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Os dois candidatos do lulismo: Ciro e Haddad

Por Theófilo Rodrigues Após um fim de semana de idas e vindas as chapas que disputarão a eleição de outubro finalmente foram estabelecidas. Salvo engano, a disputa presidencial de 2018 contará com 13 candidatos. Pela esquerda serão cinco postulantes: Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), João Goulart Filho (PPL), Guilherme Boulos (PSOL) e Vera Lúcia […]

53 comentários
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Por Theófilo Rodrigues

Após um fim de semana de idas e vindas as chapas que disputarão a eleição de outubro finalmente foram estabelecidas.

Salvo engano, a disputa presidencial de 2018 contará com 13 candidatos. Pela esquerda serão cinco postulantes: Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), João Goulart Filho (PPL), Guilherme Boulos (PSOL) e Vera Lúcia (PSTU). Pela direita, Marina Silva (REDE), Jair Bolsonaro (PSL), Geraldo Alckmin (PSDB), Álvaro Dias (PODEMOS), João Amoedo (NOVO), Daciolo (PATRIOTA), Henrique Meirelles (MDB) e Eymael (PSDC).

As pesquisas de intenções de votos, ainda muito incipientes, sugerem que cinco desses nomes sejam os que realmente disputarão as duas vagas do segundo turno: Ciro, Haddad, Marina, Bolsonaro e Alckmin. Quem desses nomes chegar em outubro com aproximadamente 20% dos votos válidos estará no segundo turno. Apesar da indefinição no cenário, há tendências.

Em todas as eleições da Nova República, o candidato com maior tempo de televisão esteve no segundo turno da disputa presidencial. Se esse é um critério suficiente, então Geraldo Alckmin já tem uma vaga garantida nesse segundo turno. Mas sabemos que tempo de televisão por si só não basta. Mais do que isso, o tucano paulista conta ainda com uma poderosa coligação partidária formada por PSDB, DEM, PP, SDD, PSD, PRB, PTB, PPS e PR o que lhe garante ramificação por todo o país. Em particular no centro-oeste, no sul e no sudeste, onde essa coligação deverá eleger a maior parte dos governadores.

Essas mesmas pesquisas indicam que se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pudesse ser candidato, seria o mais votado no primeiro turno da eleição. Seu governo conquistou os melhores índices de avaliação da história política do país e isso ainda se faz presente na memória do eleitorado. Mas Lula está em uma cela em Curitiba. Em quem seu eleitorado votará?

O lulismo, expressão cunhada por André Singer, caracteriza os governos de Lula e o primeiro de Dilma, da seguinte forma: trata-se de uma forma de fazer política baseada em um reformismo fraco, capaz de criar políticas de redistribuição de renda, em particular para as parcelas mais pobres da população, sustentado por uma ampla base de governo no Congresso Nacional, que vai da esquerda à direita do espectro político.

Não obstante a enorme influência que o PT possua, esse eleitorado, em grande parte localizado no nordeste, não é homogeneamente petista, mas sim lulista. Esse eleitorado não está comprometido com uma legenda específica, mas sim com um programa de governo, com uma forma de organizar a política.

Surge daí uma contradição ou um paradoxo imposto pelo rearranjo das forças políticas operado de 2016 para cá. Embora o PT tenha um candidato indicado por Lula, Fernando Haddad, seu programa político e sua coalizão distanciam-se do lulismo. O novo programa do PT, programaticamente mais radical, afasta parcela do centro político de sua candidatura o que está refletido na chapa de sustentação de Haddad: PT, PCdoB, PCO e PROS.

Por outro lado, o candidato do PDT, Ciro Gomes, não conseguiu ser o nome indicado por Lula, mas costurou uma aliança com o centro político capaz de representar o lulismo nessa eleição. Ter Katia Abreu como sua vice torna sua chapa um retrato perfeito do que foi o lulismo. Katia Abreu não representa apenas o principal setor produtivo do país, mas também foi a principal defensora de Dilma Rousseff contra o impeachment de 2016.

