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Análise Datafolha: Eleições polarizam entre lulismo e Bolsonaro

O Datafolha divulgou há pouco o relatório completo de sua pesquisa de intenção de votos para presidente da república. Vamos à nossa análise. Uma das primeiras tabelas nos ajuda a entender com mais clareza a força avassaladora da candidatura Lula. Ele é o único candidato realmente “conhecido” por todos os brasileiros. Apenas 1% dos entrevistados […]

40 comentários
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O Datafolha divulgou há pouco o relatório completo de sua pesquisa de intenção de votos para presidente da república.

Vamos à nossa análise.

Uma das primeiras tabelas nos ajuda a entender com mais clareza a força avassaladora da candidatura Lula.

Ele é o único candidato realmente “conhecido” por todos os brasileiros. Apenas 1% dos entrevistados disseram que não o conhecem.

Entre os candidatos mais conhecidos, além de Lula, estão, por ordem: Marina Silva (apenas 7% não a conhecem ), Geraldo (12% não o conhecem), Ciro (18% não o conhecem), Bolsonaro (21% não o conhecem).

Olhando mais de perto a tabela, ninguém chega perto do ex-presidente: 69% dos entrevistados responderam que conhecem Lula “muito bem” . Para efeito de comparação, o segundo lugar nesse quesito, Jair Bolsonaro, tem apenas 24% de “conhece muito bem”.

 

A intenção de voto espontânea de Lula disparou em relação à última pesquisa, provavelmente em virtude do registro da candidatura do ex-presidente. A pontuação dos candidatos mostra um processo eleitoral extremamente polarizado em dois campos opostos: lulismo x Bolsonaro. Os candidatos da direita foram absorvidos por Bolsonaro, os de esquerda, por Lula.

O apoio do ex-presidente Lula a um candidato ainda sofre forte rejeição: 48% responderam que não votariam “de jeito nenhum” num candidato apoiado por ele. Mas os números estão melhorando.

Uma parte crescente do eleitorado lulista parece já estar assimilando quem será o candidato apoiado por Lula. O eleitor lulista, que migrava para Marina e Ciro, começa a voltar os olhos para Haddad.

Agora vejamos as tabelas com a pesquisa estimulada. Eu fiz marcações em azul para os dados positivos para os candidatos, e vermelho para os negativos.

O primeiro dado a ser destacado, apesar de óbvio, é que Lula está 20 pontos à frente do segundo colocado, Bolsonaro: 39% X 19%.

Lula mantém uma maioria folgada entre o eleitorado com renda até 5 salários; a partir daí, perde feio para Bolsonaro.

Entre os mais pobres, que ganham até 2 salários, Lula tem 49%, contra 11% de Bolsonaro.

A força de Lula entre a juventude até 24 anos, já mostrada no Ibope, se confirma na pesquisa Datafolha: o ex-presidente tem 43% dos votos nesse segmento, contra 24% de Bolsonaro.

Lula é um fenômeno da Natureza, não há nem o que discutir muito sobre ele.

O que deveria preocupar o campo progressista é Haddad. O petista ainda está alarmantemente fraco nas pesquisas, com apenas 4%, apesar de muita gente já saber que ele será o candidato apoiado por Lula quando o TSE negar o registro do ex-presidente.

Entre o eleitorado menos instruído, que é onde Lula tem mais força, Haddad tem apenas 2%. Entre mais pobres, 3%.

Para efeito de comparação, Marina Silva tem 18% entre o eleitorado que tem apenas até o ensino fundamental; Bolsonaro 13% e Ciro 11%.

O eleitorado que tem até o ensino fundamental, segundo a base usada pelo Datafolha, representa 36% do eleitorado. Considerando apenas o eleitorado lulista, os votantes com instrução até o ensino fundamental, representam 46% de todas as intenções de voto do ex-presidente.

Esse é o maior desafio do PT: convencer o eleitor menos instruído, beirando o analfabetismo, que Haddad é o candidato de Lula.

A tabela abaixo confirma os temores já trazidos acima. Haddad tem alguns pontos fracos importantes. O ex-prefeito tem apenas 2% na região Sul, 1% no Centro Oeste e 2% no Norte. No Rio de Janeiro, Haddad tem apenas 3%.

A força de Bolsonaro é maior na região Sul, onde ele tem 30% dos votos, no cenário sem Lula.

 

A tabela abaixo, com o desempenho dos candidatos nas capitais, reitera uma realidade que sempre achei curiosa e divertida: o mau desempenho dos tucanos no Rio de Janeiro.

Com Lula, Geraldo Alckmin tem apenas 2% no Rio, capital. Sem Lula, ele oscila para 3%

Haddad também é bem ruinzinho no Rio: 4%. O melhor desempenho de Haddad é na capital paulista, onde tem 10%, abaixo de Bolsonaro (22%) e Marina (16%).

Ciro Gomes, por sua vez, tem o seu melhor desempenho na cidade maravilhosa: 13%.

A tabela da rejeição, estratificada, mostra porque Lula está preso e não deve obter seu registro eleitoral: ele continua sendo execrado pela elite.

Eu fiz uma tabelinha, com os números usados como base pelo Datafolha, para o leitor entender a proporção dos segmentos de renda na população total.

Como se vê, a população que ganha acima de 5 salários representa cerca de 14% da população total. Os que ganham mais de 10 salários de renda familiar, apenas 4%. Este setor da elite ainda guarda uma rejeição muito alta a Lula: 55% dos entrevistados disseram que não votariam “de jeito nenhum” no ex-presidente.

Entre os mais pobres, todavia, a rejeição a Lula é baixa, apenas 24%.

Bolsonaro, por outro lado, tem alta rejeição entre os mais pobres (41%), mulheres (43%) e jovens até 24 anos (46%).

Além de Bolsonaro e Lula, os outros candidatos tem rejeição relativamente baixa, e bem distribuídas entre os diferentes estratos sociais.

 

 

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Foo

24/08/2018 - 04h27

Escreva o que eu estou dizendo, Miguel: Bolsonaro não vai para o segundo turno.

Ele é fraco demais, falou bobagens demais, não tem apoios nem recursos.

