Quando seu nome é mostrado na pesquisa estimulada, sem menção explícita do apoio de Lula, Haddad atinge 7% das intenções de voto, empatando com Ciro Gomes e Alckmin, que tem 8% e 9%, respectivamente.
Com menção explícita sobre o “apoio de Lula”, Haddad bate 15%.
No Infomoney
Haddad chega a 15%, com apoio de Lula, e divide liderança com Bolsonaro no limite da margem de erro, mostra XP/Ipespe
“Plano B” do PT oscila positivamente em todos os cenários que seu nome é considerado e fica a 6 pontos de Bolsonaro quando apoiado pelo ex-presidente — diferença dentro do limite da margem de erro
SÃO PAULO – Na semana em que os partidos e coligações registraram seus candidatos para as eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a liderança no cenário em que seu nome é considerado. É o que mostra pesquisa XP/Ipespe realizada entre 13 e 15 de agosto. Segundo o levantamento, o petista tem 31% das intenções de voto, mantendo seu maior patamar da série histórica, iniciada em 15 maio. Logo atrás aparece o deputado Jair Bolsonaro (PSL), com 20%, seguido por um empate técnico entre Geraldo Alckmin (PSDB), com 9%, Marina Silva (Rede), com 8%, Ciro Gomes (PDT), com 7%, e Álvaro Dias (Podemos), com 5%. Brancos, nulos e indecisos somam 16%. Preso há 4 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula é potencialmente inelegível pela Lei da Ficha Limpa e tem baixas chances de participar da disputa.
A pesquisa, registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o código BR-02075/2018, também testou o nome do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, vice na chapa encabeçada por Lula, como candidato do PT. Com a possibilidade de o ex-presidente ser barrado pela Lei da Ficha Limpa, Haddad é tido como “plano B” do partido para substituí-lo na disputa até 17 de setembro. Neste cenário, o ex-prefeito aparece com 7% das intenções de voto — crescimento de 4 pontos percentuais em relação à semana anterior. A margem de erro máxima da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo. A simulação coloca o deputado Jair Bolsonaro como líder, com 23%, mesmo patamar da semana anterior. Brancos, nulos e indecisos somam 31%, ao passo que Marina, Alckmin, Ciro e Álvaro Dias aparecem novamente em empate técnico, desta vez juntamente com Haddad.
Haddad registrou oscilação positiva em todas as simulações que consideram eventual substituição da candidatura de Lula por seu nome, inclusive de segundo turno. Ainda são necessárias novas pesquisas para se verificar se já existe uma sinalização de tendência de transferência de votos entre os candidatos petistas. Para uma melhor observação deste efeito, a pesquisa testou a corrida presidencial com um eventual apoio de Lula a Haddad explicitado na pergunta feita aos entrevistados. Neste caso, o ex-prefeito tem 15% das intenções de voto, uma oscilação de 2 pontos percentuais em comparação com a última pesquisa. Com isso, Haddad entraria em empate técnico com Bolsonaro, que conta com apoio de 21%. A diferença de 6 pontos está dentro do limite da margem de erro, que também coloca o petista em condição de empate técnico com os candidados Geraldo Alckmin e Marina Silva, ambos com 9%. O grupo dos “não voto” soma 28%.
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