O presidenciável disse que é “adversário” do partido por estarem em candidaturas distintas, mas afirmou que “nem remotamente” é inimigo da legenda.
O presidenciável afirma ainda que não vai “dar uma de Marina em 2014”, e apoiar a direita no segundo turno.
‘O que o PT armou é uma fraude’, diz Ciro sobre candidatura de Lula
por Redação — publicado 14/08/2018 18h00, última modificação 14/08/2018 18h12
Candidato do PDT afirma que considerou um “insulto” ser convidado para ser vice da chapa do PT após ter se lançado ao Planalto
Em entrevista a CartaCapital, realizada na tarde desta terça-feira 14, Ciro Gomes, candidato à Presidência pelo PDT, fez duras críticas à estratégia do PT de manter a candidatura de Lula e registrá-la nesta quarta-feira. “Eu não participo de fraude. Isso que o PT armou é uma fraude. As pessoas têm direito de ser respeitadas”, afirmou.
Ciro disse que é “adversário” do partido por estarem em candidaturas distintas, mas afirmou que “nem remotamente” é inimigo da legenda. Ele criticou, porém, a cúpula do PT por estar fazendo um esforço de “manipulação da população” e disse que o partido “não tem projeto de país”, mas aproveitou-se de uma “liderança extraordinária”.
O candidato do PDT afirmou que foi “bombardeado” por convites do PT para ser vice de Lula, mas já com sua candidatura à Presidência homologada. “Eu considerei um insulto”, afirmou. Apesar das críticas ao partido, Ciro lembrou que Lula é seu “amigo”.
Ele disse que não esteve presente no Sindicato dos Metalúrgicos antes da prisão do ex-presidente por estar em uma viagem aos Estados Unidos. “É duro falar de um amigo e me dói muito. Eu estava nos EUA no dia em que ele foi preso, comecei a levar grosseiras pancadas por estar ausente. Depois, a juíza me proibiu de visitá-lo.”
A entrevista exclusiva com o candidato vai ao ar às 20h desta terça-feira 14 nas redes sociais de CartaCapital. Acompanhe na íntegra pelo Facebook, Youtube e Twitter.