O golpe segue destruindo o Brasil. Os brasileiros que ainda tem algum dinheiro, estão transferindo-o para o exterior, antes deles mesmos, junto com suas famílias, se mudarem para outros países.
A Folha publicou hoje uma reportagem sobre o aumento expressivo de transferências em dinheiro de brasileiros, como pessoas físicas, para o exterior.
Nunca os brasileiros enviaram tanto dinheiro para o exterior, e isso num dos momentos mais dramáticos da nossa crise econômica e social.
Para ficar mais completa, a matéria deveria acrescentar informações sobre as transferências corporativas e empresariais, que naturalmente são muito maiores.
Os EUA continua sendo o principal destino, mas caiu em relação ao ano passado, provavelmente porque o país está se fechando para imigração.
Os brasileiros estão elevando suas transferências para Portugal e Canadá, que tem sistemas de imigração onde se permite “comprar” um visto permanente.
Chauke Stephan Filho
24/08/2018 - 15h48
Meus primos de Campo Grande estão indo embora do Brasil. Alegam que aqui seus filhos não teriam emprego, que as universidades federais estão reservadas para negros e índios e que as particulares eles não podem pagar.
Gustavo
24/08/2018 - 14h26
Acho o título sensacionalista demais. Ninguém foi expulso do país e “recorde” de remessa de dinheiro não é indicador de expulsão. No governo Dilma em 2011, houve um recorde de gastos de brasileiros no exterior, ou seja, mais dinheiro saindo daqui e indo pra fora e nenhuma conclusão nesse sentido foi realizada (até porque não faria nenhum sentido também).
A evolução dos meios de pagamento (a exemplo do paypal e demais) possibilita envio de dinheiro ao exterior com muito mais facilidades e taxas mais competitivas. Hoje vemos uma infinidade de ofertas de lojas e pessoas no exterior que só trabalham com pagamentos nessa linha (nada de cartão de crédito) e isso ajudaria a explicar essa remessas todas de pessoas físicas.
Adicionalmente não é o golpe que está fazendo com que pessoas avaliem ir embora com suas famílias (esse temor já era repetido como mantra na reeleição da Dilma). O que assusta é o grau de incerteza do que serão essas eleições (e isso é observado quando vemos a descrença na política por conta das pesquisas).
Nelson
22/08/2018 - 23h51
Concordo, Cepile, mas tenho que fazer um reparo. O “cambaleante governo Dilma” esteve, já desde o início do segundo mandato, submetido ao golpe. Ficou evidente por demais o conluio formado pela maioria do Congresso Nacional no sentido de inviabilizar o governo dela.
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Com isso não estou aqui a querer defendê-la cegamente. Ela não deixou de cometer barbeiragens aos quilos.
Alan Cepile
22/08/2018 - 09h59
O golpe agravou bastante, mas eu diria que esse cenário começou ainda no cambaleante governo Dilma.