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Meneschy: “Desunidos, perdemos”

ELEIÇÃO SEM LULA É ELEIÇÃO Por Osvaldo Maneschy, em seu Facebook 19 de julho às 17:29 Amigos, a pedido do Manoel Dias, presidente nacional da Fundação Leonel Brizola- Alberto Pasqualini, representei o PDT anteontem em Belo Horizonte numa reunião das fundações de estudos políticos dos partidos de esquerda – PDT, PT, PSOL, PC DO B […]

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Brizola e Lula Campanha Presidencial de 1989

ELEIÇÃO SEM LULA É ELEIÇÃO

Por Osvaldo Maneschy, em seu Facebook

19 de julho às 17:29

Amigos, a pedido do Manoel Dias, presidente nacional da Fundação Leonel Brizola- Alberto Pasqualini, representei o PDT anteontem em Belo Horizonte numa reunião das fundações de estudos políticos dos partidos de esquerda – PDT, PT, PSOL, PC DO B E PSB – para divulgar o manifesto voltado para a construção de uma frente de esquerda. O encontro aconteceu na Casa do Jornalista, onde a esquerda mineira se reúne tradicionalmente – tipo a ABI no Rio de Janeiro.

Tinha gente de todas as tribos: movimentos sociais, sindicatos, ONGs, mídia ninja, professores, políticos com mandato, jornalistas, médicos, estudantes, etc. A casa estava cheia. O encontro era para durar duas horas, durou três e meia – com muitas manifestações sobre o momento político.

O manifesto das fundações, disponível na internet, foi lançado em fevereiro em Brasília e vem sendo discutido em reuniões como a de anteontem, em BH.

Na minha vez de falar, lembrei que em março de 1990, dias antes do Collor assumir a presidência da República, Brizola e Lula se encontraram no enterro de Luís Carlos Prestes, no Rio. E Brizola fez questão de passar o Lula o recado que recebeu de Prestes, na visita que fizera a ele poucos dias antes dele falecer.

Prestes pediu a Brizola que se juntasse a Lula na luta política, para enfrentar o que vinha pela frente com a posse e ascensão de Collor ao poder.

Tinha toda razão. Mas isso não aconteceu.

A união não veio e mesmo Brizola tendo dando milhões de votos a Lula no segundo turno da eleição presidencial de 89; em 91, no Rio, o PT lançou candidato para disputar o governo do estado com Brizola. Os militantes do PDT da época nunca esqueceram disto – até porque Brizola ganhou de lavada.

Ainda sem união, na eleição presidencial de 94, novamente separados, luta e Brizola disputam contra FHC e perdem.

Em 98, escaldadíssimo, Brizola decide ser vice de Lula na presidencial para unir a esquerda e tentar derrotar derrotar FHC – que já começara no primeiro mando a sua grande obra de “destruir a Era Vargas”. Mas a chapa Lula-Brizola, de 98, perde para FHC, de novo.

Falei dessas coisas para lembrar que a gente estava ali em BH, na Casa do Jornalista – 28 anos depois – exatamente para falar da mesma coisa: unidade da esquerda.

Enquanto a direita, super unida, jamais deixou de jogar junta contra os interesses maiores do povão brasileiro. E que agora, depois do golpe, saiu totalmente do armário e sem um voto sequer – radicalizou totalmente. E hoje destrói conquistas históricas do povo e dos trabalhadores – além de entregar descaradamente para estrangeiros riquezas estratégicas.

Disse também que por isso mesmo, mais do que nunca era necessário que nos uníssemos. Mas não apenas para eleger parlamentares progressistas – conteúdo principal do manifesto – mas também para eleger o presidente da República.

Desunidos, insisti, temos tudo a perder.

E cobrei a responsabilidade do PT, como maior partido da esquerda na atualidade, nesse processo. Porque desunidos, perdemos. Como acabou de acontecer em Tocantins.

Teve muita gente que me escutou.

Disse também, mais uma vez, o que já tinha dito no encontro dos partidos de esquerda em Belém: não concordo com a palavra de ordem do PT de que eleição sem Lula é fraude.

Argumentei que eleição é eleição e precisamos ganhá-la.

Que não faz sentido disputar por disputar, cada partido apresentando candidatos apenas por apresentar, sem discutir a possibilidade de união sobre os nomes mais viáveis eleitoralmente.

