Nova presidente do TSE construiu carreira na Justiça Trabalhista
Tímida, Rosa Weber diz que fala nos autos
Publicado em 14/08/2018 – 13:40 Por Luiza Damé – Repórter da Agência Brasil Brasília
A discrição é a marca registrada da ministra Rosa Weber desde que entrou na magistratura nos anos 1970, como juíza substituta do trabalho, no Rio Grande do Sul. Assumidamente tímida, a nova presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) evita os holofotes e as entrevistas. Costuma dizer a seus interlocutores, sem alterar o tom de voz, que prefere falar nos autos. No comando do processo eleitoral, deve manter o estilo.
A ministra chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2011, nomeada pela ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016), com o apoio do petista Tarso Genro e do advogado Carlos Araújo (morto em 2017), ex-marido de Dilma. Tanto Tarso quanto Araújo militaram na advocacia trabalhista e conheceram Rosa Weber como juíza do Trabalho. Antes de voltar a Porto Alegre, sua cidade natal, a ministra atuou em várias cidades do Rio Grande do Sul como juíza trabalhista: passou por Ijuí, Santa Maria, Vacaria, Lajeado e Canoas.
Na capital gaúcha, atuou por quase dez anos na 4ª Junta de Conciliação e Julgamento, até ser promovida, por merecimento, ao cargo de juíza do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 4ª Região. Entre 2001 e 2003 foi presidente do TRT. Em 2006, chegou a Brasília, nomeada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Tribunal Superior do Trabalho (TST).
No Supremo, Rosa Weber atua em harmonia com a ministra Cármen Lúcia, presidente da Corte, e com os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, seu vice no TSE. Graduada em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 1971, foi professora da Faculdade de Direito da PUC-RS.
Filha do médico José Júlio Martins Weber e da pecuarista Zilah Bastos Pires, completará 70 anos em outubro, em pleno processo eleitoral. É casada com Telmo Candiota da Rosa Filho, procurador aposentado do Rio Grande do Sul. Tem um casal de filhos e duas netas. Gosta de futebol e torce pelo Internacional, o que faz questão de dizer aos interlocutores.
helio
16/08/2018 - 09h08
O jornalista Miguel vê o mundo de forma muito particular, talvez de cabeça pra baixo, como apontou Marx de Hegel, resguardadas as diferenças do tema analisado e a grandeza do filósofo alemão. Dizer que a Weber tem como característica principal (a marca registrada) é a discrição, quando ela por duas vezes em julgamentos de repercussão nacional votou contra direitos e (segundo a própria) contra si mesma, não pode ser inocência, mas, a meu ver, discurso político.
Em uma luta tão visceral, tão definidora pela manutenção da democracia, já quase totalmente usurpada, fazer concessão aos adversários da democracia é adesão.
henrique de oliveira
16/08/2018 - 09h07
Nunca pensei que as mulheres brasileiras fossem tão mal representadas no judiciário , a mulher brasileira na sua grande maioria são umas guerreiras não covardes.
Aliança Nacional Libertadora
15/08/2018 - 21h14
Outro “Verme” o “não tem prova mas vou condenar porque meu cargo permite” foi uma cuspida nojenta na constituição e nos petistas…..muitos aqui pularam de alegria quando souberam que ela iria pro TSE.