Pesa em favor de Haddad o fato de ter o segundo maior tempo de televisão, a indicação de Lula e o apoio de todos os governadores do nordeste. Haddad terá ainda como vice a comunista e feminista Manuela D´Ávila, o que garante um apoio de parcela da esquerda que não tem muitas simpatias pelo PT. Mas não deve ser desconsiderado que uma parcela relevante do lulismo seguirá com Ciro. Se esse cenário de complementariedade do lulismo é real, então a animosidade entre as militâncias dos dois candidatos precisa ser apaziguada, ao menos se quiserem reciprocidade de apoios no segundo turno.

Theófilo Rodrigues é professor do Departamento de Ciência Política da UFRJ.

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Theo Rodrigues

Theo Rodrigues é sociólogo e cientista político.

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Comentários

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Jochann Daniel

07/08/2018 - 17h26

Repassando
Vídeo fantástico, definitivo e fundamental.
Clique em
https://www.youtube.com/watch?v=I2TEtQgpgD0&t=2s
para ver o vídeo.
Mantenha a calma

Neto

06/08/2018 - 22h54

Em 1989, Ulysses Guimarães tinha o maior tempo de televisão, nem por isso o histórico deputado disputou o segundo turno daquela eleição, pelo contrário, ficou bem atrás.
Aureliano Chaves tinha também, naquela eleição, bastante tempo de propaganda, mas teve pior desempenho ainda.
Ou seja, tempo de televisão não decide nada. Se outrora os dois candidatos citados não se livraram da companhia da impopularidade do governo Sarney, dificilmente, no presente, os candidatos que apoiaram o golpe conseguirão fugir do desastre do traíra Temer, que os persegue e mancha.

Brasileiro da Silva

06/08/2018 - 21h34

Haddad e Ciro representando a esquerda. O brasil tem a esquerda que a direita pediu à Deus.

    Ultra Mario

    07/08/2018 - 01h13

    Quais os valores do Ciro que a direita ama?

Fausto

06/08/2018 - 20h37

Irresponsabilidade criminosa do PT. Haddad não ganha nem em São Paulo, que dirá nacionalmente. Isto é sujeira da grande. Pena que o PCdoB seguiu este caminho. Que venham os debates. Oxalá teremos Ciro no segundo turno, se não tivermos, teremos que dormir com essa: uma espécie de ”Neo-fascismo” tupiniquim x Ultraliberalismo com faceta republicana. O que já está ruim vai ficar consideravelmente pior em todos os níveis.

Ultra Mario

06/08/2018 - 17h49

O atual prefeito de São Paulo, com todo dinheiro e mídia possível, já foi ultrapassado pelo pato da FIESP em pleno tucanistão. Não acho que o Alckmin vai chegar ao segundo turno, por várias razões, como a corrupção (dele próprio e de seus aliados), sua inexpressividade, falta de idéias e principalmente, pela proximidade ao governo mais odiado da história.

O Ciro é vítima de propaganda de tudo quanto é lado (até mesmo pelos ditos de esquerda) e entrevistas fajutas e já é maior que o Alckmin, e tem a segunda maior certeza de voto, perdendo só pro asno. Acho que vai dar Ciro vs Bolsonaro no segundo turno.

Ainda sobre o Ciro, ele não tem nada a ver com o Lula. O Lula era pão e circo, o “social”, quer dizer, deixar o mercado fazer a festa e deixar umas migalhinhas para o povo. O Ciro tem um projeto de desenvolvimento sólido, que enriquecerá a nação em favor dos que trabalham e dos que produzem, e não dos que expeculam que, como vimos, era aliado e depois matou o governo Dilma e soltou os cachorros raivosos da mídia contra o Lula.

Se o Ciro ganhar, a farra vai acabar. A política brasileira como um todo vai se ver forçada a subir o nível. E esse é o perigo que ele representa para as elites, no estado dele, o candidato que ele apoia (do PT, por sinal) leva em primeiro turno.