Lembrei também da anticandidatura de Ulysses Guimarães e Barbosa Lima Sobrinho, em 1973, que resultou na esmagadora vitória do MDB nas eleições para o senado em 74, quando MDB preencheu 16 das 22 vagas que estavam em disputa para o senado federal.

Adiantou falar nisso?

Pelo que disse a presidente do PT de Minas, logo depois de mim, acho que não. O PT insiste em dizer que não tem plano B, C ou D. Vai de Lula de qualquer jeito – embora eles, como nós, depois do episódio do desembargador Favreto da semana retrasada, saibam muito bem que a direita judicial não vai libertar Lula. Acho errado não levar a sério a eleição que temos pela frente.

Por isso cobrei a responsabilidade política do PT nesse processo. O PT tem todo direito de defender Lula integralmente e com nosso apoio. Está correto. O golpe foi contra as coisas boas que o PT fez no governo.

Mas não podemos nos fixar nisto, porque o futuro do Brasil está em jogo e temos que reagir. O povão até agora não disse o que acha sobre tudo isto e a eleição – que sempre foi uma forma do povo se manifestar – esta aí, na nossa porta e precisamos ouvir o que povão tem a dizer.

Hoje um dos maiores problemas que temos é o trabalho contínuo da mídia de desvalorizar a política e os políticos – como se nada prestasse.

Nosso povo está sendo levado a desacreditar no voto e temos que reagir a isto. Alertei que a elite e a mídia protegem os políticos vigaristas até mesmo porque muitos deles são donos de veículos de comunicação. A mídia golpista tem os seus escolhidos e os protege, combatendo os políticos que realmente trabalham pelo interesse do povão.

Como dizia Brizola.

Não podemos esquecer nunca que a elite, que controla a mídia, está permanentemente unida: contra nós.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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vera vassouras

23/07/2018 - 21h54

Séculos de escravidão não foram suficientes para o exercício da razão. O PT virou uma religião, assim como o saque virou religião. A diferença é que os primeiros colhem os restos dos cadáveres que vão se amontoado pelos caminhos das farsas eleitorais da sagrada demo-cracia. Que hospício, meu deus! Que hospício!

Dio

23/07/2018 - 11h39

Pesquisas não servem também pra sondar o que o povo pensa?
Pq, se for, elas dizem que pelo menos 30% do eleitorado quer votar em lula.
É correto passar por cima do desejo desse contigente só pq alguns dirigentes acham que se deve ogo entregar os votos para outro esquerdista de uma frente?
Sei não…

    Ultra Mario

    24/07/2018 - 00h12

    O poder360 revelou uma pesquisa que diz que a maioria dos eleitores do Lula preferem que ele apoie o Ciro acima de outros candidatos.

      NeoTupi

      24/07/2018 - 12h54

      Infelizmente Ciro não tem base eleitoral própria (se tivesse já estaria pelo menos em segundo lugar consolidado), e é vulnerável a ser desconstruído pela mídia. Ele cometeu o erro fatal de dar declarações desastrosas contra Lula gravadas em áudio e vídeo no passado recente. Mesmo que Lula quisesse apoiar Ciro, a mídia e os adversários aniquilariam Ciro mostrando as gravações em que ele detona Lula. No Youtube já está cheio de vídeos, publicados pela direita, mostrando as declarações contraditórias de Ciro. Em entrevistas e debates Ciro será perguntado: Ciro você disse essas cobras e largatos do Lula. E agora você é candidato da moral frouxa, como você disse?
      Se Ciro nega o que disse no passado recentíssimo, fica com imagem de político que muda o discurso por interesse e perde eleitores. Se confirma o que disse, perde o voto do eleitor de Lula. Se se enrolar para responder como é o estilo de Ciro neste tipo de pergunta, ninguém entende e todos acham que ele está mentindo. Perde votos dos dois lados. Em qualquer circunstância, Ciro será desconstruído até por Meirelles que nunca deu declaração contra Lula e até por Alckmin e Marina que foram mais comedidos, se limitando a avalizar as decisões do judiciário.
      Ciro se colocou em uma posição que, ou segue sendo o candidato de si mesmo recusando a unidade da esquerda, ou se candidata a vice de um lulista que não tenha contradições em suas declarações sobre Lula.