Para azar da direita, seus votos serão pulverizados entre vários candidatos: Marina, Alckmin, Amoedo, e até Ciro (que não é nem de longe de direita).

    Alan Cepile

    24/08/2018 - 10h11

    Pode até acontecer, mas acho improvável que ele perca votos, basta ver nas pesquisas que quem vota nele já está decidido.

    O que eu acho é que ele não vai ganhar votos, pois aparentemente ele chegou no teto.

NeoTupi

23/08/2018 - 23h35

Não disse que você é direita, disse que seu comentário foi no padrão coxinha. Coisas como “Lula vai governar da cadeia se Haddad for eleito…”; “[PT] sem projeto de país (…) cheio de contradições nas alianças”; “divide país entre amor e ódio”; “ingovernável”; “Dilma=desastre=Haddad”. São todos chavões típicos dos comentários coxinhas dissociados da realidade da população de baixa renda. Reflita um pouco.

O único partido de massa que temos, com todos seus defeitos, é “tóxico” para que esquerda? A que não conseguiu até hoje construir outro partido de massa? Menos, né. Quem dera Psol, PCO e outros fossem alternativas reais de poder hoje, nestas eleições de 2018.

Auditoria da dívida é o maior auto-engano da esquerda. Tanto é que ninguém replicou a experiência do Equador (que só anulou uma parte pequena da dívida, em plena crise mundial de 2008, tendo petróleo como principal produto com barril a mais US$ 100 comprado pela China que não estava nem aí para moratória que atingiria investidores ocidentais). Isso não tem a menor viabilidade no Brasil, porque não adianta você provar que a dívida é injusta, que deveria muito menor, que deveria anular uma parte e só pagar um tanto de juros ao ano mais razoável, se precisa rolar e não conseguirá se quiser impor unilateralmente o que se paga. O que existe de fato sobre a mesa é decisão política de decretar a moratória, independentemente de qualquer auditoria. Isso sim é proposta de gente grande. Mas é revolução, é ruptura que tem suas consequências: Fim do crédito às exportações (fim de boa parte das exportações), desabastecimento de importados, crise bancária, corrida aos bancos (lembre do Siriza na Grécia que recuou quando começou o caos da corrida aos bancos), curralito, aumento inflação com o desabastecimento e escassez, desvalorização do Real, etc. Tudo isso provocando um caos inicial na economia pela ruptura, e com consequente elevação desemprego. Com alguns anos adiante pode compensar ao se ver livre de parte da dívida. Mas com mandato de 4 anos que existe no Brasil, quem consegue completar o ciclo de recuperação da moratória antes de devolver à oposição de direita o poder na próxima eleição? Eu estou cansado é dessas utopias de esquerda que não leva em consideração a massa da população pobre do Brasil que não tem rede de proteção social para aguentar o sacrifício inicial da moratória e o castigo do governo seguinte de oposição de direita.

Os cerca de 30% declarados de eleitores do PT não são ingênuos. Tem a visão das políticas de esquerda que transformaram a vida dos mais pobres. Sem os 14 anos do PT o salário mínimo não chegaria a R$ 400,00 hoje (cerca de US$ 100). Nos 14 anos o Brasil saiu do mapa da fome. O Nordeste teve crescimento chinês. A casa própria havia voltado a ser realidade para a baixa renda. O povo tinha emprego e pequenos produtores tinham mercado para sua produção com incentivos como o programa de aquisição de alimentos. A escolaridade da população mais pobre aumentou bastante.

Para setores intelectualizados da esquerda, de pessoas de classe média, pode haver decepção. Mas para a população mais pobre as políticas dos governos do PT foram transformadoras das suas vidas. “Só” por isso o PT continua sendo um partido de massas.

André Romero

23/08/2018 - 15h39

NeoTupi, antes de comentar a seguir ponto a ponto seu post, numa boa, me permita uma pergunta:
Como você pode falar de ‘antipetismo’, ‘ódio ao PT’, e etc. se você e outros aqui são os primeiros a rotularem qualquer opinião dos esquerdistas não-alinhados ao teu partido de ‘coxinhas’?
Agora, comentando:
1. Vai sonhando que o STF vai tirar Lula da cadeia: você está mais iludido do que vascaíno, meu amigo, sem ofensa…Lula de lá só sai com um indulto presidencial, escreva o que te digo. A briga dele com o STF (justa, ao meu ver), já esgarçou qualquer possibilidade futura de qualquer ‘boa vontade’ daqueles ministros pilantras. Agora a minha opinião: ele terá mais chances disso acontecer de forma menos traumática se for Ciro sendo eleito. Se Haddad lá entrar e resolver soltá-lo com uma canetada, toma um impeachment e nos jogará novamente no caos. Os inimigos que detém os tambores farão muito barulho.
2. Cara, tal qual em 64, embora manipulada, a maioria PEDIU esse golpe, gostemos ou não. O PT deu motivos de sobra para a mídia marrom deitar e se esbaldar na propaganda negativa e iludir essa turma. O fato das pessoas agora se tocarem da m* que defenderam, não invalida o fato acima. E tirar a responsabilidade do PT da reta, fingindo que ele não tem nada a ver com o ocorrido é ser mais do que parcial: é ser obtuso, para dizer o mínimo.
E pode ter certeza que o país entrará dividido à beça nessas eleições, um risco enorme de perpetuação desse caos. Se Haddad entrar, esse Judiciário vai travar seu governo no que puder, como fez com a Dilma e esses falsos juízes da Lava-Jato vão continuar aterrorizando.
Minha opinião: as pessoas que apóiam Haddad querem na verdade uma volta dos tempos de Lula, mas a última experiência do PT no Poder foram os 6 anos da Dilma, que ninguém quer lembrar. Daí o PT enfrentar uma resistência muito perigosa, que pode beneficiar o Bolsonaro. Esse é o grande perigo, um risco enorme.
3. O tal projeto que você fala, copiado na cara dura do que Ciro vem pregando há tempos (inclusive com os mesmos detalhes e números), o PT jamais apresentou em seus 13 anos, sejamos honestos. Vão implementa-lo agora? E com qual força política, com esse Congresso que é exatamente o mesmo que derrubou a Dilma?
Ciro, ao meu ver, justamente por não ser do PT, tem muito mais força política para propor as mudanças necessárias e as medidas que desagradam ao Sistema, pois a ele não se pode colar rótulo nenhum. Muito analista concorda com esse postulado. Já com Haddad, por mais simpático e afável que ele seja, qualquer proposta mais ousada que o PT queira implementar ano que vem seria contra torpedeada de pronto, sendo rotulada de “revanchismo”. Guarde isso.
4. Isso é propaganda, meu camarada. Duas hipótese: (1) se for para entrar e continuar a fazer aquele rame-rame de programas sociais igual ao de seus governos anteriores, para mim é melhor nem entrar e dar passagem para um governo comprometido com reformas estruturais, que vá à origem da miséria; (2) se for para entrar e propor mudanças sérias, vai cair no problema que já coloquei aqui.
5. Essa estratégia, goste eu dela ou não, é valida, nada a dizer. A única estratégia obscena foi lá atrás, a de tentar neutralizar Ciro no mesmo campo, mas aquilo são favas contadas, não adianta mais colocar em discussão. Apenas aguardamos todos os resultados.
6. Cara, seja mais crítico e menos apaixonado: Dilma fez um governo péssimo. Tal qual Lula, continuou sem fazer reforma nenhuma e surfou nas commodities até onde deu. Quando essas desabaram de 2013 para 14, o governo dela foi pro saco. Não fez reforma rigorosamente nenhuma. Essa recessão começou lá atrás, em 2014, no meio do 1o mandato dela. Se aliou desde o 1o mandato com Michel Temer, a quadrilha do PMDB e os partidos nanicos fisiológicos, deu um cavalo-de-pau à Direita e fez um governo mais fisiológico do que eu vi o Sarney fazer na década de 80 (que eu achava que seria impossível alguém supera-lo). Nunca vi tanto político pilantra, nanico e corrupto como Ministro num governo como o que eu vi no dela. Daí o meu problema em aceitar essa turma novamente. Confesso que para mim é um dilema.
Abraço.