    Harry

    06/08/2018 - 18h57

    Perfeito.
    É exatamente o que penso também !!!

Pacheco

06/08/2018 - 17h07

Aqui em São Paulo, o Hadad perdeu no primeiro turno das eleições para o Doria que 80% da população nem conhecia. Fora de São Paulo então deve ter meia duzia de votos

    ari

    06/08/2018 - 17h38

    Não, ele não perdeu para o Dória mas para a mídia e para a Panela de Curitiba. Apesar de morar no sertão baiano, era rara a semana que não via na TV um ou dois ataques a sua gestão. Quando chegou a eleição, havia não só a mídia batendo a cada minuto no PT como o Moro prendendo o Palocci e armando o circo. Infelizmente o que podemos ver em SP, com Dória e Skaf liderando para governador é o resultado de vinte anos de PSDB e de uma mídia canalha.

      Dalli Salim Amim

      06/08/2018 - 17h46

      Certamente. Agora estão todos por.raqui com Doriana!

helio dias horvath

06/08/2018 - 16h23

Comentário (do articulista) fértil em possibilidades de compreensão da cena eleitoral. Depois de lê-lo, convenci-me mais um pouco de que Haddad tem muito voto para conquistar no eleitorado de Alckmin, que apenas precisa conhecer o primeiro melhor. Do mesmo modo, Ciro tem muito a ganhar no eleitorado do, como diria em meu verdes anos num batalhão de infantaria, Corneteiro de Jacarepaguá.

Bruno Wagner

06/08/2018 - 16h09

Nesse momento Ciro vai servir mais a direita do que a esquerda.

NeoTupi

06/08/2018 - 15h36

É melhor a militância de esquerda ter sangue frio em vez de se matarem entre si, porque as três candidaturas progressistas, se não se atacarem e atacarem o inimigo comum, uma delas vence essa eleição e podem governar juntos.
Se o eleitorado pender para Lula como parece (mesmo com Haddad na urna), ele estará no segundo turno, e com chances reais de vitória se for contra um tucano ou Bolsonaro, por carregarem a agenda anti-povo do Temer, por mais que tentem disfarçar.
Se Ciro, agora com uma vice conservadora, mas anti-golpe, conseguir juntar a seus votos que já tem o voto da centro-direita que está órfã do tucanato (não me refiro à direita reacionária, mas ao eleitorado ex-tucano liberal, não raivoso, mas que não vota no PT), pode até chegar ao 2o. turno contra Haddad (pois os adversários mais próximos que disputam o espólio deste eleitorado é Marina e Álvaro Dias, ambos mais fracos de liderança e com menos tempo de tv do que Ciro). E se o anti-petismo for tão forte como os adversários querem, Ciro pode chegar ao segundo turno contra Alckmin ou Bolsonaro, que perdem por carregarem a agenda anti-povo de Temer.
Então é melhor ter cabeça fria e Ciro debater propositivamente à esquerda, sem agredir, e se posicionar como candidato de centro, dirigindo seus ataques à direita, desconstruindo principalmente Alckmin, e um pouco menos Bolsonaro (que é em parte auto-destrutivo e que Alckmin terá de atacar para subir). Essa é a estratégia com melhores chances de trazer mais votos para Ciro no primeiro turno. Haddad, Lula, Manuela e o PSB já fazem isso: nunca atacaram Ciro em declarações e dirigem os ataques a Alckmin ou Bolsonaro. Cabe a outros petistas, inclusive da militância, fazerem o mesmo. Ou seja, Ciro e Lula/Haddad devem fazer um pacto de não agressão no primeiro turno e até fazerem dobradinha nos debates na TV contra os candidatos da direita.
Boulos é o típico franco-atirador, que pode polarizar com a agenda de Bolsonaro, desconstruindo ele nos debates, entrevistas e redes sociais, principalmente porque é o candidato que tem uma vice indígena, e é candidatura que dá maior peso às causas identitárias (contra homofobia por exemplo). Boulos também deveria evitar críticas, ainda que moderadas, a Ciro, como fez no twitter com a escolha de Katia Abreu como vice. Na realidade pós-golpe, mesmo com quem temos grandes diferenças ideológicas, precisamos reconhecer quem integra a frente anti-golpe de quem é golpista, para não criar desavenças gratuitas.
Resumindo: os três mantendo suas candidaturas podem fazer a campanha em forma de unidade de esquerda na prática, da seguinte forma: Haddad/Lula e Ciro atacam Alckmin principalmente. Boulos ataca Bolsonaro principalmente. Haddad defende o lulismo de forma propositiva e Ciro continua defendendo sua posição de alternativa de centro ao PT e ao PSDB, de forma propositiva também, sem atacar Lula nem Haddad. E deixe o maior protagonista da eleição, o povo, decidir o que prefere.

