A gente sabe que o nível de hipocrisia no país está escancarado, quando o fiel da balança da eleição mais importante da era pós democrática está num bloco formado pela fisiologia pura, algo que não teria espaço em nenhuma república democrática.
Quem “inventou” o tal de “Centrão” (que de centro não tem nada) foi Eduardo Cunha, para derrotar o PT na câmara. Cunha se fortaleceu, engrandeceu uma agenda do século retrasado e ainda assaltou o país na maior tranquilidade do mundo.
A mídia e os golpistas fecharam os olhos para isso pois precisava derrubar o PT.
Logo depois do Golpe, o Centrão apontou seu apetite para as mais altas chantagens ao governo Temer, emplacou ministros totalmente controversos e muito aquém da proposta de “notáveis” que a mídia abraçava. Entregou à Temer e ao mercado, reformas que destruíram o país.
A mídia e os golpistas fecharam os olhos pq precisava passar as reformas.
Agora que o país está imerso num caos político que destrói nossas vidas (o aumento na mortalidade infantil demonstra isso) a mídia continua querendo tratar o Centrão como algo natural, pois não consegue tirar o presidente Lula da cabeça do povo brasileiro.
Cunha, provavelmente, é o homem forte das negociações e, diferente do presidente Lula, pode até dar entrevistas se quiser mandar um recado ou outro.
Os paladinos da moral brasileira, figuras como Merval Pereira, Cristian Lobo ou Miriam Leitão, vão ter que tapar o nariz e fechar os olhos se forem discutir algum tipo de ética na política sem uma crítica forte à bloco totalmente fisiológico que, agora, oferece algum suspiro pra campanha do tucano Geraldo Alckmin.
É como se o país estivesse estruturado num imenso escudo de “Fake News” para esconder a realidade dura: hoje somos um arremedo de democracia que só consegue sobreviver .
Não dá mais para considerar análises política por parte da mídia tradicional.