    NeoTupi

    24/08/2018 - 02h23

    Caro Romero, não rotulei ninguém, disse que o comentário foi coxinha, porque os argumentos usados foram os mesmos dos coxinhas: “Lula vai governar da cadeia se Haddad for eleito…”; “[PT] divide o país entre amor e ódio” (que eu saiba quem divide é a direita com campanha de ódio); “Dilma=desastre=Haddad”; etc.

    E eu não faço parte do PT, sou eleitor do PT por pragmatismo. Moro no Rio e já votei útil no Psol na última eleição, porque Jandira Feghali do PCdoB ficou sem chance de ir ao segundo turno. Se morasse no Maranhão teria votado em Flávio Dino do PCdoB em todas as eleições que ele disputou, inclusive as passadas, sem apoio oficial do PT, apesar da base ter votado em Dino.

    1. O STF vai revogar a prisão após segunda instância. Não é por boa vontade com Lula, é porque está levando para cadeia todo mundo que perde recurso em segunda instância. Não prende só políticos, prende também filhinhos de papai, empresários, banqueiros, clientes das grandes bancas de advocacia que tem ministros amigos nos tribunais superiores.
    Além disso Lula preso após as eleições é improdutivo para o golpe. Causa dificuldades para os ministros do STF quando vão ao exterior ter de ficar explicando, causa dificuldades para qualquer presidente da república eleito que vá ao exterior. Autoridades estrangeiras em visita ao Brasil se manifestarão sobre a situação de Lula.
    Com indulto presidencial é que ele não sai, pois no Brasil não existe indulto para uma pessoa (nos EUA existe o perdão presidencial). No Brasil existe indulto para todos os presos que atendem os critérios do indulto.

    2. Acho que suas avaliações estão muito contaminadas pelo noticiário, que conta a história dos “vencedores”.
    A maioria silenciosa não pediu esse golpe coisa nenhuma, assim como em 64 a maioria silenciosa não pediu o golpe, tanto que Jango tinha mais 60% de popularidade. Em 2016 a maioria não pediu o programa ponte para o futuro, não pediu a reforma escravagista, não pediu governo do PMDB. Tirando os coxinhas, a maioria silenciosa ficou cética e neutra. Queria mudança no sistema político todo, queria até trocar todo mundo, mas não queria e não se mexeu para trocar Dilma por outro político pior como Temer.
    O PT cometeu muitos erros sim, mas todo mundo que exerce o poder comete. A história é escrita por linhas tortas. Não existe perfeccionismo em relações complexas de poder como em um estado democrático. Dilma tem seus erros. Mas nada muda na história que ela foi vítima de uma conspiração, e conspirações são bem sucedidas quando reúnem correlações de forças maiores dentro dos poderes.

    O Brasil sempre foi dividido entre senzala e casa grande e sua pirâmide social sucessora à lei áurea. Só quando o topo da pirâmide reprime (como na ditadura) ou conquista hegemonia nas urnas (como no governo FHC), é que se abafa as diferenças. É normal haver conflitos de interesses naturais entre parcelas diferentes da população, para isso existem partidos diferentes que representam cada parcela. A razão de ser da política é resolver no voto esses conflitos. Falar em divisão do povo é negar a democracia.

    Se Haddad entrar vai haver um processo de negociação de paz, pois nenhum setor econômico que continuar atuando no Brasil aguenta uma crise permanente e não haverá clima para outro golpe tão próximo do último. O povo absorveu o golpe de 2016 porque teria eleições daí a dois anos. Outro golpe deflagrará um processo generalizado de desobediência civil, coisa que já acontece em menor escala: informalidade na economia sem pagamento de impostos, calote em dívidas, inadimplência em aluguéis, gatos em eletricidade, água, internet e tv a cabo, venda de mercadorias contrabandeada nas ruas (e até roubadas).

    Desde o começo essa eleição está polarizada entre lulismo (o governo Lula) x golpismo neoliberal (governo Temer). Haddad representa o lulismo. Ciro errou ao buscar ser uma terceira via (como Marina) coisa que não está no anseio do eleitor.