Jessé Suassuna

06/08/2018 - 14h56

Que coisa mais escrota, mais sorrateira, mais larápia, mais doentia…!!!

Thiago Melo Teixeira

06/08/2018 - 14h44

Ciro Lulismo? Ciro é Abutrismo.

Marcelo Abb

06/08/2018 - 13h56

Prezados petistas fanáticos,

Espero que todos vocês sejam ricos e tenham passaporte europeu, caso contrário, podem começar a se preparar para o caos que vocês acabaram de instalar.

Sempre fui petista. Mas a partir de hoje, não voto no PT em hipótese alguma. Votarei em bolsonaro ou alckmin no segundo turno, mas não voto no PT.

Depois da manobra do último final de semana, o PT me mostrou a sua verdadeira cara. Hoje, sinto vergonha de ter defendido por tantos anos esse partido, frente aos meus amigos e familiares coxinhas.

O PT quer ver o mar pegar fogo? Vamos ver se vão aguentar o incêndio.
Lula quer brincar de hegemonia partidária? Vamos ver se vai aguentar um governo bolsonaro. Tomara que ao menos ele consiga se manter vivo, pois não acho impossível bolsonaro arranjar um jeito de fuzilá-lo na prisão.

Boa sorte, PT.
Boa sorte, Lula.

    ari

    06/08/2018 - 17h40

    Mais um com essa balela de que “sempre votei no PT”.
    Adeus, Good Bye, Auf Wiedersehen

      André Romero

      06/08/2018 - 18h55

      É por causa de cegos como você, que só dizem ‘amém’ para os ditames e a propaganda de seu partido, é que estamos nesse buraco enorme.
      Antes de falar bobagem, julgar e condenar os outros em seu tribunal mental fanático, seria bom você se perguntar quem são os apoiadores de Ciro de hoje. Um dia, se a sua cabeça não for tão ruim quanto eu penso que é, você chegará a mesma conclusão deles. E se lamentará pelo tempo perdido. Abraço.

    Dalli Salim Amim

    06/08/2018 - 17h49

    Fui no consultório do Dr. Nostradamus e ele me cobrou muito um camentário que o gato comeu bem aqui. O que posso fazer pelo velho professor ? Matar o gato ?

Daniel Magalhães

06/08/2018 - 13h53

Admiro a boa intenção do texto. Mas o amigo precisa largar esse pensamento uspiano que foi capaz de ver reformismo nos governos petistas. Foram governos liberais de cabo a rabo. Assistencialismo não é reforma, é assistencialismo. E dizer que o programa completamente liberal de Haddad é radical e desconhecer o que propõe a esquerda verdadeiramente trabalhista do Brasil. O amigo precisa descobrir que há um mundo inteiro para além do “lulismo”, e tanto Ciro quanto Kátia descendem deste mundo, de gente como Getúlio e Brizola, mas também de um enorme arcabouço teórico nacionalista. Essa profundidade o “lulismo” jamais teve e jamais terá, porque sua falha é estrutural: trata-se do partido preferido dos artistas engajados, mas não dos intelectuais; é amado pela classe média moralista, mas não pelos pragmáticos; é o único partido de esquerda formado nos parâmetros da ditadura (inclusive com grande ajuda do General Golbery), enquanto todos os trabalhistas esperavam, na fronteira do Brasil com o resto da América (e não na Europa), a anistia geral. É, em resumo, a esquerda que a direita adora.

