A ruptura institucional provocada pelo impeachment de 2016 fez os índices de violência no Brasil baterem todos os recordes, levando o Brasil ao topo do ranking dos países que mais matam gente no mundo.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado hoje, a taxa de mortes violentas no Brasil chegou a 30,8 a cada 100 mil habitantes. 63.680 pessoas foram vitimadas de forma violenta em 2017, um crescimento de 3% em relação às 61.283 pessoas mortas da mesma maneira em 2016.
O índice de 2017 foi o maior da série histórica, iniciada em 2013.
Segundo o último ranking da ONU de 2015, o Brasil estava em sexto lugar, naquele ano com 26,7 por 100 mil habitantes, atrás apenas de El Salvador, Honduras, Venezuela, Jamaica e Trinidad e Tobago.
As populações desses países, com exceção da Venezuela, que tem 31 milhões de pessoas, são muito pequenas.
Se você considerar o tamanho da população brasileira, e o número absoluto de pessoas assassinadas por ano, o Brasil hoje lidera, isoladamente, o ranking mundial dos países mais violentos do planeta!
Nos EUA, por exemplo, a taxa foi de apenas 4,9, e na União Europeia, apenas 1. Entre países mais próximos a situação não é animadora: a taxa na Argentina foi de 6,5. No México, 16,3.
As causas da violência no Brasil tem raízes sociais: um país com monstruosos índices de desigualdade de renda, desemprego, falta de oportunidades e ausência de políticas públicas.
O meu amado Rio de Janeiro agora é campeão brasileiro de mortes violentas provocadas por intervenções policiais.
Dentro do número de 6.749 pessoas mortas no Rio de Janeiro de maneira violenta em 2017, estão 1.127 seres humanos vitimados pelas guerras policiais. É o estado onde a polícia mais mata gente no país.
O golpe só nos trouxe o caos e a morte.