    Os 4 anos do governo Dilma foram reconhecidos como bons pela população, tanto que ela foi reeleita.
    Foi continuação do governo Lula, com Dilma ostentando até alguns números melhores: em 2012 o trabalhador teve o melhor poder aquisitivo das últimas décadas, em 2014 o menor índice de desemprego. O minha casa, minha vida entregou muito mais casas no governo Dilma do que no governo Lula (pois começou em março de 2009 e foi acelerando).

    3. Os partidos de esquerda no primeiro semestre fizeram um programa comum em torno de alguns temas e todos assinaram, portanto quem copiou quem?
    E é claro que o PT e qualquer partido precisa fazer coisas que não foram feitas em outros mandatos. Não há sentido fazer o que já foi feito.
    A dificuldade política com o Congresso, depende do Congresso que sairá das urnas em 2018, não de Ciro, nem de Haddad. Não sei das qualidades e defeitos de Haddad como líder, mas pelo menos ele tem mais base social por ter um partido de massas e apoio em movimentos sociais. Ciro nem isso tem.
    E até gostaria muito que Ciro fosse isso tudo isso que vocês dizem, mas não consigo ver desta forma por mais que tente. Ciro nunca conseguiu controlar nem os partidos por onde passou. Sempre que bateu de frente com outras lideranças políticas saiu para outro partido sem vencer embates internos. Então sou cético na capacidade dele de liderar maiorias no Congresso sem fazer concessões que descaracterizem seu programa e seu governo.
    4. Reformas estruturais ninguém fará sozinho. Precisará conseguir reunir forças e articular muito. Mas acho que você não está olhando com os olhos da base da pirâmide os programas sociais. Não me refiro só ao bolsa família (importante para tirar o Brasil do mapa da fome). O salário mínimo era menos de US$ 100 antes de Lula (R$ 200,00). Se corrigir pela inflação até 2017 daria R$ 504,00. Portanto teve um aumento real grande. Olha a diferença na vida para quem recebe salário mínimo, tanto na ativa como aposentado. E esse salário mínimo empurrou outros salários para cima. E há vários programas que foram estruturantes como o PRONAF, a compra de alimentos da agricultura familiar, a geração de empregos, a expansão universitária e da rede de escolas técnicas federais, o piso nacional do professor, o mais médicos.
    5. Querer acusar o PT de tentar neutralizar Ciro é o mesmo que acusar Ciro de querer neutralizar Lula, se aproveitando de sua prisão. E se o PSB e o PCdoB não seguiu Ciro é porque ele não conseguiu se firmar como liderança maior do que Lula. Sempre achei infantilidade essa reclamação de Ciro. Quem é o maior líder, que tem maior expectativa de vitória, os outros seguem.

    6. Repito que Dilma fez um bom governo para os mais pobres, tanto que foi reeleita em 2014 com o voto deles. A maior reforma estruturante que Lula e Dilma fizeram foi na pirâmide social brasileira, na geração de empregos, na inserção do Brasil na política mundial, na mudança do marco regulatório do pré-sal para o regime de partilha e com recursos voltados para a educação. Não é pouca coisa. E o PT+PCdoB+PSol nunca teve 20% do Congresso para fazer outras reformas institucionais. O próprio PDT onde está Ciro hoje teve muitos quadros de direita que sempre bloquearam reformas.
    Essa história de surfar nas commodities é conversa mal explicada da Miriam Leitão. Elas foram importantes e os governos petistas fizeram bem em saber aproveitar, tanto que até hoje temos reservas de uns US$ 370 bilhões deixadas por Dilma. Mas as exportações brasileiras responderam por 16,5% do PIB no auge (em 2004). Decresceu e com a crise internacional se manteve abaixo de 10% de 2009 até 2014. E em 2010 o PIB cresceu 7,5%. Então o motor do crescimento nos governos petistas foi o crescimento do mercado interno e não o ciclo das commodities. A recessão veio com um conjunto de fatores: a lava jato quis produzir o clima de terra arrasada sem preservar empresas e empregos. Minou o programa de investimentos em infraestrutura, de toda a cadeia do petróleo, a construção civil. Em 2014 o mercado financeiro especulou muito com as eleições e com isso houve retração do investimento produtivo. E de 2015 em diante Aécio, Cunha e banqueiros conspiraram pelo “quanto pior, melhor” para derrubar Dilma e implantar o “ponte para o futuro”. As dificuldades de Dilma 2 foi devido ao pior Congresso eleito dos últimos tempos e sob o comando de Eduardo Cunha, junto com o judiciário. Duvido que Ciro conseguisse se sair melhor se estivesse no lugar dela, a menos que aceitasse dividir o poder nos termos exigidos por Eduardo Cunha, coisa que Dilma recusou.
    Abraço.