    Jessé Suassuna

    06/08/2018 - 14h51

    Contador de historinhas. Conta outra que essa não colou.

    José Ricardo Romero

    06/08/2018 - 15h26

    Análise perfeita, Daniel.

André Romero

06/08/2018 - 13h35

Algumas ressalvas ao texto do articulista.
Primeiro, sem paixões, os governos de Lula e Dilma não foram de reformismo fraco: foram de reformismo algum. Num país gigantesco como o nosso, considerando a geopolítica da região, os desestabilizadores estrangeiros e todos os interesses internos conflitantes, considero um monumental erro do PT não ter promovido as necessárias reformas tributária, política, previdenciária (combater os privilégios) e – por que não – uma negociada reforma trabalhista, com algumas concessões que evitasse a radicalização do assunto por parte da Direita, como o que acabou acontecendo com prejuízos incalculáveis para todos nós.
Não me canso de dizer que Lula e Dilma apenas aplicaram os caríssimos ‘Band-Aids’ nas mazelas do sistema – os programas sociais – sem sequer tocar na superfície das causas da miséria. No mais, governaram para o mesmo sistema financeiro e para as forças que os derrubaram. E agora não tem vergonha alguma em se aliar aos responsáveis pela sua queda, apenas para neutralizar um candidato do mesmo campo. Que os fanáticos falem o que quiserem, mas esses são fatos incontestes que mostra a medida da ‘democracia’ dessa gente.
Agora o PT anuncia um programa ‘radical’ que nunca implementou ou iniciou ao menos tenuemente em seus 13 anos de Poder.
Estou dizendo aqui e repito – aceito ser cobrado mais tarde – que o PT decretou a entrega do Poder para a Direita nessas eleições, tal qual o fez em 1989. E, numa hipótese mais do que improvável desse partido conseguir ser eleito, sem Lula e montado em sua gigantesca rejeição (agora reforçada por parte das próprias esquerdas), o fato é que não terá força política alguma para implementar as medidas que agora de forma oportunista defende.
E para mim, na minha modesta opinião de eleitor, não votarei nunca mais nesse partido nem para síndico de prédio. Depois de anos se aliando à nata da imundície política e com ela se esbaldar na corrupção que tanto mal fez às Esquerdas, agora então com essas últimas manobras não reconheço nenhum valor moral nesse partido para merecer meu voto. Só me resta ter a esperança de que Ciro consiga chegar ao 2o turno e interromper esse desastre. Meu voto continua nele até o fim. Se não for nessa, será na próxima, se Deus quiser. Mas PT, ao menos para mim, nunca mais.

    Alan Cepile

    06/08/2018 - 13h45

    EXCELENTE ANÁLISE.

    O PT ficou 14 anos no poder e não fez nenhuma reforma estrutural profunda, nenhuma!
    Agora diz que vai fazer e acontecer… Não há muita coerência realmente, aliás, a única coerência do PT é ser incoerente.

    José Ricardo Romero

    06/08/2018 - 15h29

    Eu também, André, que sempre votei no pt, nunca mais votarei neste partido. Votarei no Ciro.

      André Romero

      06/08/2018 - 16h18

      José e Alan, eu creio que ainda não deu para esses caras avaliarem o tamanho do estrago e da divisão que eles causaram no campo progressista: na minha opinião o estrago foi enorme.
      Como disse, creio que o PT carimbou um 2o turno entre Alckmin e Bolsonaro, pois dividido como ficou o campo à esquerda, veremos Ciro, Marina (sim, pois apesar da propaganda do PT, ela concorre nesse espectro) e o próprio PT se esfalfando pelos votos de esquerda, cada um com um pequeno bocado, insuficiente para deslocar o Bolsonaro (que para mim está quase consolidado) e um Alckmin aglutinando as forças da Direita menos raivosa e correndo por fora.

