas segmentadas das campanhas políticas. Antigamente, era comum a divisão: “a campanha de rua”, “a campanha de TV/rádio” e “a campanha digital”.

Atualmente, existe uma campanha somente que integra todas as partes de maneira eficiente. Um exemplo: o conteúdo produzido pelos(as) candidatos(as) nas ruas com um smartphone passa pela TV, enriquece as redes sociais, acaba no rádio e surge no WhatsApp. Mesmo candidatos com muito tempo de TV precisam desses outros elementos efetivos e integrados para ter êxito.

Abriram-se também as alas para o smartphone. O acesso a esse tipo de tecnologia aumentou no Brasil. Segundo pesquisa da FGV de 2018, o país já supera a marca de 220 milhões celulares ativos nessa categoria. Os brasileiros acessam a internet via smartphone em média 30 vezes por dia, e a maioria absoluta utiliza o celular para dialogar e acompanhar grupos de discussão.

Ou seja, a eleição presidencial vai passar predominantemente nas telas dos telefones e consequentemente nos grupos de WhatsApp. Essa onda já foi relevante nas eleições presidenciais da Colômbia e do México e vai se repetir aqui no Brasil.

Em paralelo, a audiência da propaganda de TV —os programas eleitorais de cerca de dez minutos— apresenta evolução negativa a cada ciclo eleitoral.

Em 2008, a audiência do programa eleitoral em São Paulo e no Rio Janeiro atingiu o ápice de 22 pontos percentuais. Em 2016, esse índice caiu para 6 pontos.

Nesse período, os “spots” comerciais (filmes de 30 segundos durante intervalos comerciais) ganharam força. Todavia, em 2018 o período de exibição desses filmes rápidos na TV diminuiu (pelo simples fato de a campanha eleitoral ter ficado mais curta) e, com isso, o impacto de cada “spot” nos eleitores recuou.

Os especialistas em mídia pregam que frequência é tudo: menos frequência, menor impacto. Além disso, os comerciais de TV disputam a atenção dos eleitores com o telefone celular.

Para completar, o pleito brasileiro apresenta uma particularidade adicional. Candidatos com pouquíssimo tempo de propaganda na TV estão bem colocados nas pesquisas. Isso faz com que tenham cobertura diária dos telejornais. Essa presença constante na mídia espontânea anestesia a carência de “spots” comerciais e dilui o efeito da propaganda oficial.

Portanto, a apoteose desta campanha vai exigir muito mais adereços que somente a propaganda na TV. O quesito conjunto (integração) será a porta-bandeira da eleição, e o smartphone o mestre-sala. As fantasias vão desfilar nos grupos de WhatsApp. E somente a bateria da TV não vai garantir a vitória na apuração dos votos.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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gN

08/09/2018 - 23h06

Quem ainda tem paciência para assistir horário de propaganda eleitoral?

frederico costa barros

08/09/2018 - 18h39

Espero que ainda influencie porque senão como se fará chegar as massas que o Haddad é Lula?

Luiz Barreto

08/09/2018 - 17h00

Normalmente não leio O Cafezinho mas gostaria de parabenizá-lo por não estar dando palanque para o esFAKEado!

    Renato

    08/09/2018 - 23h57

    Bolsonaro e seu primeiro lugar nas pesquisas , com 22% dos votos, não vão nem dormir essa noite por não serem destaque em O Cafezinho !

J. Melo

08/09/2018 - 15h36

Dezenas de milhões desempregados na republica das bananeiras. Dezenas de milhões com o nome sujo na república dos banqueiros parasitas;
É o resultado do golpe, com nazifascismo rampante.

    Renato

    08/09/2018 - 23h58

    Resultado do golpe que Dilma deu no povo brasileiro !

Foo

08/09/2018 - 14h26

Em tempo: num país onde 1/3 da população tem acesso limitado à Internet, rádio e televisão ainda podem ser um fator importante na decisão.

Não *determinam* o resultado, mas podem fazer uma diferença decisiva.

Foo

08/09/2018 - 14h23

Que analise tosca.

É claro que a propaganda, por si só, não vai eleger ninguém.

Mas numa disputa acirrada, onde 3% dos votos podem ser a diferença entre vitória e derrota, a propaganda pode fazer a diferença.

Capanema

08/09/2018 - 12h18

“Vamos matar gente” (Gleisi)
“Vamos fuzilar” (Mauro Iasi)
“Vão apanhar nas ruas” (Dirceu)
“Não haverá redenção sem derramamento de sangue” (Benedita).
“Vamos receber Moro e sua turma na bala” (Ciro)

“Vamos metralhar os Petralhas” MEU DEUS! ESSE CARA TEM QUE SER PROCESSADO POR INCITAÇÃO À VIOLÊNCIA….

    Foo

    09/09/2018 - 10h49

    Gleisi nunca falou isso.

hocuspocus

08/09/2018 - 11h22

Pensar que essa cojuntura em que nós estamos ( a dependência da propaganda e sua penetração)sería facilmente contornável se uma das duas opções possíveis( não são as únicas) em relação aos analfabetos políticos fosse aplicada.As opções aplicáveis são : –ensino das teorías e doutrinas políticas desde cedo ,com ênfase suficiente como para ser mais importantes que a matemática e o português– (um péssimo estudante de matemáticas não é nem um pouco perigoso à sociedade se comparado com um analfabeto político), a outra,mais perigosa ,é o voto facultativo (opção democrática).
Resulta incrível que um pagador de impostos não se preocupe com quem vai a administrar seu dinheiro (na sua visão básica,já que político não é somente um administrador).

    degas

    08/09/2018 - 14h50

    Que maravilha! Eis aí o ideal da “educação” petista em todo o seu esplendor: esquecer essa bobagem de matemática e português para doutrinar politicamente o ignorante de pai e mãe. Não é por acaso que o Brasil desceu a ladeira em termos educacionais durante o desgoverno da gang.

    Mas é ainda mais fácil, meu caro mágico. Para assegurar a boa vida de malandros como o seu deuslula basta destruir o ensino tradicional. Veja os números. Entre os mais ou menos 7% de analfabetos ele tinha (e deve ter ainda) quase 90% de apoio. Entre os 20% quase analfabetos o seu apoio é só um pouco mais baixo. É aí, na ignorância total, que está a força do PT. Inclusive porque esse pessoal ganha pouco, não lê, quase não tem acesso à Internet, etc. Acima de quem tem Primeiro Grau completo e um mínimo de capacidade de pensar por si mesmo o deuslula já morre eleitoralmente.

Otelo

08/09/2018 - 11h07

Piada de Banqueiro, postada no Blog do Nassif

Dia quatro a revista Exame, do Grupo Abril, deu uma matéria descrevendo como banqueiros e investidores estão embarcando na canoa de Jair Bolsonaro como a opção mais viável contra a esquerda. Afinal, a piada do setor financeiro é: “Alckmin é o genro que todo pai gostaria de ter, com apenas um problema – as filhas não se apaixonam por ele”.


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