      André Romero

      24/08/2018 - 21h33

      NeTupi, antes de aproveitar sua numeração e respondendo ponto a ponto, um comentário:
      Essa de Lula governar da cadeia é um fato, embora para mim isso não seja nenhum demérito, sob o ponto de vista moral. Para além da exploração desse fato pela Direita, alguns das próprias esquerdas se incomodam com isso, pois acham que Haddad não terá muita autonomia e isso será explorado pela mídia, que tentará colar nele o rótulo de um presidente fraco. Isso tudo põe em cheque Essas ponderações são normais e válidas: não se pode simplesmente rotular de ‘coxinha’ quem se preocupa com isso.
      Agora respondendo:
      1. Continuo da opinião de que Lula não sai. O desgaste já existe há muito, os caras estão c* pra isso. Ao contrário: os seguidos recursos e denúncias que a defesa de Lula tem feito, expondo e desnudando o golpe, tem provocado uma crescente irritação dos magistrados, que queriam no fundo que ele ficasse quieto, para azeitar um acordo tácito mais à frente para solta-lo. Isso já era. E está se criando uma frente de ‘resistência’ (marquetagem pura, claro) para se contrapor à determinação da ONU, na questão, com a ajuda até dos jornais. Isso dificulta muito a soltura. Quanto ao indulto, reafirmo o que te falei.
      2. A ‘maioria’ a que me referi é justamente a parte da sociedade (classe média, a grande mídia e afins) que detêm os tambores e as caixas de som para fazer bastante barulho. Sou professor universitário, cansei de ver, nas vésperas do golpe, colegas meus ditos ‘esclarecidos’ entrarem para trabalhar até enrolados de bandeira do Brasil. As discussões entre nós às vezes chegavam a ser ríspidas. A maioria que não apoiou era a parte da sociedade que nem sabia do que tratava ou não tinha meios de se fazer ouvir.
      Agora a maior discordância entre nós: vou até me abster de comentar o resto do seu post, para meu comentário (já grande) não ficar gigante e encher o seu saco.
      Não se pode também, de forma simplista, dizer que “o PT cometeu erros” e que “todos antes cometeram também” como se isso passasse uma borracha mágica e tivesse o poder de absolvê-lo pelo erros.
      Além de 100 erros não formarem um acerto, o PT cometeu erros demais, em natureza e profundidade, que comprometeu até a crença da população nas ideias que defende.
      Nada pior para validade de uma ideia do que a completa desmoralização de quem a defende. E esse é o ponto central.
      Na cabeça de muita gente, de todos os partidos o PT – se realmente fosse diferente dos outros como dizia – era o único que não tinha o direito de decepcionar como fez. No poder, ele reproduziu exatamente a mesma forma de governar e tratar a coisa pública que os demais: se desviou de seus princípios, privilegiou os mesmos grupos, não combateu as distorções e os privilégios, usou os mesmos esquemas fisiológicos e de corrupção, inclusive com os mesmos atores de governos passados que criticava. E teve 4 mandatos para isso.
      A enorme rejeição ao partido vem daí: não é necessariamente rejeição às ideias, mas sim a quem se diz pretender entregá-las.
      Exemplos disso transbordam: ao contrário de outros partidos que a população identifica com clareza como sendo comprometidos só com o andar de cima, todos sabem que o PT é abertamente contrário às privatizações, contra as reformas do Temer, reconhecidamente a favor do Trabalho e da parte pobre da população, etc. E ainda sim tem a rejeição que tem.
      Abraços.

        NeoTupi

        25/08/2018 - 21h06

        Temos pontos de vista diferentes na leitura da realidade. Então deixa cada um co seus argumentos e só vou rebater o que acho que não está bem compreendido. Maioria silenciosa não é quem se enrolou em bandeira verde amarela. Isso foi a minoria barulhenta. A classe média com nível superior que você cita e que apoiou o impeachment não é a massa do povo. Nos bairros pobres das cidades não teve bateção de panelas. Nas manifestações pelo impeachment até o datafolha fez pesquisa do público em SP e encontrou predominância das classes mais altas, que é minoria na população brasileira. Um diretor de instituto de pesquisa que fez pesquisa com base em amostra domiciliar disse que a maioria silenciosa estava enxergando o impeachment como briga da casa grande e não estava afim de apoiar políticos nem de um lado nem de outro, mas estava apreensiva com medo de em vez de melhorar, piorar com o golpe.
        Outra questão que você entendeu diferente do que eu disse é quanto a erros do PT. Eu não defendo erro porque outros cometeram antes, pelo contrário. Disse apenas que atividades complexas que não tem um manual de instruções (como exercício do poder, pesquisa científica, desenvolvimento de produtos) tem erros e acertos inerentes ao processo. Quanto maior o tamanho dos acertos diante dos erros, maior o sucesso. Getúlio Vargas cometeu erros, alguns graves, mas seu legado que ficou foi pelos acertos. Idem JK. Idem Lula. Idem todos os estadistas do mundo.
        Óbvio que essa avaliação do tamanho de acertos e erros depende dos valores que cada pessoa pondera. Um lacerdista considera Vargas um um governo ruim, populista. Um banqueiro considera FHC um governo bom (e foi bom para eles), mas um trabalhador ou aposentado considera ruim. Um pobre, um nordestino, via de regra considera o governo Lula excelente. Uma pessoa de classe média, sobretudo quando se informa pela mídia corporativa, considera o governo “mais corrupto do mundo”. Mas eu vejo também que até parte do que foi jogado na conta do PT que não é de sua responsabilidade. Quem sempre deixou corruptos se elegerem impunemente no Congresso? O MPF e o judiciário. Ora são esses orgãos que teria o poder de limpar a política e sempre entregaram ao presidente eleito um Congresso corrupto com poderes de achacar por cargos. Note que Lula e Dilma, diferente de FHC, procuraram dissuadir a corrupção equipando a Polícia Federal e a CGU, além de não aparelhar o judiciário com ministros petistas, nem colocar no ministério público engavetadores como fez FHC. Os petistas até dizem que o erro foi o republicanismo demais na nomeação de ministros e procuradores-gerais. Eu acho o republicanismo certo, mas a verdade demonstrou que nem o judiciário nem o ministério público são republicanos, pois perseguem uns e protegem outros, além de serem fortemente influenciados pela geopolítica dos EUA e pelos interesses do mercado financeiro.