Francisco

06/08/2018 - 13h34

Théo & Miguel, há que enlouquecer-se, mas sem jamais perder a compostura.
Aceita que Ciro é o maior adversário de si ao meter os pés pelas mãos, pela terceira vez, e morrer na praia, sem choro nem vela, só e amarrado com uma fita azul e amarela, desbotada.

    Marcos

    07/08/2018 - 00h36

    O pobre Ciro se enforcou com a própria lingua.

    Era de se esperar que O Salvador Da Pátria Pela Esquerda (TM) fosse capaz de não cometer um erro tão primário: falar demais.

      Ultra Maria

      07/08/2018 - 02h09

      Tenho fé em Deus que a honestidade ainda vai ser vista como virtude no Brasil.

Erismar

06/08/2018 - 13h28

Desculpa. Não li e não gostei!(Vou ler com calma, mas o dia tá corrido e só me permite ficar na chamada). Mas, sinto-me obrigado a dizer que só há um candidato do Lulismo que também é o candidato do Lula: Haddad. O Ciro é candidato de si próprio e tem um plano de governo para cada possibilidade de aliança.
É má fé tentar surfar nesta onda!

Kátia

06/08/2018 - 13h25

Isso aqui é digno de um Homer Simpson da ciência política: “Katia Abreu não representa apenas o principal setor produtivo do país, mas também foi a principal defensora de Dilma Rousseff contra o impeachment de 2016.” O resto é erro crasso. O lulismo é designado como um prática, mais que uma ideologia, pelo André Singer. Isso significa que lulismo é um fenômeno medido pelos seus frutos. Quer dizer, é fato que Lula distribuiu renda para os segmentos mais pobres. Já Ciro não. Ciro até agora é apenas um gogó ululante. Ao contrário, há elementos para pensar que ele vai distribuir renda é pra FIESP. Por isso, é ridículo identificá-lo com o lulismo. Se o lulismo é uma prática, só se pode medir pelo que já fez, pelo retrospecto. Já Ciro é um prospecto, e nada garante seu compromisso real etc. É preciso ter cabeça para usar conceitos. Mesmo os mais simples, como esse de Lulismo, mera atualização do getulismo para o jardim de infância.

miudeza

06/08/2018 - 13h20

Ciro é um cara legal porem perdeu o bonde,vai vai vai dar PT vai é o “TRÍPLEX” LULA-MANU-HADDAD.#LULALIVREJÁ

Dio

06/08/2018 - 13h07

Q contradição da percepção de ciro.
Ele não tinha o programa à esquerda do pt?
Agora não é mais?

Uma coisa é certa: o eleitorado de ciro tem muita gente afetada pelo antipetismo q a midia inoculou. É uma brecha perigosa pra aceitar tudo q for besteira q se disser contra a esquerda. Não creio q esse eleitorado vote no pt em nenhum turno, logo, lula/haddad/manu devem vencer apesar de ciro, o cálculo deve ser esse.

    Arthur

    06/08/2018 - 13h38

    À esquerda do que foi eleito em 2002 com certeza é, da Dilma de 2014 então nem se fala. Memória de fanático é curta.

      Dio

      06/08/2018 - 13h55

      Então quando queriam provar q ciro era “mais esquerda q pt” comparavam com os programas passados e não com o atual?
      Q anacronismo é esse?

        Benoit

        06/08/2018 - 17h05

        O programa atual não existia antes, quando se fazia a comparação. Use um pouco de inteligência.

          Dio

          06/08/2018 - 17h17

          Então estavam todos dando uma de vidente?
          Se for, é melhor ajeitar a bola de cristal, q tá falhando…

          Benoit

          06/08/2018 - 17h51

          Não, estavam comparando o que era possível comparar: o que o Ciro vinha dizendo há muito tempo e que mostrava consistência e foi transformado num programa de governo com uma política que foi implementada pelo PT durante mais de uma dezena de anos.