        NeoTupi

        24/07/2018 - 13h08

        Esqueci de completar:
        Ciro tem todo o direito de ser candidato também, mas note que ele está em campanha há quase quatro meses com Lula preso e incomunicável, e o eleitorado de Lula não esvaziou nem o de Ciro encheu. Então o povão já fez sua unidade em torno de Lula, quando faltam apenas 76 dias para as eleições.
        Falar em unidade agora é só em torno da candidatura Lula, e esse povo que vota em Lula se sentirá traído se o PT ou Lula desistirem voluntariamente, soará como covardia de negar o apoio popular. É preciso haver a violência do judiciário barrar a candidatura de Lula, para o povo aceitar votar em outro que represente a candidatura Lula como uma resposta à violência judicial contra o voto popular que quer Lula.
        Sinceramente se for para lutar contra o golpe e reconstruir as forças para termos um governo popular forte, se eu fosse o Ciro eu teria a grandeza de renunciar à candidatura presidencial em apoio a Lula e me candidataria a deputado federal pelo Ceará coligado apenas com a esquerda para eleger uma grande bancada de esquerda.

Gramsci da Silva

23/07/2018 - 11h15

O PT sofreu um golpe absurdo pela direita/PIG/US/PJ/PSDB/PMDB e agora esta sofrendo multiplas tentativas de achacamento pela esquerda.

ANTONIO MACHADO DE LIMA

23/07/2018 - 10h47

Devendo a tese defendida pelo PT simplesmente por ser petista, assim como quem era Brizolista preferiu ficar com Brizola, naquele momento em caso de vitoria de Brizola no primeiro turno ele Brizola também teria 100% dos votos Petistas, assim como Até Covas do PSDB teve 100% dos votos Petistas para ganhar o governo do Estado de são paulo, cada momento deve ter sua anlise para o momento, Petistas apanharam muito durante todo este Golpe e pedir para os Petistas gostem de Ciro é normal e muitos como eu também gosta dele e até votaria neles , pedir para em caso de vitoria de Ciro no Primeiro que Petistas votem em Ciro é até desnecessário, porem o que s e pede é que petistas abram mão de ter um candidato de seu Partido no Primeiro turno, mesmo sabendo que este candidatoteria 30% dos votos, pois dizer que Lula não via conseguir transferir seus votos é o erro que muitos analistas destes partidos pequenos da esquerda ainda acredita….

    Zé dos Bagos

    23/07/2018 - 14h54

    Exato! Estão pedindo demais! Estão insistindo demais! Tem maldade nisso aí! Afronta!

Martins

23/07/2018 - 10h44

É LULA ou NADA
LULA LIVRE!

    Marcelo Abb

    23/07/2018 - 12h08

    É LULA OU NADA!!!!!!!!

    Nada para o povo!!! Com alckmin no poder!

    Nada para a petrobras! Com alckmin no poder!

    Nada para a eletrobras e banco do brasil! Com alckmin no poder!

    Nada para os pobres! Com alckmin no poder!

    Nada para a educação e saúde! Com alckmin no poder!

    Nada para as políticas públicas e sociais! Com alckmin no poder!

    Realmente.

    É LULA OU NADA!

    Segundo turno entre ALCKMIN + BOLSONARO = NADA.

      Carcará

      23/07/2018 - 14h57

      É Lula ou Nada!
      É Lula ou o poste!
      É Lula ou o bode!
      É Lula ou quem o sábio velhinho preso em Curitiba mandar!!!
      Não tem arrego!

        Marcelo Abb

        24/07/2018 - 09h45

        Boa sorte no segundo turno.

        Já que você não “arrega”, espero que tenha coragem suficiente para votar em alckmin ou bolsonaro!

        E espero que não sofra muito, pois isso vai significar que o SÃO LULA vai apodrecer na cadeia até morrer.

        Direita no poder = Fim do brasil.

      Carcará

      23/07/2018 - 15h04

      Rogo-vos, Miguel, divulgar um pouco sobre a identidade do autor do artigo. Quem é ? Para mim de nome é desconhecido. E sobre o Manoel Dias, o maior em cima do muro de Florianópolis, não tendo boa lembrança não.


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