Darcy Brasil Rodrigues da Silva

23/08/2018 - 14h14

Me espanta que o potencial de crescimento de Marina Silva esteja sendo desprezado pelas análises. Aliás, há quem prefira minimizar os que tentam chamar a atenção para essa alternativa. Marina foi a grande vencedora dos debates, pela repercussão que seu confronto com Bolsonaro teve nas redes sociais, merecendo elogios de lideranças femininas da esquerda. Marina se converte cada vez mais em uma alternativa para a falta de competitividade de Alckmin, e à inconveniência do fascismo aberto, representado por Bolsonaro. O tal mercado, os seus intelectuais orgânicos, podem com facilidade passar a impulsionar a candidatura de Marina, evitando, de forma sutil, que esse apoio seja percebido pelos eleitores, trazendo Marina para os holofotes da grande mídia, mobilizando militância virtual para apoiá-la. Marina conta com um expressivo eleitorado cativo. Consegue vender com eficiência a imagem de negação da política e dos políticos, consubstanciada em sua proposta de agremiação partidária, daí o seu “isolamento” das demais siglas partidárias, a impressão, cultivada pela sua mensagem política aberta, de que não se associa ao universo degenerado da política tradicional, que a campanha de combate à corrupção midiática denúncia cotidianamente. Marina tem potencial para herdar votos dos lulistas que não são petistas, dos antipetistas que um dia foram petistas, e de todos os que, principalmente entre a classe média, se sentem enojados com a política e com os políticos. Marina é negra, é mulher, de origem humilde, sendo evangélica que, entretanto, afirma recusar o fundamentalismo em voga. Somente não chegou ao segundo turno, em 2014, por conta de uma campanha do PT que, convenhamos, resvalou para a baixaria política, em alguns momentos. Marina está mais viva do que nunca. A pesquisa que se comenta por aqui é um sinalizador dessa vitalidade. Não adianta os petistas, entre os que somos militantes de esquerda, martelarem que ela é uma representante do sistema. Para o eleitor comum, essa imagem não corresponde à verdade, sendo mais fácil que ele contasse o PT como parte da velha política que ele entende como “sistema” . Há muito pouco tempo para explorar as contradições da candidatura Marina Silva. Se chegar ao 2° turno, como, para mim, é muito provável, o substituto de Lula terá grande dificuldade para derrotá-la. Seria um castigo duro para o exclusivismo petista que nos impôs a sua tática eleitoral. PS: defendi o nome de Ciro Gomes, sustentado por uma Frente Ampla. Minha proposta foi derrotada. Doravante, apesar das ressalvas analíticas que faço nesse comentário, me dedicarei à campanha de Lula/ Haddad/ Manuela. Tomara que minhas análises políticas sejam de qualidade inferior, e que a tática eleitoral exclusivista dos petistas se revele produzida por motivações de clarividênciias não permitidas aos simples mortais como eu, levando o PT e os seus aliados à uma redentora vitória eleitoral. Se depender de meus esforços, isto certamente ocorrerá.

    André Romero

    23/08/2018 - 16h00

    Concordo com você, Darcy. Apesar de não ser minha candidata, quem pensa que Marina está fora do jogo não sabe analisar política.
    Ela só é vista como direitista por uma parcela dos petistas, na boa. A população considera Marina uma pessoa de esquerda, no máximo de centro, apesar de suas alianças (que o PT cansou de fazer). Na verdade, ela compete tanto pelos votos de Haddad e Ciro quanto pode pegar uma fatia de uma direita ‘light’ que não aceita os demais candidatos de um extremo ao outro.
    O grande problema dela será não aparecer na TV. Apesar do poder dessa ser relativizado, isso é sem dúvida uma grande desvantagem. Se ela não se firmar, poderemos ver talvez uma parte de seus votos migrando para Haddad, Ciro e até mesmo Alckmin.
    Mas o contrário também poderá acontecer: uma boa parte do eleitorado de centro e centro-direita que não crê que Alckmin possa decolar e que não suporta Bolsonaro, pode cair na conta dela. Aliás, creio que já está caindo, vide seus índices.
    O pulo do gato: tirando Bolsonaro, cujo eleitorado já está assumido e cristalizado, o resto está aguardando para ver para onde a biruta está apontando. Não tenho dúvidas de que o voto útil vai rolar solto tanto à esquerda como à direita nessas eleições, e quem começar a se descolar vai provocar um efeito manada com ele. Abraço.

      Darcy Brasil Rodrigues da Silva

      23/08/2018 - 19h58

      Outro abraço, companheiro!

      Alan Cepile

      24/08/2018 - 10h25

      Marina é um caso à parte, ela só tem ações e ideias de direita (esqueçam o ambientalismo barato, tanto pq ambientalismo não é necessariamente um ideal de esquerda) porém, seu eleitorado pensa que ela é de esquerda, e é exatamente isso que precisa ser desconstruído pelas chapas da esquerda, PDT e PT.

    Foo

    24/08/2018 - 04h30

    Também não podemos desprezar o Alckmin, considerando seu imenso tempo de propaganda na TV (que é cada vez menos assistida, mas ainda é fundamental).

Alexandre Neres

23/08/2018 - 13h52

Abaixo, análise sensata do Datafolha no Blog do Kennedy:

Migração do voto de Lula para Haddad ainda não começou pra valer
Pesquisa Datafolha traz ex-presidente com 39%
KENNEDY ALENCAR
SÃO PAULO

A pesquisa Datafolha mostra que ainda não começou para valer uma transferência de votos de Lula para Fernando Haddad, que tende a ser o nome que representará o PT nas urnas no dia 7 de outubro na eleição presidencial. No cenário em que Haddad substitui o ex-presidente, o ex-prefeito tem apenas 4% de intenção de voto.

É improvável que um candidato petista tenha menos do que 20% de votos nas urnas. Esse percentual pode ser suficiente para colocar Haddad no segundo turno.

Ainda há um horário eleitoral no rádio e na TV no meio do caminho. Em duas semanas de propaganda massiva, será possível medir melhor os efeitos de Lula como cabo eleitoral, caso esteja confirmada a substituição do ex-presidente pelo ex-prefeito como cabeça de chapa até esse momento da eleição.

Outra pergunta também poderá ser respondida: o postulante do PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin, conseguirá quebrar a fortaleza eleitoral de Bolsonaro?

Dificilmente haverá um segundo turno entre Alckmin e Bolsonaro, porque os dois disputam uma mesma fatia do eleitorado com orientação ideológica de direita.

Levando em conta o cacife de Lula, que apareceu com 39% de intenção de voto no primeiro turno na pesquisa Datafolha, e a fidelidade que o eleitorado de Bolsonaro tem demonstrado até aqui, o mais provável se a eleição fosse realizada hoje seria um segundo turno entre os candidatos do PT e do PSL.

Não pode ser descartada a possibilidade de Marina Silva entrar nessa briga. Por ora, ela está mais bem posicionada que Ciro para almejar um lugar no segundo turno. Alckmin apostará no enorme tempo de TV para obter uma das vagas.

Pacheco

23/08/2018 - 12h57

Se fomos ver e erro em cima de erro. Primeiro levar ate o final a candidatura de uma pessoa que todos sabemos que e inelegivel. Depois escolher como substituto uma pessoa sem expressão como esse Haddad. O jacques wagner teria muito mais chance que ele. Aqui em sp tem muito petista que torce o nariz para o Haddad. O Haddad quando começar a frequentar os debates tera que responder a mesma pergunta feita por todos os seus adversarios : Por que ele encheu sp com ciclovia ao custo de R$ 650.000,00 o KM??