          Dio

          06/08/2018 - 18h22

          A comparação não era possível.
          Foi feito um exercício de futurologia baseado em nada, melhor, baseado no desejo para atender uma tese.
          É por isso q está vendo muita leitura errada do cenário eleitoral e falta de compreensão de estratégias.
          Acham q fazem análises mas não passa de wishful thinking, com perdão de estrangeirismo.
          Houve muito catastrofismo nas “análises” últimas q não se realizaram. E ainda há quem use desse método pra tentar persuadir o outro pelo medo, usando uma das mais baixas técnicas de marketing: fud.

          Só fiz essa provocação pra gente dar um freio de arrumação e melhorar o debate a partir desse momento já q se iniciou uma nova fase.
          E se não for contaminado por fud, é melhor.

Nostradamus ( Consultores políticos e psicológicos )

06/08/2018 - 12h54

A neurolinguística da imagem revela que a foto do artigo anterior revela o desespero, o clima de Madalena arrependida, de enterro, vingança… Esta é uma foto escolhida para impressionar. Isso não é nobre nem o artigo eivado de induções e deduções delirantes, inferências malucas etc. nada mais nada menos para vender gato por lebre, ninguém é cego meu!!!

    Benoit

    06/08/2018 - 17h07

    Que “indução” voce viu e de que voce não gostou?

      Nostradamus

      06/08/2018 - 18h10

      Apenas uma indução… ” Ter Kátia Abreu como sua vice torna sua chapa um retrato perfeito do que foi o lulismo .” Ciro não é lulista. Kátia não é lulista. Por mais que tenha sido ministra da Dilma e contra o golpe nada mais foi do que honesta. O que é obrigação de qualquer político. Espera ai irmão. O Ciro a mesma coisa, foi ministro sim e daí ? Por causa disso tem direito ao espólio do Lula ? O velho nem morreu !!! Que lulismo é esse mui amigo da onça ? O Ciro quer fazer passar essa imagem com Kátia mas… lulismo é outra coisa. Não pode induzir isso daí… Tem mais camadas abaixo para analisar antes de colocar um título desses… Discordo. Grato pela atenção.

        Benoit

        07/08/2018 - 08h02

        Não sei o que isso tem a ver com indução, mas não importa. O que importa é que não vejo nenhuma boa justificação para as suas afirmações. Elas parecem afirmações gratuitas baseadas em preconceitos.

Nostradamos

06/08/2018 - 12h43

Faria um comentário… se publicassem.

Ari

06/08/2018 - 12h41

O cidadão que escreveu isto não tem o menor pudor em alterar os fatos para fazer crescer o Ciro. Infelizmente meu tempo é curto agora e não posso entrar em detalhes. Apenas um. Dizer que Kátia Abreu “foi a principal defensora de Dilma Rousseff contra o impeachment de 2016” é demais (não estou negando o seu apoio a Dilma)

    Jorge Juca

    06/08/2018 - 12h58

    Kátia Abreu saiu do PMDB, que estava tomando o poder com golpe, pra defender Dilma e ficar com o pessoal que estava sendo alijado do poder através de golpe. Ainda por cima, ficou justo com a turma da Dilma, completamente impopular e sem nenhuma perspectiva de voltar a ter qualquer significado no país a curto ou médio prazo. É uma posição que sem dúvida demonstra ética e valores, por mais que você não se identifique com a Kátia. Eu fiquei muito feliz com Ciro ter indicado uma pessoa da direita, que vem justamente do setor ruralista, a bosta mais atrasada do país inteiro? Não cara, não fiquei. Mas eu tenho impressão que essa postura de sair do PMDB pra ficar com Dilma justamente no momento do golpe contou muito a favor dela. Antes do nada acho que o Ciro quer um vice confiável, pra que não aconteça com ele a mesma merda que aconteceu com o PT. No serviço público, no meio da merda, você aprende a confiar nas pessoas que demonstram valores. O que Kátia fez demonstra que ela põe princípios acima do interesse pessoal. Eu também – olha que eu não sou exatamente um moderado – confio mais em algumas pessoas de direita que demonstram valores do que em muita gente de esquerda que claramente se orienta exclusivamente por interesses pessoais. O PT tá inundado de gente assim. Ciro achou uma pessoa em quem ele sente que pode confiar, que pode trazer votos de alguns setores – mulheres, centro oeste – e ainda fez uma média com um setor onde a candidatura dele vai mal, os ruralistas. É uma vice maravilhosa? Eu não acho. Mas é compreensível, do ponto de vista estratégico. Eu consigo engolir, se aumentar as chances dele ganhar e salvar o país do desastre que vai acontecer se a direita ganhar.