El Bartho

23/08/2018 - 10h48

O bolsonauro já tem candidato, quem tiver dificuldade de lembrar faça como ele, COLA NA MÃO assim não erra na hora de votar. LULA PRESIDENTE.

samuel

23/08/2018 - 04h17

Nossa ja ta ficando irritante essas pesquisas com o lula!pessoal nao tem o minimo de noção pra ver que não pode ser candidato? tão inutil quanto pessquisa com lula e esse aqui com materia sobre pesquisa que mostra quem conhece lula! presidente ladrão quem não vai saber? e quero ver se esse tal jornalista aqui vai publicar algo falando que erro em acreditar na pesquisa ai,porque qualquer cidadão sabe quem esta na frente(não sou eleitor do lider mas não sou idiota para não ver ao redor)

Gil Alan Barbosa Caldas

23/08/2018 - 00h02

Grato, Miguel, por mais essa análise.

Baruch

22/08/2018 - 23h42

Depois do poste Dilma/Levy vem Haddad PPPs!? Chega de governo neoliberais, em breve não restará mais país para governar, só bancos.

Agora é 13

22/08/2018 - 22h49

Um fato importante da pesquisa foi que Lula tem 43 % dos votos na faixa até 24 anos, ou seja a juventude abraçou Lula. Quem desvendar essa preferencia vai entender todo esse processo.
Importante ponderar que essa faixa tende ter menos tempo de estudo, por causa da idade, mas não são menos instruídos e informados que as outras, e obviamente tem renda menor, mas também tem o futuro pela frente.
Ou seja, além de uma provável vitória do PT seja com Lula ou Haddad, a juventude voltou a confiar no partido o que dá sustentação para uma renovação na política também no congresso, senão agora, nas próximas o congresso vai ser mais progressista e petista.

    Serg1o Se7e

    23/08/2018 - 12h13

    Dos 16 aos 24 anos a pessoa não sabe ainda bem o que é responsabilidade de manter uma família, pagar muitas contas, impostos e tudo mais!
    Nessa faixa etária vivem de sonhos e são custeados, na maioria, por programas públicos ou pelos pais – ou ambos!
    Estão tardiamente amadurecendo.
    Em 1942 pessoas com 18 anos pilotavam aviões e combatiam pela liberdade de seu país.
    Em 2018 pessoas com 18 anos fazem nada, bebem e usam droga e ainda compram o discurso falido de que o socialismo funciona.
    Essa faixa etária prefere o presidiário porque foi educada na “escola com partido”.
    Deixa a vida dar a real para eles que a opinião muda rapidinho.

    André Romero

    23/08/2018 - 16h06

    Agora é 13, não subestime o nazista do Bolsonaro. Conheço muita garotada nessa faixa de idade que está fechada com esse engodo. E isso tem me assustado.

oscarito

22/08/2018 - 20h34

É POLICIA CONTRA LADRÃO …
QUEM ACHAM QUE VAI GANHAR ??
O BEM OU O MAL ??

INIMAGINAVEL.. UM PAIS SE SUJEITAR A UM SUJEITO SUJO…
MAIS CREIO Q NAO PASSA DESSE MES…

JA TEM DATA MARCADA P LULA IR PRO PRESIDIO FICAR JUNTO COM O CUNHA E DIRCEU ..
APOS SUA AUDIENCIA COM MORO NA CONDENAÇÃO DO SITIO ELE SAIRA DE LA DE CAMBURÃO DIRETO PRO PRESIDIO DE PINHAIS.
VAZOU A INFORME.

    CezarR

    22/08/2018 - 20h51

    Amiguinho, bem contra o mal? Faz o seguinte, vai lá ver seus filmes da Marvel vai…

    Alan Cepile

    22/08/2018 - 21h02

    bolsolixo não passa de um tosco, um tacanho, um ogro, ignorante.

      sergio come c

      23/08/2018 - 19h03

      BOLSONARO É UM AGULHA NEGRA SEU OGRO TACANHO E LIXO..
      SO QUE VC É TAO ANALFABETO Q NAO TEM NOÇÃO DO Q ISSO REPRESENTA…

      O CARA É CONCURSADO …
      OS FILHOS SAO …

      E INTELIGENTE É MARINA ANALFABETA ATE OS 16 ANOS .. EO LULA .. KKKKK NAO SABE NEM FALAR ATE HOJE..

      ESSE DOIS SO NAO SAO ANALFABETOS GRAÇAS AOS MILITARES QUE CRIARAM O “MOBRAL”…
      SEM O MOBRAL DOS MILITARES … 50% do BRASILEIRO AINDA NAO SABERIA LER.

CézarR

22/08/2018 - 18h58

Prezado Miguel, o Fernando Rodrigues 360 apresentou um artigo hoje sobre a divergência das pesquisas eleitorais, seria bom ler e talvez publicá-la aqui no seu blog. Para ele, o voto em Marina é o menos consolidado.

    Alan Cepile

    22/08/2018 - 21h10

    Apesar de serem de veículos golpistas, o Ibope e o Datafolha sempre trazem resultados semelhantes e, na minha opinião, são os mais confiáveis.

Gabriel

22/08/2018 - 18h49

A melhor e mais detalhada análise! Parabéns!

Justiceiro

22/08/2018 - 18h45

Miguel, Lula ser muito mais conhecido não é tão bom como parece. Nesse caso, se Lula fosse ser candidato, não teria a mais ninguém pra se apresentar. Bolsonaro tem um índice grande de desconhecimento, nesse caso pode ainda crescer mais quando começar a campanha na TV (mesmo tendo pouquíssimo tempo).

Mas o problema é que vocês fazem análises com Lula. Quando ele estiver oficialmente fora da disputa, estará fora das pesquisas e nem poderá ter sua cara apresentada na propaganda do PT. Muita gente do nordeste vai dizer:

eu ia votar no Lula, mas já que ele “num tá, num vô votá nesse tar de Addadi”. Num vô votá em ninguéim”

Alan Cepile

22/08/2018 - 18h21

A transferência de votos vai de vento em popa!

Para Bolsonaro e Marina….

Francisco

22/08/2018 - 18h07

Falando em rejeição, não tão rápido e vago que pareça querer esconde-la e não tão devagar e super detalhado que pareça querer escancara-la, destaque-se da pesquisa o que de fato indica a rejeição das principais personagens, os índices gerais: Bolsonaro 39%, Lula 34% (dentro do patamar histórico, em torno de um terço do eleitorado, e seguem-se, Alckmin 26%, Marina 25%, Ciro 23% e ‘Andrade’ 21%.

Agora, observando Aécio e Temer, imagine-se uma campanha jurídica-midiática como a feita contra Lula nos últimos três anos, sendo feita contra Alckmin, Marina ou Ciro e respondam se os mesmos seriam candidatos nesse momento?
Hora de acordar, pois não se tratam de eleições normais e sim de eleições dentro de um golpe, que se encontra atolado e que necessita ser legalizado para os golpistas saírem do atoleiro, vencendo-nas, o que justamente Lula, preso para não impedi-los, impede que vençam-nas.

Francisco Souza

22/08/2018 - 18h05

Essa é a estratégia do suicídio coletivo. Mesmo que dê certo, dá muito errado. Vocês conseguem imaginar uma presidência do Haddad tendo que ir a Curitiba pedir benção para governar? O sistema não aceitou 2014 e muito menos aceitará isso.

O partido chega sem projeto de país, sem críticas sistêmicas e cheio de contradições nas alianças. Um país que pode estar dividido entre amor e ódio no pós eleição, ingovernável se algum dos extremos ganhar.

Lamentável ver que a estratégia do poste pode dar certo e se isso se confirmar é um desastre maior do que o Dilma 2.

    NeoTupi

    23/08/2018 - 10h53

    Que comentário mais coxinha.
    1) Todo mundo sabe que, passadas as eleições, o STF vai tirar Lula da cadeia. Isso se não tirar antes. Além disso, se Haddad se tornar presidente ele tem o programa de governo para cumprir, não precisa consultar Lula sobre nada que já está definido no programa de governo.
    2) O sistema não aceitou 2014… e o povo não aceitou o golpe, dando o troco nas urnas.
    3) O projeto de país é o dos governos Lula, engrossado com o programa de reformas contida no programa de governo. Quanto às alianças, esta é a coligação nacional mais limpa que o PT fez desde 1998, sem nenhum partido do centrão (direitão).
    4) Quem divide o país entre amor e ódio é o anti-petismo, a Globo e o judiciário. O povo quer o Lulinha Paz e Amor, que melhora a vida do povo. Isso foi captado nas pesquisas qualitativas e o PT fará campanha nesta direção.
    5) Não existe estratégia do poste. Dessa vez não se trata de eleger qualquer um indicado por Lula e sim aquele que melhor representa o lulismo, que é o que o povo quer.
    6) Criticar a vítima, como você critica Dilma 2, é coisa de paneleiro. Em 2012, sob Dilma 1, com elevação da renda, juros e câmbio mais baixos, o trabalhador e aposentado teve o melhor poder aquisitivo das últimas décadas. Em 2014 tivemos o menor nível de desemprego. De 2015 em diante o golpe já estava em marcha, com Aécio e Eduardo Cunha sabotando a economia com pautas bombas para derrubar Dilma, e o judiciário destruindo a cadeia produtiva do petróleo e os investimentos em infra-estrutura.

      Francisco Souza

      23/08/2018 - 13h40

      Eu sou muito de esquerda. Sempre fui. Essa leitura arrogante de quem é contra o pt é de direita é a mesma leitura que nos trouxe até aqui.

      Eu vivi diariamente o governo federal durante seis anos e não tenho mais paciência ou vontade de ficar defendendo as loucuras do pt.

      O partido virou um ativo tóxico para a esquerda. Nunca se proprôs a fazer nada que não fosse o desenvolvimento do subdesenvolvimento. Eu lutei e vi o pt vetar duas vezes a auditoria da divida publica, fazendo conchavo com o sistema financeiro e piada com a militância que achava que o partido só não avançava nas pautas pq o congresso não deixava.

      Hoje em dia acho ingenuidade ou contra senso um eleitor de esquerda apoiar e principalmente acreditar no pt depois de 14 anos.

      Enfim, a força eleitoral ainda é evidente, mas eu estou fora disso há muito tempo. Pelo menos percebo vários servidores públicos com a mesma leitura, o que me deixa animado para mudanças.

        André Romero

        23/08/2018 - 16h13

        Francisco… tenha a certeza que você falou para todo um público que fez as mesmas análises e chegou às mesmas conclusões que você.

        Alan Cepile

        24/08/2018 - 10h29

        Francisco, seu comentário me representou!

Baruch

22/08/2018 - 18h03

Escolher entre o neoliberal verde oliva e o neoliberal vermelho no segundo turno vai ser uma tristeza. Mais um segundo turno anulando voto.

CezarR

22/08/2018 - 17h44

Como disse no post anterior, no retrato de hoje a principal candidatura herdeira de Lula é a da Marina. PT, abra o olho e volte os canhões contra ela e o Sr. Geraldo e deixem o Ciro “pífio” em paz.

Robson Bonelli

22/08/2018 - 16h32

“Uma parte crescente do eleitorado lulista parece já estar assimilando quem será o candidato apoiado por Lula. O eleitor lulista, que migrava para Marina e Ciro, começa a voltar os olhos para HADDAD”. blog ocafezinho.
Isso pode te espantar. Por educação sou obrigado a respeitar.
Haddad será presidente, sim.
1. Porque o Lula está preso. Numa situação absurdamente INJUSTA.
2. Porque o Haddad não foi um traíra.
E estamos de olho.
Dá-lhe 13.

Berze

22/08/2018 - 16h24

Insistência em desmerecer o pt! Muito mais q lulismo. Estamos construindo um partido durante anos. Que tal um pouco de respeito? Tem um pouco de lulismo sim, e ele merece.Mas..saberdumacoisa? Deixa pra lá!


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