      ari

      06/08/2018 - 17h47

      Repare minha ressalva no final. Sem dúvidas, ela demonstrou caráter excepcional, apesar de sua posição ter muito a ver também com sua amizade pessoal com a Dilma. O que não concordo é que ela tenha sido quem mais lutou contra o golpe. Um abraço

assim falou Golbery

06/08/2018 - 12h34

é muita falta de vergonha colocar Ciro no campo da esquerda e ainda como lulista. Se não fosse tão fácil Haddad ganhar no primeiro turno, seria interessante um segundo turno com Ciro para vermos ele de beijos e abraços com Bolsonaro e com tudo de mais nojento da direita e revelando a sua verdadeira natureza: arenista apoiador da ditadura

    JC

    06/08/2018 - 12h41

    Golbery deve estar na vigésima volta no túmulo…

    Jorge Juca

    06/08/2018 - 12h43

    É muita falta de vergonha e respeito abrir o bocão pra botar o PT no campo da esquerda após ter indicado BANQUEIRO pro ministério da fazenda e colocado MICHEL TEMER como vice presidente, entregando o país no colo da direita, de bandeja. Sem contar ter mergulhado de cabeça na corrupção, igualzinho a turma da direita. Olhe no espelho.

      Carcará

      06/08/2018 - 12h47

      Vão dormir vinagres… agora é isso… Miguel fazendo escola… azêdo… Saibam aceitar as coisas como elas são sem querer deturpá-las. Lula livre! Não vai publicar, tudo bem, obrigado.

    André Romero

    06/08/2018 - 19h41

    Que o Miguel me perdoe, pois deve ter amigos lá, mas tomei asco desse DCM e daquele 247. Esses sites se vendem como “de esquerda”, porém não passam de panfletos digitais e extensões do PT.
    Lá nesses sites a catequese é initerrupta: é só PT, PT, Aleluia, Lula, PT, Lula, Lula, Aleluia, Gleisi, Lula, Lula, (Haddad), Ação do Lula, Lula, Recurso do Lula, PT, Gleisi, Gleisi, PT, Lula..e Lula. Aleluia, Aleluia. O tempo inteiro.
    O resto das ‘matérias’ é para meter o pau no Judiciário, Globo, Globo, Moro, Moro, STF, Globo, (Carmen Lucia), Moro, STF, STE, Moro, STE, Fux, (Alckmin), Moro, Globo. Esqueci de citar o Moro?
    Quando algum outro do campo progressista aparece, obedece aos seguintes princípios: (1) é nanico e se encaixa no jogo do PT (Boulos, Manuela)? Só elogios. (2) É grande e pode incomodar ou dá uma declaração contra os interesses do PT (Ciro)? Só desconstrução e porrada. (3) É jornalista ou juiz safado de direita que fala mal do PT? Porrada. (4) É jornalista ou juiz safado de direita que (ainda que por puro oportunismo) fala momentaneamente bem do PT ou do Lula? Só elogios e destaque.
    Ou seja: uma mistura de Rede Globo com a Universal, só que do lado de cá. Me pergunto quanto tempo os fanáticos ainda precisarão para constatar isso.

degas

06/08/2018 - 12h20

“Em todas as eleições da Nova República, o candidato com maior tempo de televisão esteve no segundo turno da disputa presidencial.” Se minha memória não falha, em 89 o candidato com mais tempo de TV era o Ulysses, não o Lulla ou o Collor.


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